O japonês domina o mercado de sedãs médios e possui poucos rivais diretos, mas alguns compactos entram em sua faixa de preço
A tempestade que destruiu a fábrica de motores da Toyota em Porto Feliz (ES) está gerando uma série de problemas para o fabricante. Ela teve que suspender a produção nas fábricas de Indaiatuba e Sorocaba, que fazem o sedã Corolla e o SUV Corolla Cross respectivamente.
As concessionárias da marca trabalham apenas com os estoques, que estão baixos. Segundo apuração da Auto Esporte, eles estão praticamente zerados e a Toyota suspendeu as vendas do Corolla e do Corolla Cross.
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A Toyota ainda não tem previsão para retomar a produção de carros. O Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região aponta que as atividades em Porto Feliz voltam só em 2026, a marca busca soluções para esse período como importar motores.
O Toyota Corolla é o sedã médio mais vendido do Brasil, com volume mensal que ronda as 3 mil unidades. Ele possui um público cativo e vende mais que muitos compactos.
Seus principais atributos são a confiabilidade, espaço interno, oferta de versão híbrida e o conforto ao rodar. Se você queria comprar um sedã médio e não encontra mais o Corolla, essas são as alternativas que temos no mercado hoje.
Com o Honda Civic subindo de preço na nova geração, por usar um sistema híbrido avançado e vir da Ásia, o Nissan Sentra foi o único rival japonês do Corolla que sobrou no Brasil. O modelo atual cresceu em tamanho e ganhou suspensão traseira independente.
Apesar do visual ousado, o Nissan Sentra é um sedã para quem quer conforto: é bem isolado, possui bons bancos, a posição de dirigir não cansa e o sistema de som é eficiente. O motor 2.0 aspirado ganhou injeção direta e trabalha no ciclo Atkinson, que prioriza o consumo de combustível e dá desempenho na média.
O Sentra é vendido em duas versões: a Advance custa R$ 174.490, enquanto a Exclusive sai por R$ 198.790. Todas contam com ar-condicionado de duas zonas, pacote ADAS, regulagem elétrica no banco do motorista, chave presencial, faróis full LED e rodas de 17 polegadas.
O modelo topo de linha adiciona o teto solar, interior em couro marrom claro, sistema de som Bose, câmera 360°, retrovisor fotocrômico e cruise control adaptativo. Apesar de ter uma nova geração recém lançada nos EUA, a Nissan segue vendendo o Sentra no Brasil normalmente.
O BYD King foi a maior pedra no sapato do Toyota Corolla desde meados de 2024. O sedã médio chinês demorou a pegar no mercado, mas vêm emplacando cerca de metade do volume do japonês.
Seu destaque é ser um híbrido plug-in, podendo rodar até 78 km como elétrico no modelo GS. Além disso, o motor elétrico mais potente proporciona mais desempenho que o Corolla híbrido.
O BYD King é vendido em duas versões, a GL e a GS. Elas se diferenciam pelo tamanho da bateria, que afeta na autonomia e no desempenho. O modelo de entrada perde também a regulagem elétrica do banco e a barra de LED unindo os faróis.
Para quem roda sempre com o carro cheio é preciso ter atenção com um detalhe do BYD King: sua capacidade de carga é de 375 kg, menor que muitos hatches compactos. A suspensão traseira é por eixo de torção, destoando do conjunto multilink dos japoneses.
O sedã médio mais barato do Brasil é o Arrio 6 Pro, da Caoa Chery. Seu preço de R$ 139.990 o coloca equiparado aos compactos, mas o porte maior e o acabamento são de médio.
Seu motor é o mesmo 1.5 turbo que encontramos nos SUVs da marca, auxiliado por um sistema híbrido leve de 48 volts. O câmbio é CVT com simulação de 9 marchas e a suspensão traseira é por eixo de torção.
Na linha 2025 o Arrizo 6 Pro ganhou o pacote ADAS Max Drive para complementar a segurança. Seu espaço interno é mais generoso que o do Toyota Corolla, mas o porta-malas de 405 litros é bem menor que os 470 litros do japonês.
Como todo bom carro chinês, o interior do Arrizo 6 Pro chama a atenção por vir bem recheado de tecnologia: câmbio do tipo joystick, painel digital com tela de 10,25 polegadas, banco do motorista com regulagem elétrica, câmera com visão 360°, luz ambiente personalizável e teto solar.
A Volkswagen traz o Jetta, seu sedã médio, apenas na versão esportiva GLI. Para cobrir o vácuo que ficou na gama, o Virtus ganhou a versão Exclusive com motor 1.4 TSI, pacote de equipamentos mais farto e alguns detalhes mais caprichados no acabamento.
Mesmo sendo classificado como um sedã compacto, o porte do Virtus sempre foi bem próximo ao do Toyota Corolla. O espaço para as pernas no banco traseiro é grande e seu porta-malas de 521 litros é o maior dessa lista.
Ele entrega a origem em carros compactos com os materiais usados no acabamento da cabine: o painel é todo em plástico e há tecido apenas em uma porção pequena das portas dianteiras. Uma faixa em camurça no painel e nos bancos melhoram o aspecto.
Pelo menos ele vem bem equipado: ar-condicionado automático com saídas para o banco traseiro, seis airbags, painel digital e pacote ADAS. Na linha 2026 ele recebeu rodas com novo desenho e os assistentes de segurança agora contam com assistente de manutenção em faixa.
Quem sair de um Corolla para levar um Virtus sentirá falta do acabamento mais esmerado, mas terá um desempenho superior graças ao 1.4 TSI. Esse motor também consegue ser bem econômico quando o motorista estiver com o pé leve.
O Honda City, assim como o VW Virtus, é um sedã compacto com espaço interno digno de médio e com um grande porta-malas. O acabamento aponta a origem, mas pelo menos é mais caprichado que o do rival.
Sob o seu capô está um motor 1.5 aspirado com injeção direta, com 126 cv. Ele é elástico e responde bem em rotações médias, dando desempenho similar ao dos 1.0 turbo dos rivais. Mas seu destaque é a economia de combustível.
O Honda City Touring se destaca por ser o único sedã compacto com freio de estacionamento eletrônico, cruise control adaptativo com stop and go e ar-condicionado de duas zonas. Ele também traz faróis em LED, pacote ADAS, carregador de smartphone por indução e retrovisor fotocrômico.
Esse pacote de equipamentos, o acabamento com tecido nas portas traseiras e o conforto ao rodar do City o deixa mais próximo do Corolla. A maior perda será no desempenho.
A GAC estreou no Brasil com uma gama de cinco veículos, o mais barato foi o sedã elétrico Aion ES. Ele é um caro feito para o trabalho, focando em taxistas, motoristas particulares ou de aplicativo. Público que hoje é fiel ao Toyota Corolla.
Como foi projetado para esse uso mais urbano, o motor elétrico o Aion ES é mais fraco, com 136 cv. Sua velocidade máxima fica limitada em 130 km/h e a autonomia é de 314 km no ciclo do Inmetro.
O pacote de equipamentos desse sedã médio é exótico, conta com apenas quatro airbags, o painel é analógico, a central multimídia de 8 polegadas possui apenas Apple CarPlay, os bancos são em vinil com regulagem manual e o ar-condicionado é de duas zonas.
Se você possui um Corolla apenas para trabalhar e estava de olho no GLI Hybrid, vale a pena considerar o Aion ES. Mas é preciso ficar atento com a desvalorização e as limitações de um carro elétrico.
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Viva os sedans!
Ainda existe vida inteligente em nosso mercado de zero-kms!
Esqueceram de citar o também japonês Versa, bom carro, com ótimo custo benefício!
