BMW M: Os 10 carros mais legais da divisão esportiva
Durante os 50 anos da BMW M, além dos famosos M3 e M5, divisão também fez carros com motor de Fórmula 1, "Ferrari" alemã e até Batmóvel
Durante os 50 anos da BMW M, além dos famosos M3 e M5, divisão também fez carros com motor de Fórmula 1, "Ferrari" alemã e até Batmóvel
Neste mês de julho, a BMW celebra 50 anos da divisão M, que representa a chancela de esportivos da marca bávara. Ela nasceu como BMW Motorsports, com objetivo de desenvolver carros de competição. Em 1972 tinha apenas 35 funcionários.
No entanto, a BMW percebeu que além preparar carros de corrida, existia um potencial de mercado, uma vez que crescia a demanda por carros esportivos compactos, principalmente nos Estados Unidos, onde a crise do petróleo de 1974 praticamente ceifou os muscle cars.
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Assim, ao longo das últimas cinco décadas a fabricante de Munique lançou modelos icônicos. São carros de rua, que levam recursos e melhorias adotadas pela marca nas pistas.
Desde acertos de suspensão, sistemas de arrefecimento e até mesmo um bloco de Fórmula 1. E para marcar as bodas de ouro da BMW M, selecionamos os 10 modelos mais legais criados por eles
O 2002 Turbo não leva a letra M em seu nome. Mas nem precisa. Esse carro foi o precursor da linha esportiva da BMW. E se não bastasse, foi o primeiro carro de produção em série na Europa a utilizar turbocompressor.
Para se ter uma ideia, ele multiplicou a potência do 2002 em 70%. Isso porque o modelo aspirado era equipado com uma unidade 2.0 de 100 cv. Com a inclusão do sistema de sobrealimentação, a cavalaria saltou para 170 cv e o torque para 24,1 kgfm.
Números que permitiam que o carrinho acelerasse de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos e atingisse a máxima de 214 km/h. O cupê era tão arisco que na saia do para-choque o nome 2002 Turbo era grafado de trás para frente. Assim, quem estivesse na frente poderia ler e dar passagem, como numa viatura com a sirene aberta em disparada.
Outro modelo que não carrega a consoante no nome, mas que marcou época foi o 3.0 CSL. Uma das versões mais nervosas do cupê E9. Ele foi responsável pela popularização dos motores seis cilindros em linha da marca.
A BMW já utiliza blocos nessa configuração desde 1917, quando fabricava motores de avião e desde 1933 em automóveis. No entanto, o 3.0 CSL, utilizava uma versão melhorada do motor M30 2.5 alongado para 3.3 litros.
A unidade entregava 205 cv e 29,1 kgfm de torque. Ao todo foram produzidas 1.265 unidades para atender às exigências de homologação, pois ele seria utilizado no Campeonato Europeu de Turismo.
Nas pistas o resultado não poderia ter sido melhor. O cupê venceu a temporada de 1973 e ainda faturou as 24 Horas de Le Mans, em sua categoria. Por conta do grande aerofólio e demais apêndices aerodinâmicos, ele foi apelidado Batmóvel.
O primeiro modelo a receber a consoante na lataria foi o M1, de 1978. Desenhado por Giorgetto Giugiaro, ele era uma evolução do conceito E25 Turbo, de 1972, que tinha sido criado em comemoração aos Jogos Olímpicos de Munique.
O plano da BMW era criar um carro de competição em parceria com a Lamborghini. Mas o acordo azedou (sabe como era o temperamento de Ferruccio, né?) e os alemães tocaram o projeto por conta própria.
Com chassi tubular, ele utilizava novamente o motor seis cilindros. No entanto, tratava-se da unidade M88/1, montada em posição central traseira. A unidade tinha 3.5 litros e debitava 277 cv e cerca de 34 kgfm de torque nas rodas traseiras. A meta da BMW era correr no Grupo 5 da FIA. Para isso, 453 unidades foram produzidas até 1981.
Um dos carros mais legais dos anos 1980 certamente foi a Ferrari 288 GTO. Mas quase ninguém podia colocar as mãos nesse carro, com exatas 272 unidades construídas. Mas com o primeiro M6 da história era diferente.
Também conhecido como M635 CSi, esse gran turismo era o sonho de consumo nos anos 1980 nos Estados, Europa e Japão. Com cara de mal, capô longo, muito espaço interno e acabamento sofisticado, era o esportivo para não abria mão de comodidade.
Esse BMW era equipado com uma versão modificada do seis cilindros do M1, para poder ser montado em posição dianteira. Com 3.5 litros de deslocamento, o bloco entregava 286 cv e 34,6 kgfm. Ele acelerava de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos.
A primeira geração do M3 é considerada com um dos BMW mais legais já construídos (mais que o M635 CSi) e figura em diversos rankings. Lançado em 1986, o esportivo evoluiu ao longo dos anos. E a cereja do bolo foi a edição Sport Evolution.
Ele era equipado com motor uma atualização do motor S14 quatro cilindros 2.3, que foi ampliado para 2.5 litros e que entregava 238 cv e 25 kgfm de torque. Tudo isso com aspiração natural.
Com apenas 600 unidades, a edição ainda contava com para-choques com tomadas de ar mais largas, novos coletores no lugar dos faróis de neblina, além de um aerofólio redesenhado. É o crème de la crème da Bayerische Motoren Werke.
O Série 8 chegou no final dos anos 1980 para suceder o Série 6. Com desenho mais esportivo, ele tinha faróis escamoteáveis (que ainda faziam sucesso) e um perfil agudo, seguindo o rastro de figurões como Chevrolet Corvette e Ferrari Testarossa.
Era um carro à frente de seu tempo. Contou com modelagem do monobloco feita em computador. No final dos anos 1980 era coisa de ficção científica. Reza a lenda que custou quase US$ 1 bilhão para ser desenvolvido. Assim, o Série 8 chegou para ser o carro mais sofisticado da marca e também um dos mais esportivos, com uma gama de cinco motores: dois V8 e três opções V12.
Em 1990, a BMW M cresceu os olhos no Série 8 e resolveu desenvolver o que seria o M8, com base na versão topo de linha 850Ci. Ele elevaram o deslocamento do V12 de 5.6 litros para 6.1 litros. O resultado foi 557 cv e 45 kgfm de torque, o que fazia dele um dos carros mais potentes de sua época.
O carro teve as bitolas alargadas, ganhou para-lamas dilatados, novos para-choques e caixas de ar rebaixadas, capô, com saídas e ar, tudo funcional. Se não bastasse, contava ainda com peças em fibra de carbono e até mesmo kevlar para dar conta do recado. Mas o projeto ficou apenas no protótipo devido ao preço final, superior ao de uma Ferrari.
Detalhe: Esse mesmo V12 6.1 litros é o motor que equipou o McLaren F1, entre 1993 e 1998. Mas ajustado para 630 cv.
O Z3 foi o representante da BMW no segmento roadster que pipocou nos anos 1990. Não foi o primeiro conversível de dois lugares da marca. Antes a BMW fabricou o clássico 328, de 1936, assim como o 507 e o exótico Z1.
Mas foi o Z3 que criou uma linhagem que persiste até hoje. No entanto, logo depois de seu lançamento, os engenheiros desenvolveram uma versão fechada e um tanto controversa.
Todo mundo sabe (se não, é bom saber) que um roadster que se preze deve ter um capô longo e traseira curta. O Z3 era assim, mas fechado ele ficou estranho e foi apelidado de sapato de palhaço.
Mas isso não tirou o sorriso do rosto de quem apostou no Z3 M Coupé, que era equipado com a unidade seis cilindros 3.2 (aspirada) de 325 cv e 35 kgfm encaixada a uma transmissão ZF manual de cinco marchas. Tudo isso para ele acelerar de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos. Quem chama de feio é porque tem inveja.
O M3 da geração E46 é uma das mais populares do esportivo alemão. No entanto, um dos carros que seria o mais legal da BMW M não saiu do papel. Foi o M3 Touring.
Essa versão foi apresentada com um estudo e tinha o mesmo conjunto mecânico do cupê. Ele foi equipado com bloco seis em linha S54 3.2, de aspiração natural, com 343 cv e 36,5 kgfm de torque.
Ele ainda contava com uma transmissão manual de seis marchas, fornecida pela Getrag, que fazia desse carro o verdadeiro diabo. Mas nada convenceu a alta cúpula de Munique e o projeto foi engavetado.
Esse “erro crasso” foi reparado há uma semana com a chegada da versão definitiva do M3 Touring, com base na atual geração do Série 3. O modelo conta com 510 cv, caixa de oito marchas e tração traseira. Como deve ser.
Se os executivos da BMW não deixaram o projeto do M8, com seu V12, chegar às ruas, eles não barraram o incrível M5 com motor de Fórmula 1. Lançado em 2005, o esportivo foi vendido com carrocerias sedã e perua.
Desenhado pelo controverso Chris Bangle, a geração E90 do Série 5 não era tão estranha quanto o Série 6, Série 7 e Z4. Mas o desenho é o que menos importava nesse carro.
Esse M5 utilizava o motor S85 V10, com base no bloco que a BMW tinha desenvolvido para a Fórmula 1. No grandalhão alemão, o bloco tinha 5.0 litros e entregava nada menos que 507 cv e 52 kgfm de torque, comandado por uma transmissão sequencial automatizada de sete marchas.
Para se ter uma ideia do que esse motor era capaz, o M5 acelerava de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos. Um número absurdo para um carro de seu porte e com aspiração natural. Além disso, ele vinha de fábrica com velocidade máxima limitada em 250 km/h. Mas poderia esticar a até 305 km/h se o proprietário adicionasse o pacote M-Driver.
Ele não tem 500 cv, não tem V12 e nem V10, mas é um dos BMW M mais ariscos já projetados. O M2 chegou ao mercado em 2015 com o objetivo de resgatar a primeira geração do M3.
Compacto, com entre-eixos curto, tração traseira e um seis cilindros 3.0 biturbo de 370 cv sob o capô. Esse carro era como um Chevette com motor de Corvette. Se não bastasse, esse esportivo miúdo ainda despejava 47 kgfm de torque nas rodas, controladas pela caixa de dupla embreagem M-DCT de sete marchas.
A BMW ainda lançou as versões Competition, que elevava a potência para os mesmos 410 cv do M4 e para se despedir da geração, desenvolveu o M2 CS, com 450 cv. Uma das coisas mais lindas que já guiei.
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