Brasil levará 20 anos para voltar a vender carros como em 2012
Brasil talvez só iguale vendas de veículos de 2012, quando atingiu pico histórico, em 2032, segundo estudo publicado pela Bright Consulting
Brasil talvez só iguale vendas de veículos de 2012, quando atingiu pico histórico, em 2032, segundo estudo publicado pela Bright Consulting
Previsão de recuperação tão lenta foi feita pela Bright Consulting e está alinhada com outros estudos, inclusive da Anfavea. O País chegou a estar entre os quatro maiores mercados do mundo de veículos leves e pesados, no início da década passada. Depois caiu para décimo.
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Há algumas explicações. A principal está nos estímulos fiscais que funcionaram bem até atingir o pico de vendas em 2012 (3,8 milhões de unidades) e um recuo de 1% em 2013. No entanto, não se tratava de crescimento saudável e muito menos sustentável do ponto de vista econômico. Queda era previsível em razão de desequilíbrios fiscais e crise política que se sucederam. Chegou ao fundo do poço em 2022 com a pandemia de covid-19: 2.104 milhões, queda de 45% em 10 anos.
A expectativa da consultoria, sediada em Campinas (SP), é de 2,46 milhões de unidades neste ano (varejo apenas). Segundo seu presidente, Paulo Cardamone, “a evolução depende de maior crescimento econômico e de renda”. Sua previsão, em cenário de altas taxas de juros, é de 3,2 milhões de vendas em 2030, no varejo de veículos zero-km, só alcançando volumes equivalentes a 2012 após 2032.
Na minha avaliação ainda é possível que em 2032 o mercado brasileiro, incluindo o atacado com vendas para pessoas jurídicas (CNPJ) e hoje muito mais ativo comparado a 2012, volte para algo perto do volume recorde de duas décadas antes. Dependerá de crescimento econômico do País e do dinamismo do próprio mercado, hoje o sexto maior do mundo.
Outra previsão da empresa: 72% das vendas deverão ser a soma de híbridos básicos (40%), plenos (12%), plugáveis (8%) e elétricos (12%). Motores a combustão responderão por 28%. A Fiat lança na próxima semana os SUVs Pulse e Fastback, pioneiros dos híbridos básicos flex fabricados no Brasil. Batizados de Bio-Hybrid, têm bateria adicional de lítio 12 Volts, substitui alternador e motor de partida por uma máquina elétrica de 4 cv e permite um sistema liga-desliga silencioso do motor tricilindro turbo flex 1-litro. Preço e ganho em consumo serão revelados na próxima semana.
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Brasil sempre demora 20 anos para recuperar 10 e nessa a verdade é que estamos parados na década de 80 em renda e consumo.