Câmara aprova 35% de etanol na gasolina e 20% de biodiesel no diesel

O projeto de lei dos combustíveis do futuro tem a proposta de colocar o Brasil na vanguarda da descarbonização, mas preocupa os motoristas

volkswagen polo track cinza flex abastecendo posto
O projeto segue para o senado (Foto: Volkswagen | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 13/03/2024 às 21h56

O projeto de lei 528/2020, chamado de “combustíveis do futuro”, teve seu texto base aprovado pela Câmara dos Deputados. Nele prevê um aumento do teor de etanol mistura a gasolina para até 35%; no óleo diesel será permitido até 20% de biodiesel até 2030.

Atualmente, a gasolina possui 27,5% de etanol anidro adicionado a ela, com o mínimo permitido sendo de 18%. O texto aprovado muda esse limite, estabelecendo um mínimo de 22% e máximo de 35%. O texto original do PL previa 30%, porém o índice foi elevado pela Câmara.

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Já no óleo diesel, o percentual de biodiesel adicionado é de 14% desde o início de março de 2024. A adição irá aumentar em 1% até atingir o limite de 20% em março de 2030.

O Boris alerta sobre os perigos do biodiesel:

Durante o debate sobre o PL dos “combustíveis do futuro” houveram algumas propostas rejeitadas:

  • O deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) tentou passar uma emenda que reduzia o limite de etanol na gasolina para 29,5%;
  • O pedido para retirar do texto o trecho sobre a adição do etanol na gasolina;
  • A emenda do deputado Darci de Matos (PSD-SC) que exige um exame para verificar a viabilidade técnica de fixar o teor de biodiesel entre 13 e 25%.

O relator do projeto, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) defendeu a aprovação da proposta:

É um projeto estratégico para que o Brasil consolide sua vocação agro, para que aprofunde a conquista da matriz energética limpa, renovável e sem paralelos no mundo e para termos uma matriz de biocombustíveis sem paralelos também”

Segundo o relator, o projeto dos combustíveis do futuro anda em conjunto com o programa Mover, que está promovendo a descarbonização da indústria automotiva brasileira. Desde a aprovação desse programa, diversas montadoras já anunciaram a produção nacional de carros híbridos flex acompanhados de investimentos bilionários.

O deputado Hugo Leal (PSD-RJ) comentou que o aumento do teor de biodiesel no óleo diesel poderá prejudicar o setor dos transportes. Esse combustível vegetal em maior concentração pode deixar borra e resíduos que comprometem o funcionamento do motor dos caminhões.

O projeto que aumenta a quantidade de etanol na gasolina agora será votado no senado. Lá ele poderá ser alterado antes da sanção final do presidente da república.

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20 Comentários
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José Eugênio de Claudio 2 de outubro de 2024

Péssimo projeto de lei. Se vigorar, preparem os bolsos, pois irá prejudicar os motores, tanto os diesel como os a álcool e gasolina.

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ROBÉRIO TRAJANO 26 de junho de 2024

Pior agora, o diesel já vai ter 25% dessa bosta de etanol, ou seja, já já vc não vai mais dizer que comprou um carro a diesel, mas sim um 50% a alcool kkkkkkkkkkk culpa de quem votou no ex condenado….

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Riardo 2 de outubro de 2024

O problema não é o ex-condenado mas o congresso assiado do dedos leves de joias do Oriente que é quem vota e aprova esse tipo de coisa.

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Ricardo Millei 23 de abril de 2024

Carros a gasolina carburados , que pagaram seus impostos na compra, venda, revenda, etc manutenção e compra de peças, sempre com IPI, ICMS, COFINS, foda se, que se lasque? Belo exemplo esses caras q definem na caneta as coisas tecnicas

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Caca 22 de março de 2024

Meu Chevette já engasgava, agora lascou.

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pieter 15 de março de 2024

Tudo culpa desse governo lixo

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Almir Goncalves 14 de março de 2024

E como fica a frota de motocicletas com este novo teor de álcool na gasolina, o Presidente Lula vai trocar os motores das motos ou fazer com que as fábricas fadam um recal para adaptar os motores das motos para flex? E os carros 100% gasolina (importados) como ficam…. Depois não sabe porque está com os números de aprovação despencando, com este novo governo Lula, veio mais impostos, menos segurança, e agora obriga todos por alterar os combustíveis no Brasil. Depois reclama do pessoal que atravessa a fronteira para comprar combustível nos países vizinhos. Coitados dos caminhoneiros, lá vem greve novamente, pois o maior prejudicado serão eles, pois se álcool e biodiesel fossem bom, o mundo todo teria veículos movidos a álcool e caminhões biodiesel, porque será que não tem?

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Daniel 14 de março de 2024

Nesse caso, poderia processar o estado por venda casada, ja que meu carro é a gasolina e estão metendo etanol que vou ser obrigado a comprar junto, e se o governo nao da suporte para carros a gasolina, pq preciso pagar IPva dele?

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Glauber 14 de março de 2024

Vai ter mecânico trabalhando em dobro. Carro só a gasolina não vai sair d mecânica. Eta Brasil feio

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Felipe 14 de março de 2024

E sabe o que é engraçado, provavelmente os carros desses deputados aí que aprovaram essa bodega são importados e não são flex e serão os primeiros a quebrar, isso não é coisa que deveria ser votada por pessoas que não tem conhecimento nenhum sobre mecânica.

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Alcool na Gasolina 22 de março de 2024

mas ai eles trocam com nosso dinheiro, resolvido

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Tiago 14 de março de 2024

Se o Governo está mesmo preocupado com o meio ambiente, etc.. Por que não fazem incentivos (redução de impostos) para carros mais novos? Eu tenho um veículo ano 2001 somente a gasolina, mas tenho condições de comprar um carro mais novo, porém nao faço isso por tudo nele ser muito mais caro… IPVA muito mais caro, seguro muito mais caro, impostos muito mais caro.. etc… Ou seja, eu não tenho NENHUM INCENTIVO a “renovar a frota”, prefiro continuar com meu carro antigo que rodo e viajo para todo lado e não me da dor de cabeça….

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Alcool na Gasolina 22 de março de 2024

com esse novo percentual, os dores de cabeça vao começar

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Augusto Batista 14 de março de 2024

Então aquela regra dos 70% Vai por água abaixo, agora a regra é 80%. Se não abaixar o preço da gasolina, pra quem tem carro flex, só vai de etanol, mesmo pra viagens. O consumo da gasolina vai despencar….

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Manoel José Carlos 14 de março de 2024

O que menos importa para os políticos são, consumidor e muito menos meio ambiente. O negócio deles é dinheiro e privilégios, para grupos e a própria classe de abutres. Conhecidos como políticos brasileiros.

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Vinícius Pacheco 14 de março de 2024

Para favorecer os produtores de álcool. Mas com a safra de cana menor, eles estão priorizando o açúcar. Daí vai faltar etanol para cumprir o limite mínimo da lei. O preço sobe e importamos muito mais caro do que produzimos. E assim todo mundo ganha. Menos o consumidor, é claro. Mas esse, na visão do Estado, tem mais é que se f#$@…

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Edney Denis 29 de abril de 2024

Etanol não se produz apenas com cana, mas com milho tb. E por coincidência nossa produção de milho vem aumentando nos últimos anos.

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Guili 14 de março de 2024

Se vc já tem carro flex e a opção de abastecer com 100% álcool, não entendo porquê elevar o percentual na gasolina, prejudicando os carros que não são flex

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Willian B. 14 de março de 2024

A lei prevê modificar a composição dos combustíveis, mas teve um estudo sobre os motores existentes no mercado de usados? Pois os novos vão se adequar, mas os motores monocombustíveis mais antigos e importados? Eles suportam essa alteração na composição? Não seria mais fácil lançar um novo combustível tipo E27 e E35 nas bombas para que o consumidor escolha conforme o seu veículo? Estilo o que ocorre atualmente: comum, adtivada e premium e o diesel S10, S50, S500…

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Sergio I 19 de março de 2024

Concordo com o Willian quanto às novas categorias de combustíveis. Não se pode simplesmente retirar o produto do mercado sem alternativas que não seja as gasolinas premium.
Será que o governo vai dar isenção ao IPVA ou uma forma de compensação para que possamos trocar nossos carros monocombustíveis que agora não são compatíveis com a politica energética “aprovada”? Fomos lesados pelo governo. Assim como as montadoras que são obrigadas a manter peças sobressalentes para os modelos que saem de produção, os combustíveis devem ficar disponíveis por um período mínimo pelo menos 10 ou 20 anos até que se garanta que houve a troca da frota veicular.

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