Audi A5 pega carona com A4 e também chega como linha 2021
Modelo importado da Alemanha tem duas versões de acabamento e potência e desembarca por aqui com preços a partir de R$ 285 mil
Modelo importado da Alemanha tem duas versões de acabamento e potência e desembarca por aqui com preços a partir de R$ 285 mil
O Audi A4 e A5 Sportback têm muita coisa em comum. Compartilham plataforma (MLB), conjunto mecânico, linha de produção (Ingolstadt, Alemanha) e também chegaram ao Brasil praticamente ao mesmo tempo. O sedã A4 está nas lojas desde o final do ano passado, enquanto o A5 – que na prática poderia ser uma espécie de “A4 Sportback” – está desembarcando nas lojas agora.
O primeiro fechou os lançamentos da marca em 2020, enquanto o segundo abre a temporada 2021. Como o irmão, o A5 2021 também passou por reestilização. As mudanças incluem atualização visual na frente e traseira.
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A grade cresceu, assim como as entradas de ar no para-choque, que também é novo. Os faróis ganharam tecnologia Matrix (que acendem e apagam blocos de LEDs seletivamente).
Outra novidade frontal do A5 Sportback 2021 é a sutil abertura de ar existente entre a parte de cima da grade e o capô. Atrás, para-choque e saídas de escape também foram redesenhados. O modelo estreia em duas versões: Prestige Plus (R$ 284.990) e Performance Black (R$ 329.990).
Não há, portanto, a versão mais “pelada”, Prestige, como no A4. Em comparação com o sedã de mesma versão, a diferença de preço é de R$ 25 mil. A boa notícia é que a Audi oferece este mês valorização de R$ 15 mil no usado dado como parte de pagamento. Outra opção é utilizar o plano de financiamento da marca, com taxa de 0,59% e carência de 90 dias para a primeira prestação.
O motor 2.0 turbo do A5 Sportback 2021 rende 190 cv no modelo mais barato e 249 cv no mais caro. O câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas é comum em ambos, mas a tração integral quattro está disponível somente no Performance Black.
Ao contrário do sedã, que teve ligeiro acréscimo de comprimento (3 cm) por causa do redesenho dos para-choques, o A5 manteve as dimensões. Assim, permanecem os 4,76 m de comprimento, 2,82 m de distância entre-eixos, 1,85 m de largura e 1,39 m de altura.
A única diferença de tamanho em relação ao A4 está na altura: o sedã é 4 cm mais alto. Isso ressalta levemente seu perfil mais esportivo, reforçado pelos vincos no capô, inexistentes no sedã.
A altura menor teoricamente também favorece a estabilidade, já que o centro de gravidade diminui. As rodas também são de 18”, mas com desenho próprio.
A Audi divulga os mesmos números de desempenho para A4 e A5. Com 190 cv (Prestige Plus), o modelo faz 0 a 100 km/h em 7,3 s e chega a 240 km/h. Já a versão Performance Black precisa de 5,8 s para a prova de aceleração e alcança 250 km/h.
Também à imagem e semelhança do sedã A4, o A5 Sportback ganhou controle de cruzeiro adaptativo (acompanha o ritmo do veículo da frente) e central multimídia com tela de 10,1”. O quadro de instrumentos virtual, de 12,3”, pode ser configurado.
Para compensar o preço de saída mais alto que o do sedã (que começa em R$ 229.990), o A5 vem de série com ar-condicionado de três zonas de refrigeração, bancos dianteiros esportivos com regulagens elétricas (em ambos) e volante com base achatada (disponível apenas o A4 mais caro). O teto solar panorâmico também é de série.
Como no A4, há carregamento e emparelhamento de celulares Android Auto e Apple CarPlay sem fio. O repeteco em relação ao sedã também inclui coisas básicas para um carro desse nível, como chave presencial, partida por botão, portas USB atrás, etc.
Várias montadoras estão deixando o Brasil. Qual será a próxima? Veja no vídeo:
O porta-malas teoricamente acomoda 5 litros a mais que o do sedã: leva 465 l. O único opcional da versão é a pintura metálica ou perolizada.
Já o Performance Black tem a ênfase no visual escurecido na capa dos retrovisores, painel (com partes em black piano) e teto. Além disso, o banco do motorista passa a ter memória de posição, e o revestimento mescla couro e Alcantara. O material, sintético, confere aspecto mais sofisticado. Além disso, o modelo tem auxiliar de estacionamento, que faz as manobras para acomodar o veículo na vaga.
Como opcionais, há head up display (R$ 7.500), som da Bang & Olufsen (R$ 8.000) e o pacote de assistência voltado à segurança, composto de assistente de manutenção em faixa e alerta de colisão traseira (R$ 8.000).
A exemplo do sedã, o A5 Sportback também tem tanque de combustível de acordo com a sede do motor: 54 litros no Prestige Plus e 58 l no Performance Black.
Andando, o A5 Sportback tem comportamento muito semelhante ao do A4. A suspensão independente na frente e atrás, com cinco braços em ambos os eixos, torna o carro muito obediente nas curvas. Da mesma forma, a direção precisa e os freios sempre prontos para estancar o carro ao menor comando do pé do motorista deixam o condutor seguro ao volante.
A Audi colocou à disposição dos jornalistas somente a versão mais cara e potente. Com 249 cv e 37,7 kgfm de toque a partir de 1.600 rpm, as respostas são sempre instantâneas.
Além disso, se o motorista estiver com o pé leve, o motor até descansa com o carro em movimento. Isso porque o modelo adota um sistema híbrido leve, de 12 volts. Com ele, a marca informa que sem demanda de aceleração ou em velocidade de cruzeiro (em velocidades entre 55 e 160 km/h), o carro anda graças à assistência elétrica, provida por um gerador de dupla função (que é ao mesmo tempo alternador e motor de partida), alimentado por uma bateria de íons de lítio instalada na traseira.
Esse dispositivo não é tão sofisticado ou potente como os sistemas de 48 volts que a marca utiliza em modelos como A6 e A8, mas a fabricante informa que ele pode economizar até 0,3 litro de gasolina a cada 100 km rodados.
Parece pouco, e é. Mas a busca por redução de consumo e emissão de poluentes atualmente está nesse nível. Cada gota conta.
A Audi até oferece na linha A4 e A5 sistema de 48 volts, mas por enquanto ele só equipa modelos como o S4 TDI, a diesel, vendido na Europa.
Voltando à nossa realidade e ao nosso teste, como no A4, o clima na cabine é sempre sereno, graças à boa isolação acústica. Mesmo diante do dilúvio que acompanhou boa parte do teste por estradas paulistas, o modelo alemão não denunciou ruído além do aceitável, apesar do teto solar panorâmico, que reduz a área de isolamento de barulho.
E o espaço atrás também é bom, ao menos para quem não vai no meio. O túnel central alto limita um pouco a região de apoio para os pés.
Fotos: Audi | Divulgação
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