Quando você se tornou um apaixonado por carros?
Normalmente, esse sentimento pelos automóveis passa de pai para filho; no meu caso, não está sendo bem assim...
Normalmente, esse sentimento pelos automóveis passa de pai para filho; no meu caso, não está sendo bem assim...
Quando você se tornou um entusiasta dos automóveis? Você se lembra? Sinceramente, no meu caso, não sei se tive um estalo e passei a ser apaixonado por carros em um ponto certo da minha vida. Mas me lembro de momentos que certamente foram ajudando nessa construção…
Lembro de ir ao mecânico com meu pai – ou simplesmente ir com ele levar o carro para lavar no sábado. Ele sempre foi muito caprichoso e cuidadoso com os seus “possantes”. O primeiro deles que eu tenho lembrança era uma Parati preta 1983, sempre lavadinha e brilhando.
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Também me vem a cabeça folhear as revistas Quatro Rodas – que meu pai recebia mensalmente por assinatura – primeiro para ver as fotos, depois para ler as reportagens. E, nos anos 90, também comprava na banca a Oficina Mecânica, que dava umas dicas legais de como fazer manutenção em casa e mostrava até mesmos uns carros preparados.
Já as brincadeiras eram com os chamados “carrinhos de ferro”. Pô, me lembro até hoje quando vi um Bburago 1:18 pela primeira vez: era de um vizinho cujo pai era italiano e trouxe de lá.
Fiquei fascinado, já que as rodinhas respondiam ao movimento do volante, e o nível de detalhes era incrível. Estou falando de coisas que aconteceram no fim dos anos 80, imaginem… Não tinha esse monte de opção que existe hoje.
A paixão sempre foi por algo motorizado, não necessariamente por carros. Por um momento na minha infância, eu também quis ser motorista de caminhão. Sempre passava férias na casa da minha vó em Santos (SP) e via muitos Scania Jacaré circulando pela cidade, por causa do porto.
O tempo foi passando, surgiu a internet e boom (!), um mundo novo foi se abrindo. A possibilidade de ler publicações estrangeiras, ver vídeos, aprender ainda mais sobre carros do mundo todo.
E esse entusiamos pelo automóvel também me permitiu conhecer conviver com muita gente legal em fóruns de internet, track days – participei de um no destruído circuito de Jacarepaguá, inclusive. Algumas dessas amizades extrapolaram esse universo.
Inclusive, a minha escolha profissional foi motivada pela paixão pelos carros: fazer jornalismo para escrever sobre o assunto. E por meio dela, eu tive acesso a muitas experiências e possibilidades que um trabalhador brasileiro – como é o jornalista – não tem.
Pilotar carros dos sonhos, com poucas unidades fabricadas (e, muitas vezes, em autódromos). Dirigir um caminhão, aquele sonho de infância. Até mesmo já operei uma pá-carregadeira.
Será que as novas gerações vão ter esse mesmo apreço pelos carros? Improvável… Ele está se encaminhando para ser mais um gadget, como um iPhone ou outro dispositivo que é meramente funcional e descartável em pouco tempo.
Meu filho de 11 anos, por exemplo, não tá nem aí pra carro, moto ou qualquer outra coisa do gênero. Inclusive, ele comemora que em breve teremos carros autônomos. Não devo ter talento para transmitir minhas paixões, já que nem para o mesmo time que o meu ele torce.
Mostro aqui a vez que operei um “tratorzão”. Confira:
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Ao ler seu texto, parece até que foi comigo. Tenho até hoje um Impala 65 na escala 1:18 que me dei de presente em 1985. Aí vieram os filhos e o carrinho agora está precisando de restauração. Sem rodas, pintura arranhada, suspensão destruída, portas defeituosas. Ao menos internamente foi preservado, apesar dos dedinhos que tentavam alcançar o guidon e os encostos que basculam. No real, tive um Chevette 82 que comprei em 95 e vendi dois anos depois, após restauro. Foi quando sofri de arrependimento. Um abraço.
Até os 13 anos de idade a última coisa que eu queria na vida era pegar um carro para dirigir, mas meu avô disse que eu já tinha idade e tamanho para aprender isso. Meus primeiros contatos com um carro eram os controles de embreagem e depois uma direção em uma estrada com pouco movimento, tudo feito em um Fusca 1970 que existe até hoje. No ano seguinte foi a vez do meu pai, pessoa que sempre detestou dirigir, me ensinar a manobrar em um Opala Comodoro 1982 com direção mecânica e às vezes pegava em alguns trechos de estrada sem movimento. Depois disso a paixão por carros começou a surgir em 1994, primeiro com o lançamento do Chevrolet Corsa e consolidada alguns meses depois com o lançamento do novo Volkswagen Gol e com o Salão do Automóvel de São Paulo, com carros incríveis. Passei então a consumir revistas de carro e virei uma referência no assunto no colégio que estudava, agora meu sonho já era ter um carro para guiar. Os anos passaram e devido aos estudos parei de comprar as revistas, mas via sempre um ou outro lançamento, porém sem o mesmo entusiasmo da adolescência. Fiquei afastado da direção por 10 anos por causa de crises convulsivas e só aos 30 anos consegui tirar minha carteira. Hoje, um dos carros que dirijo é o Fusca, o primeiro carro que rodei a chave, além de um Toyota Etios 2013.
Eu gostava muito de carrinhos quando criança, principalmente aquelas miniaturas de ferro. Algumas influências veio do meu pai que foi mecânico quando era bem jovem, depois mudou de profissão, mas me lembro quando eu era criança e via ele fazendo algumas manutenções nos carros dele aos finais de semana. Lembro também que íamos as feiras de carro só pra sapear, além das revistas Quatro Rodas dos anos 80 que ele comprava de vez em quando. Comecei a ler as revistas e tomei gosto pela coisa e acabei ficando “viciado” no assunto, bem mais do que ele…rsrsrs…eu mesmo juntava um dinheirinho e comprava a revista quase todo mês. Como vc falou também acho que as gerações futuras não terão esse mesmo interesse. Na nossa época, tirar carta e ter um carro era sinônimo de liberdade, hoje não é mais.
Fala Felipe,
minha história é muito parecida com a sua, começando pelas miniaturas, revistas, até a vontade de ser motorista de caminhão, por ter um amigo da família que era e me contava sobre as viagens. não segui em nenhuma carreira que me conecte com os carros, mas a paixão continua e o desejo de conectar os dois também.
No meu caso,nasci em frente de uma oficina mecânica e no terreno ao lado de minha casa também abriu uma oficina ,que, convivi,mesmo mudando de donos ,até os 30 anos,qdo mudamos… e aos 5 anos ganhei da minha tia ,uma jamanta italiana(miniatura) com todos os carros da FIAT italiana…logo depois meu vizinho,que gostava da família ,me deu um carrinho a pedal do chevrolet Impala anos 60,azul…lindo! além de conviver com vizinhos do meu tio que era engenheiro da DKW,além de um sinistro engenheiro da VW…Me pai antes de casar com minha mãe teve uma fabriquinha no Bom Retiro em SP em que produzia acessórios cromados para carros americanos entre os quais ,as caríssimas calotas,que ele fazia desde da Ford até de Cadillac,cópias perfeitas das originais…Ele era muito respeitado no meio por isso!
No meu caso pode-se dizer que vem de berço. Quando nasci, meu pai era chapeador (funileiro) e a oficina ficava ao lado de casa. Desde pequeno eu fuçava na oficina. Ah, sim, também tínhamos uma loja de tinta que ficava na parte da frente da oficina. A loja ficava na rua principal e a oficina entrava pela transversal. Aos sete anos ganhei uma bicicleta Caloi Berlineta (em 1973). Ela era verde claro com para-lamas brancos mas mudou de cor várias vezes. Foi Ocre Marajó, Azul Claro Fluorescente, Verde Escuro, Laranja, entre outras. Sempre que dava na telha eu pegava um spray e pintava ela. Depois meu pai e o sócio dele foram concessionários Chrysler até 1979 e de 1979 a 1994 fomos concessionários Ford. Vendemos a concessionária em 1994 mas a gasolina continua pulsando nas veias. Meu tio era concessionário VW e um grande colecionador de carros antigos (ele já faleceu mas meus primos organizaram um museu com os carros da coleção – o Museu RNS).