Por que os caminhões tinham duas ou mais alavancas de marcha?
Hoje os modelos são automatizados, mas no passado era bem diferente e motorista tinha empurrar duas alavancas para trocar de marcha
Hoje os modelos são automatizados, mas no passado era bem diferente e motorista tinha empurrar duas alavancas para trocar de marcha
Muitos podem pensar que os caminhões são veículos complexos e bem difícil de se dirigir. E talvez esse pensamento vem do fato que antigamente os caminhões tinham duas alavancas de marchas e as caixas não eram sincronizadas, o que fazia ser necessário pisar no pedal da embreagem duas vezes, e com bastante força para colocar na marcha certa no tempo certo, e caso você errasse, além da velha arranhada, poderia quebrar a caixa. Essas caixas sem sincronizadores eram as famosas caixas secas, o que para muitos separam os os meninos dos homens.
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Os pesados, também contavam com duas caixas, sendo a caixa alta, essa para maior velocidade e uma caixa baixa, para usar o torque do motor ao máximo. Com isso os pesados ganhavam mais marchas, enquanto carros manuais tinham 3, 4 ou 5 velocidades, os caminhões tinham 10, 13 e 18, como a famosa Eaton Fuller 18.
De forma prática, nos modelos mais antigos, a segunda alavanca, que geralmente ficava no painel, mudava a troca para a marcha “Alta” ou “Baixa” ou “Reduzida” cada um fala da forma que gosta. Assim você tinha “primeira comum” e a “primeira reduzida”. Interessante que ao dirigir um caminhão antigo, dependendo da marcha, os braços poderiam se cruzar, daí vem o termo “Cruzar marchas”.
Um modelo bem conhecido e clássico com essa característica é o FNM, confira como é feito as trocas de marchas. Ah se você gosta de um belo ronco, o vídeo vai lhe servir bem.
Com a evolução da engenharia, novos sistemas foram desenvolvidos. Com isso, a segunda alavanca foi trocada por um botão na própria alavanca que poderia mudar de alta ou para baixa. Mas com a simplificação das alavancas a quantidade de marchas poderia ser aumentada, chegando a 18.
O novo sistema tem funcionamento mais simples. Apesar de ter 10, 13 ou 18 marchas, não são necessariamente 18 posições.
Na alavanca, dependendo do modelo, e nesse caso uma EATON, existem dois botões, um para alternar entre marchas baixas e altas e um segundo para transferir a caixa. Dessa forma, ao chegar na posição que seria a quarta marcha, basta segurar o botão e voltar para a posição da primeira marcha que neste caso se transforma na quinta marcha. Pode parecer complexo, mas na verdade é bem simples.
Com a chegada do Proconve P7, popularmente conhecido como Euro 5, as montadoras reforçam ainda mais a oferta por modelos com caixas automatizadas, e essas mantêm um número elevado de marchas. E claro que antes disso, as montadoras já tinham opções de caixas automatizadas, mas não eram muito populares.
A Scania por exemplo foi a primeira a oferecer tal opção ainda em 2001. Atualmente, todos os caminhões pesados são ofertados com caixas automatizadas de série, e um modelo manual é raro e em alguns casos, até mais caro.
Você já deve ter visto um vídeo onde um motorista está dirigindo um Kenworth W900L com 3 alavancas, bom, nesse caso em especial se trata de um “acessório” no qual acrescenta mais duas alavancas, uma para a troca das marchas altas e baixa e uma para transferir a caixa.
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Muito dificil, principalmente depois que acostumei com os automáticos no Japão. Devia ser tudo automático. Viva o automático, Salve o automático, Vida longa ao automático.