Anfavea quer aumento imediato dos impostos de importação dos carros elétricos

Segundo o presidente, o aumento das vendas dos elétricos somados a taxa atual, que deve crescer até 2026, é uma ameaça ao comércio nacional 

byd shark 2025 azul frente parada em praia
Os impostos devem chegar a 35% (Foto: BYD | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 26/06/2024 às 18h02

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) negocia com o Governo Federal a antecipação do cronograma de imposto de importação para carros elétricos e demais eletrificados. Na prática, a entidade deseja que os impostos que retornaram em janeiro de 2024 com tarifa de 12% de importação para híbridos e 10% para elétricos alcance o valor de 35% o quanto antes, adiantando o combinado que previa este número em junho de 2026.

Durante o Seminário AutoData Revisões das Perspectivas 2024, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, se posicionou a respeito.

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Segundo o próprio AutoData, Lima Leite fez duras críticas ao atual cenário que expõe alta de 38% nas importações de carros elétricos e outros tipos de veículos da categoria nos primeiros cinco meses do ano em relação ao mesmo período de 2023, valor muito expressivo. Além disso, a China contribuiu com 82% do crescimento das importações.

Continuamos reféns das importações. Elas atacam a nossa competitividade, agora e no futuro. Se o Brasil quiser ter um olhar à frente, ser um grande competidor, precisamos analisar as importações com viés de preocupação. Com este volume crescente hoje é um risco para nossa indústria”, afirmou o Lima Leite

Mesmo que os representantes das fábricas nacionais se posicionem desta maneira, o próprio presidente diz que nada disso é um “ataque pessoal”.

Não queremos uma guerra comercial com os importados, mas precisamos defender nossa indústria”, pontuou o representante.

Crescimento das importações dos carros elétricos

Com a popularização dos carros elétricos e híbridos as importadoras têm crescido muito no mercado brsasileiro. Em 2023, por exemplo, as chinesas BYD e GWM assumiram um papel muito importante, com destaque para a primeira, que finalizou o ano entre as 10 maiores emplacadoras do país, mesmo sem fábrica por aqui. Em 2024 a BYD se mantém na posição e fica a frente de marcas que tem fábricas por aqui como Peugeot, Citroën, Caoa Chery e Suzuki.

Projeções da Anfavea

Nas projeções a Anfavea mantém o crescimento de vendas este ano, com alta de 6,1% para autoveículos, chegando a 2 milhões e 450 mil unidades, leve alta de 0,7% nas exportações com o embarque de 407 mil veículos e produção com avanço de 6,2%, atingindo 2 milhões e 470 mil unidades. Mas Leite pontuou que exportações e produção podem não atingir estas estimativas.

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3 Comentários
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Fábio 27 de junho de 2024

Em outra reportagem sobre o tema o presidente da ANFAVEA cita que ainda está havendo uma “transição na indústria”. Ora, como pode esse setor, agraciado com diversos benefícios fiscais, passando pelo programa inovar-auto (2013-2017), Rota 2030 e agora o Mover, não ter conseguido durante todo esse tempo fazer a transição necessária? Será que já não se falava em eletrificação a 10 anos atrás?

Não bastasse isso, a ANFAVEA pressionou para passar incentivos maiores a carros movido a biocombustíveis do que híbridos e 100% elétricos, o que faz crer que a transição ainda é para se ter carros movidos a biocombustíveis.

Ou seja, muitos benefícios e pouco retorno em termos de atualização tecnológica. Só sabem pressionar cada vez mais o governo, mesmo diante de investimentos recordes no setor e grande esforço para ajudá-lo, mas não abrem a boca pra pressionar a queda da Selic. Do jeito que está deve estar mais fácil empurrar carro caro com a desculpa da taxa de juros.

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Lafayette 26 de junho de 2024

baixem os preços dos nacionais, 2020 comprei um Polo completo Highline e paguei 80000, hoje custa 120000, e o carro é pior. meus ganhos subiram 12% no período e o carro subiu 50% e piorou! Deixem os Chineses em paz.

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Rodrigo 28 de junho de 2024

Tens plena razão… Adendo, continua um bom carro, mas piorou E MUITO, se comparado ao “antigo”…

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