O urbano elétrico chegou ao mercado europeu com várias mudanças em relação ao vendido no Brasil e na China, incluindo motor mais forte
A BYD possui presença forte na Europa e faz mudanças significativas em seus carros para serem vendidas por lá. O Dolphin Mini acabou de ser lançado no Velho Continente, com algumas diferenças em relação ao vendido no Brasil e com o nome Dolphin Surf.
A mudança mais notável está no estilo, o Dolphin Surf possui para-choque dianteiro redesenhado. As rodas de liga leve também são diferentes e existem versões mais simples com rodas de aço adornadas por calotas plásticas.
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Mas as mudanças são mais profundas que isso. As versões mais simples, chamadas de Active e Boost, utilizam motor de 88 cv, mais potente que o de 75 cv vendido no Brasil. Em contrapartida, a bateria na versão de entrada é de 30 kWh, enquanto a de 38 kWh que recebemos é usada a partir da intermediária.
A versão topo de linha Comfort utiliza um motor de 156 cv. É mais potente até que o Dolphin GS vendido no Brasil.
A autonomia no Active é de 221 km, no Boost fica em 322 km e o Comfort 311 km. A autonomia foi divulgada apenas no ciclo WLTP urbano, a BYD não divulgou o dado combinado que é usado como padrão.
O Dolphin Surf será vendido apenas em configuração de quatro lugares, que é bem aceita na Europa. O Volkswagen Up, por exemplo, também só era vendido assim por lá e a versão de cinco lugares foi feita para o Brasil.
O pacote de equipamentos na versão topo de linha é bem similar ao que vem para o Brasil, com regulagem elétrica para o banco do motorista, câmera 360°, carregador por indução e faróis em LED. Os europeus têm a mais o aquecimento nos bancos dianteiros e o rebatimento elétrico dos retrovisores.
Ele já chegou a Europa com pacote ADAS, que inclui cruise control adaptativo. Nas versões mais simples há a eliminação de alguns desses itens. As rodas de liga leve aro 16″, por exemplo, só está presente no modelo Comfort.
E falando nas rodas, elas são calçadas com pneus 185/55 R16 da tradicional Hankook, medida mais comum no mercado e que foi usada pelo Honda Fit e o Nissan March. O pneu 175/55 R16 que vêm para cá só existe nas revendas da BYD ou pela marca Speedmax no varejo, sem outras opções.
De acordo com a avaliação da centenária revista britânica AutoCar, o acerto da suspensão não acompanha a potência do motor. O Dolphin Surf prioriza o conforto e deve a esportividade sugerida pelos 156 cv.
Seu preço fica entre o de um Dacia Sprint (o nosso Renault Kwid E-Tech) e o do Citroën ë-C3. O custo benefício é forte, principalmente por causa da autonomia.
A BYD diz que o Dolphin Surf será feito na fábrica que a marca está construindo na Hungria. A Europa subiu os impostos para carros elétricos chineses e a fábrica terá a mesma missão que a planta de Camaçari (BA) terá no Brasil.
A BYD vende duas versões diferentes do Dolphin no Brasil. A GS é idêntica a chinesa, com eixo de torção na traseira e motor mais fraco, já o modelo Plus é o modelo Europeu.
O Dolphin Plus possui dianteira 20 cm mais longa, por conta dos reforços recebidos para passar nos testes de impacto europeus. Ele também possui suspensão traseira multilink, para lidar com o motor de 180 cv.
Quando foi lançado em 2023, o Dolphin Plus se diferenciou por trazer limpador no vidro traseiro, banco bipartido e outros detalhes de comodidade que são cobrados por europeus e brasileiros. Parte dessas melhorias serão aplicadas ao modelo GS quando a reestilização que estreou na China chegar por aqui.
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