5 restos de rico que custam o mesmo que um Kwid Zen
Por R$ 64.690 você pode levar para casa o Renault Kwid de entrada, a versão Zen, mas olhando nos classificados existem modelos bem luxuosos nesse valor
Por R$ 64.690 você pode levar para casa o Renault Kwid de entrada, a versão Zen, mas olhando nos classificados existem modelos bem luxuosos nesse valor
O preço dos carros novos está chocando os brasileiros. O Renault Kwid, que foi lançado em 2017 custando R$ 30 mil e hoje parte de R$ 64.690 na versão Zen, é a opção menos cara. Nessa hora, passa pela mente do consumidor várias ideias de carros usados mais luxuosos que o subcompacto franco-indiano, os famosos restos de rico.
Nessa faixa de R$ 60 mil existem muitas opções modernas de carros importados usados que oferecem bastante tecnologias que ainda não chegaram nos compactos nacionais. E de quebra, esses carros são mais espaçosos e confortáveis que o Kwid. Mas prepare o bolso, pois a manutenção do importado não cai igual o preço do carro.
VEJA TAMBÉM:
Não existem mais peruas fabricadas no Brasil e dentre as importadas as opções se resumem a dupla RS4 e RS6 da Audi e ao Porsche Panamera Sport Turismo. Pelo valor do Kwid Zen é possível levar para casa uma Audi A4 Avant 2010 equipada com o motor 2.0 TFSI.
Esse motor é uma versão mais antiga do EA888, que hoje equipa outros modelos da Audi, Volkswagen e o Porsche Macan de entrada. Apesar de parecer “tranquilo” por ter esse motor que foi usado até pelo Golf GTI nacional, é preciso tomar cuidado pois os carros da Audi possuem suas particularidades.
Uma dela é o câmbio: essa geração do A4 ainda usa a caixa Multitronic CVT, que não goza da mesma reputação de confiabilidade dos CVT feitos pela Toyota e Honda. Mas no geral, a A4 Avant é uma perua bem equipada e espaçosa, oferecendo até teto solar panorâmico.
O maior problema em comprar um importado usado é a dificuldade para encontrar peças. Carros europeus sofrem mais com isso pois não existe uma cultura de manter antigos rodando por lá. E são poucos os desmanches. Eles preferem reciclar os carros.
Carros norte-americanos são mais tranquilos nesse quesito. Lá, a indústria de peças de reposição é forte. O Ford Explorer de segunda geração foi um os carros mais vendidos dos EUA e sua versão topo de linha Limited traz muitos luxos e o famoso V8 5.0 da marca. E ao contrário do Kwid Zen, esse é um SUV de verdade.
O SUV traz ar-condicionado digital com comandos no volante, sistema de som com toca-fitas e CD-player, bancos dianteiros com regulagem elétrica e três memórias, sensor crepuscular e os passageiros do banco traseiro podem plugar um fone de ouvido no console e escutar uma música diferente da que sai pelos alto-falantes.
O motor V8 5.0 é uma evolução do 302 que equipou o Galaxie e o Maverick nacionais, traz injeção eletrônica e produz 218 cv. Exista uma boa oferta de peças para o Explorer no Brasil e tem a facilidade de poder importar componentes dos EUA. Só não espera que isso seja barato, ainda mais com o dólar alto e as taxas de importação.
Quando novo, o Chevrolet Omega, no final de sua carreira, era uma opção bem interessante. Ele tinha porte de BMW Série 5, motor V6 com 292 cv e custava menos que um BMW 320i. Além disso era discreto. Por levar a gravatinha da Chevrolet na grade, ele não chamava a atenção nas ruas como um importado alemão.
Hoje, como carro usado, ele continua oferecendo muito pelo preço que cobra. O espaço interno é um destaque, o outro fica para a dirigibilidade. Como seu foco era a venda para executivos, o Omega trazia um reprodutor de DVD montado no teto para os passageiros do banco traseiro.
Para manter o Omega não espere a facilidade dos Chevrolet nacionais. Ele era feito na Austrália, no outro lado do planeta. O motor V6 foi compartilhado com o SUV Captiva e vários carros vendidos nos EUA, mas peças específicas de suspensão e acabamento são exclusivas e difíceis de achar.
Pelo menos o Omega não possui fama de ser problemático como alguns carros similares europeus. É preciso ter atenção com unidades blindadas, que são a maioria. Como já faz mais de 10 anos que o Omega saiu de linha, tem que conferir se a blindagem está revisada e se os vidros não estão delaminados.
Uma alternativa similar ao Omega, porém mais potente e luxuosa, é o BMW 545i. A geração E60 do Série 5 gerou polêmica quando foi lançada em 2003 devido ao desenho ousado assinado por Chris Bangle. Essa geração também trouxe inovações eletrônicas como o head-up display.
O motor V8 é o N62B44, um 4.4 que produz 333 cv. A tração é traseira, como manda a tradição da marca. O Série 5 era o sedã mais esportivo dessa categoria, mas tem rodagem áspera quando calçado com os pneus run-flat iguais aos que vinham de fábrica.
O Kwid Zen é um hatch metido a aventureiro bem simples, mas se você quiser um SUV com muita capacidade fora de estrada e luxo, existe no mercado de usados o Land Rover Range Rover da geração L322. As unidades dos primeiros anos de fabricação podem ser encontradas por volta de R$ 60 mil.
Essa primeira fase do Range Rover L322 usa o motor V8 M62 da BMW, que é uma geração anterior do motor usado pelo 545i listado acima. Essa geração foi desenvolvida na época que o fabricante bávaro era dono do grupo Rover, por isso compartilha a — complicada — arquitetura eletrônica dos BMW contemporâneos.
A eletrônica controla a suspensão a ar, que tem modo de condução fora de estrada com altura elevada. Mas também pode apresentar defeitos e o reparo sai bem caro. Esse é apenas um dos diversos problemas crônicos desse SUV.
O Range Rover, ao contrário do Range Rover Sport e do Discovery, possui estrutura do tipo monobloco. Portanto não precisa fazer o processo de separar a carroceria do chassi para manutenções no motor.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |