Apelidos de carros: cinco alcunhas sinceras e maldosas
Apelidos de carros são comuns no mercado brasileiro, sapão, chinesinho, corujinha; alguns são simpáticos, mas outros não
Apelidos de carros são comuns no mercado brasileiro, sapão, chinesinho, corujinha; alguns são simpáticos, mas outros não
A relação do brasileiro com o automóvel é bem passional. Afinal, para a grande maioria dos consumidores é um bem que demanda muito esforço e sacrifício para se conquistar.
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Assim, não é raro que a convivência crie apelidos, íntimos (no meio familiar), mas também alcunhas do mercado, que podem ser carinhosas ou não.
Confira cinco apelidos de carros nada simpáticos, que não foram dados por seus donos, mas pelo mercado.
Não teríamos como iniciar esse colóquio sem citar a Mancona… ops, a Montana. A picape da Chevrolet chegou renovada para disputar terreno com Fiat Toro e Strada, assim como Renault Oroch.
Mas a GM pegou por não lhe oferecer um motor mais potente que a unidade 1.2 de 133 cv, que não garante os melhores números de desempenho e até capacidade de carga. A alcunha tem gerado polêmica.
O apelido dado ao Hyundai Veloster segue basicamente a mesma lógica da Mancona. A Hyundai lançou seu ousado cupê de três portas, com visual bacana, mas pecou sob o capô.
O carro vinha equipado com motor 1.6 aspirado de 128 cv. Trata-se do mesmo motor que foi oferecido no Hyundai HB20 e no Creta. Para os compactos, a unidade sobra, mas num modelo de apelo esportivo, só serviu para fazer dele uma chacota.
A Toyota Hilux é uma das picapes mais populares do mundo. Mas nem por isso foi poupada de apelidos jocosos.
A alcunha de Tombalux se deve aos constantes capotamentos que a picape registrou, em diferentes situações, inclusive no off-road. O problema está justamente na fama de indestrutível, que faz com que o motorista acredite que possa desafiar as leis da física.
Na década de 1960 a Volkswagen percebeu que precisava de outro produto além da Kombi e do Fusca. Uma solução foi desenvolver um sedã de quatro portas com a mecânica e base da dupla. O VW 1600 chegou no final de 1968, e assim como o Fusca não tinha um nome oficial, apenas a combinação das iniciais da Volks e os algarismos que identificavam sua motorização.
Por ser quadradão, ganhou o apelido de Zé do Caixão, personagem fúnebre de José Mojica Marins. Foi literalmente a pá de cal para o “Fusca Quatro Portas”. Se o time de marketing da VW tivesse um pouquinho de boa vontade…
Se no caso do Zé do Caixão faltou proatividade da turma do marketing, no episódio do Cornowagen ela excedeu na propaganda. Esse infame apelido do carro vitimou uma versão do Fusca com teto solar.
O problema não era o produto. O teto funcionava direitinho. A patacoada foi na publicidade. A peça trazia um casal no carro, com a esposa com parte do corpo para fora do teto acenando para os pedestres, enquanto o incauto maridão guiava sorridente. Não precisa dizer mais nada, não é?
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Sem nos esquecermos do “Bel Antônio”, o Simca, bonito e fraquinho no desempenho…
O amigo está um pouco equivocado! O desempenho do Simca até que era muito bom, ganhou dezenas de corridas; tinha excelente estabilidade, direção, freios etc. O problema do carro era a resistência. Feito para um país de excelentes estradas como a França, não competia com o Aero Willys, que era um “jipe de casaca”, mas que nunca venceu competição nenhuma. Meu pai teve vários Simcas e Aeros, e o carro francês era muito superior, mais bem acabado, etc.
No caso da Hylux, o problema cabe exclusivamente a certos condutores vacilões e metidos à “boy”, que não deveriam pilotar nem bicicleta.
Já no caso do VW-1600 (Zé do Caixão), acredito que o problema não tenha sido o controverso apelido, mas sim o atraso do seu lançamento no mercado – quando os sedans com motor traseiro já eram um conceito ultrapassado.