Automec 2025 tinha uma verdadeira ‘Chinatown’ instalada

Além das grandes expositoras multinacionais e brasileiras, feira teve muitos representantes de fabricantes chinesas de autopeças

Chinatown na Automec foto chicolelis
'Estandes' chineses eram cubículos que mal cabiam duas pessoas (Fotos: Chicolelis | Divulgação)
Por Chico Lelis
Publicado em 04/05/2025 às 22h18

Quem visitou a 16ª edição da Automec foi do Brasil à China em apenas alguns segundos, sem passaporte, visto ou qualquer burocracia.

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Nos sete pavilhões estavam reunidas empresas sediadas no Brasil — fabricantes de componentes automotivos — com estandes muito bem montados, recepcionistas, distribuição de brindes, cafezinho e, principalmente, apresentações de seus produtos. Houve também palestras voltadas a empresários do setor e uma multidão de mecânicos que se acotovelam pelos corredores da feira.

Mas a grande surpresa acontece quando se atravessa a “fronteira” e se entra na chamada “Chinatown”, instalada no pavilhão 8 da Automec. Lá, desaparecem os grandes e chamativos estandes. Não há brindes, cafezinhos ou atrações. O foco está totalmente nas peças, componentes e artigos para veículos — vendidos a preços convidativos (não divulgados à imprensa) diretamente a pequenos empresários e mecânicos brasileiros.

Tudo é exposto em boxes minúsculos — minúsculos mesmo, a ponto de mal caberem duas pessoas — semelhantes àqueles encontrados em galerias populares nas cidades brasileiras, onde se vendem todo tipo de produtos chineses.

O pequeno box chinês foto chicolelis

Do lado de fora dos estandes, os expositores sorriem animadamente. Mas o entusiasmo muda ao se identificar como membro da imprensa. O sorriso permanece, mas o atendimento já não é o mesmo.

Em um dos boxes, fui muito bem recebido por um casal chinês. Nenhum dos dois falava português, apenas um inglês carregado de sotaque. Usavam um celular para traduzir minhas palavras para o mandarim. Tudo corria bem até que revelei ser jornalista. A partir daí, todas as perguntas foram respondidas com um educado, porém firme, “no!”.

A promotora foto chicolelis
Expositores sorriem, mas não respondem aos jornalistas

Uma cena curiosa: em outro box, observei um comprador brasileiro, uma tradutora e o empresário chinês almoçando juntos, sem a menor cerimônia, em meio à negociação.

Conversando ali na “Chinatown” com um engenheiro brasileiro de uma empresa expositora nacional — que pediu para não ser identificado — ouvi, em tom bem-humorado: “Se juntar tudo que está nesses estandes chineses, dá para montar um carro inteiro, só faltaria a carroceria.”

E é verdade. Imagine qualquer peça automotiva — provavelmente você a encontrará ali, incluindo partes elétricas como lanternas e faróis. Tudo mesmo.

Fora da China, em Nova York

O badalado bairro Chinatown, em Nova York, começa na Broadway e vai até a Rutgers Street. É fácil se sentir na própria China: todos os estabelecimentos têm fachadas antigas e nomes escritos em caracteres han, o sistema de escrita chinês. Essa é a maior comunidade chinesa fora da China, e o mandarim é o idioma mais ouvido por ali — exatamente como no pavilhão 8 da Automec.

Em 1974, Roman Polanski dirigiu um excelente filme que leva o nome do bairro, estrelado por Jack Nicholson e Faye Dunaway.

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