Vice-presidente da BYD anuncia intenção de fazer 12 carros na Bahia
Vice-presidente global da BYD, Stella Li, detalhou os planos da marca para o mercado brasileiro e visões sobre o futuro da mobilidade
Vice-presidente global da BYD, Stella Li, detalhou os planos da marca para o mercado brasileiro e visões sobre o futuro da mobilidade
A BYD quer se tornar o farol da eletrificação dos carros no mercado brasileiro. As falas nada modestas são da vice-presidente global da marca, Stella Li. A executiva chinesa concedeu entrevista coletiva na Cidade do México em que afirma que a meta da marca é produzir 12 carros na Bahia.
Stella não deu detalhes de quais carros serão, mas até agora é possível listar quase metade desse pacote. Dolphin, Dolphin Mini, Song Plus, Yuan Plus e a novíssima picape Shark estão entre os cotados. Mas nenhum executivo crava o que será feito aqui ou não.
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Um dia antes, o Conselheiro Especial da BYD Brasil, Alexandre Baldy, comentou que para a Shark ser fabricada no país, o mercado teria que “abraçar o modelo”. Já Stella, quando questionada sobre qual seria o volume necessário para justificar a produção local, não quis se comprometer e se esquivou.
Mas a executiva é categórica ao afirmar que quer fazer da BYD uma bússola para a virada da mobilidade no Brasil e América Latina, com foco no carro híbrido em um primeiro momento.
“O carro híbrido tem grande importância em nossa estratégia, pois é o trampolim para o elétrico. Na China, 60% dos consumidores que têm um híbrido migram para o carro elétrico na próxima compra. Nossos híbridos têm autonomia mínima de 50 km no modo elétrico. Mas já duplicamos para 100 km com o Song Plus (e Shark). Além disso, nossos motores a combustão são mais eficientes que os da concorrência. Em testes chegamos a marca de 33 km/l. Para um país continental como o Brasil é algo muito importante, pois dá segurança e tranquilidade em longos deslocamentos”, analisa.
Para Stella, trazer concorrência e competitividade é fundamental para fazer a roda da indústria girar. “Temos uma picape que conta com internet 5G (em parceria com a Claro) embarcada e que funciona como gerador de eletricidade. É um veículo robusto capaz de levar luz e conectividade a pontos que não contam com infraestrutura”, explica.
De fato, o que a executiva chinesa quer dizer é que a marca deverá sacudir a indústria brasileira, que ainda engatinha com seus projetos de eletrificação e que sua tecnologia irá estimular a concorrência.
“Temos mais de 100 mil engenheiros trabalhando ao redor do mundo. Não somos uma empresa que fabrica carros. Somos uma empresa de tecnologia. Alocamos 5 mil engenheiros para desenvolver soluções em inteligência artificial. Construímos um centro de desenvolvimento de cerâmica. Não produzimos e vendemos nada em cerâmica, mas já nos adiantamos”, exemplifica.
Questionada sobre as barreiras impostas para as marcas chinesas nos Estados Unidos e mercados europeus, Stella explica que observa o movimento nos EUA, mas não considera aquele mercado como prioridade neste momento. No entanto, explica que a estratégia da BYD é sempre se regionalizar em qualquer mercado que atue.
“Nossa estratégia quando chegamos a um mercado é nos tornar parte da indústria local. Estamos finalizando nossa fábrica em Camaçari para atender ao mercado brasileiro e demais mercados da América do Sul. Queremos instalar uma fábrica no México para atender a América Central e países mais próximos como a Colômbia. Estamos finalizando nossa planta na Hungria, pois também queremos ser uma fábrica local na Europa”, explica.
Conheça a BYD Shark, caminhonete híbrida que pode ser feita no Brasil
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Ótima notícia !