Conferimos o BMW iX3, SUV elétrico de R$ 475.950
BMW lança SUV elétrico iX3, que chega para concorrer num segmento em que já figuram Mercedes EQA, Volvo XC40 e outros modelos premium movidos a bateria
BMW lança SUV elétrico iX3, que chega para concorrer num segmento em que já figuram Mercedes EQA, Volvo XC40 e outros modelos premium movidos a bateria
A BMW acaba de lançar no mercado brasileiro o iX3, versão elétrica do SUV X3. O modelo chega para ampliar a gama de modelos que dispensam motores a combustão.
Com preço sugerido de R$ 475.950, o iX3 é vendido na versão M Sport e se posiciona num degrau abaixo do futurista iX. O modelo irá se posicionar numa faixa abaixo de meio milhão de reais.
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Trata-se de um posicionamento em que figuram modelos como Mercedes-Benz EQA (e EQB), assim como a dupla escandinava Volvo XC40 Recharge e C40 Recharge. E a BMW quer conquistar a preferência do consumidor com a combinação de motorização, autonomia e dirigibilidade.
Até o momento, a BMW vendeu 80 unidades do SUV. A meta é fechar 2022 com 200 carros entregues. Parece pouco, mas no milionário universo dos elétricos é um volume expressivo.
O iX3 é equipado com motor montado sobre o eixo traseiro que entrega 286 cv e 40,8 kgfm de torque. Segundo a BMW, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos.
O iX3 é alimentado por baterias de 74 kWh que prometem até 460 km de autonomia. Suas 188 células podem ser recarregadas na rede doméstica, assim como em Wallbox e eletropostos.
O tempo de recarga varia de acordo com o tipo de fonte de alimentação. Confira:
| Fonte | Potência | Tempo | Percentual |
|---|---|---|---|
| Tomada 220V | 2,3 kW | 40h | 100% |
| Wallbox | 11 kW | 7h30 | 100% |
| Eletroposto | 150 kW | 32 min | 10 a 80% |
O iX3 é última evolução da atual geração do X3. O modelo conta com quadro de instrumentos digital, mas com moldura comum, sem o estilo futurista do painel do iX e do novo Série 3, que conta com um único módulo suspenso.
No entanto, o SUV oferece praticamente as mesmas funcionalidades, com direito conexão a internet nativa, navegador GPS, informações de tráfego em tempo real e feed de notícias.
O SUV ainda oferece conexão Apple CarPlay e Android Auto, câmera 360° e sistema de áudio Harman Kardon de 464 Watts. Uma curiosidade é que a BMW contratou o compositor alemão Hans Zimmer (famoso por escrever trilhas sonoras para o cinema) para criar o sistema Iconic Sound, que cria um som para o elétrico.
Já o pacote de assistentes de condução conta com:
O iX3 é um dos poucos SUVs elétricos que não parece uma nave espacial. Uma das razões é o fato de ele compartilhar quase tudo com as versões a combustão e híbrida.
A percepção que se trata de um elétrico é a ausência completa de ruído. Mas quem quiser um barulhinho, basta ativar o sistema Iconic Sound.
Dizer que o iX3 é tão divertido de guiar como um sedã ou cupê da marca é forçar a barra. Ele é um carro legal, tem boa estabilidade, muito em função dos 500 kg das baterias montadas sob o assoalho. Fator que ajuda a reduzir o centro de gravidade.
Mas é claro que como todo SUV, ele espalha mais nas curvas que um automóvel. No entanto, a montagem do motor no eixo traseiro, faz desse BMW mais divertido nas curvas que seus concorrentes com tração dianteira ou integral.
No entanto é preciso ficar atento, pois mesmo com toda eletrônica, não convém fazer gracinha, pois os 40,8 kgfm de torque aparecem imediatamente e podem armar uma armadilha.
E por falar em torque, a aceleração desse SUV é brutal. Ele ganha velocidade muito rápido. A marca declara máxima de 180 km/h. Limitação para não comprometer a autonomia.
Mas quando se quer andar rápido, os números do velocímetro se multiplicam diante dos olhos e tudo começa a passar bem mais rápido diante do para-brisas.
Uma coisa que faz falta (em todo elétrico) é não ter o auxílio das borboletas de marcha, principalmente nas reduções. Quem é acostumado usar a caixa para forçar uma redução de velocidade nas entradas de curva e aproveitar o motor cheio na saída sente uma estranheza. Uma solução é manter o modo One Pedal ativado, mas não tem a mesma graça.
Ele só não é mais legal que o iX. Mas aí a conversa é outra.
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