Esse material não é usado apenas nos acabamentos internos e externos do veículo, ele está ganhando espaço na mecânica e com alguns benefícios
O plástico é cada vez mais usado nos carros. As peças que mais evidenciam isso são bem visíveis, como os para-choques, acabamentos do interior e apliques estéticos. Porém esse material também é usado em componentes mecânicos como as bieletas.
Muitos já associam esse uso do plástico como corte de custos, mas o avanço nos estudos de materiais permitiram usar ele com resultados similares ao metal. Porém esses materiais mais avançados conseguem obter resultados similares sem prejudicar o bolso dos motoristas.
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As bieletas são responsáveis por conectar a barra estabilizadora ao braço da suspensão. Por isso, ela recebe muitos impactos e vibrações, principalmente nas condições de piso do Brasil.
A falta de resistência nessa peça pode manchar a imagem de um carro. O Peugeot 206 é conhecido até hoje por ter bieletas frágeis.
Essa peça começou a ser feita em plástico nos últimos 20 anos. O primeiro modelo nacional equipado com bieletas de plástico foi o Chevrolet Vectra de terceira geração, lançado em 2005. Hoje ela usa essa solução no Onix, Onix Plus, Tracker e Montana.
A Volkswagen Polo, característica que se estendeu aos derivados Virtus, Nivus e Tera. O grupo alemão também usa essa solução em alguns carros da Audi. Consultamos a Chevrolet norte-americano para entender melhor como são feitas as peças e como se difere da peça feita em metal.
Segundo a engenharia da General Motors, as bieletas usadas na linha Onix são feitas com o polímero PA66 GF30. Sua composição básica é nylon reforçada com fibra de vidro.
O fabricante diz que o peso é similar ao de uma bieleta feita em metal, o que não traz impactos a massa não suspensa. Ele aponta também outros benefícios do PA66 GF30, como a maior resistência e rigidez, estabilidade dimensional em condições de carga, capacidade de operação em ambientes de alta temperatura e robustez contra condições adversas.
O fato de ser feita em um polímero também traz vantagens ao longo prazo, como não ter risco de corrosão — mesmo em condições severas — e dispensar tratamento superficial ou pintura. Isso simplifica também para o lado do fornecedor na hora da produção.
A General Motors diz que seus testes internos comprovaram que não há diferença na durabilidade da bieleta em polímero quando comparada com a metálica. Ela já adota versões feitas em polímeros de outras peças que costumavam ser feitas em ligas metálicas caso tenham desempenho e integralidade similar.
As bieletas feitas em plástico podem ser uma tendência na indústria. O componente foi bem aceito e não existem relatos de fragilidade na suspensão dos carros nacionais que o utiliza, assim como foi com os coletores de admissão e outros componentes mecânicos feitos em polímeros.
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