Caminhoneiras são a solução para suprir a falta de motoristas
Setor de transporte vive uma crise por falta de motoristas e caminhoneiras já são a solução em diversos mercados, mas ainda há barreiras
Setor de transporte vive uma crise por falta de motoristas e caminhoneiras já são a solução em diversos mercados, mas ainda há barreiras
Muito tem se debatido sobre a falta de motoristas (de caminhão) que tem ocorrido no mundo. Sim! Em todo o planeta, e algumas soluções governamentais têm sido tomadas para contornar tal situação. Entre elas, está a facilitação de contratação de motoristas estrangeiros, o que pode fazer sentido em países como os Estados Unidos e integrantes da União Europeia. Porém, outros mercados têm desenvolvido programas para incentivar a contratação de mulheres caminhoneiras. Mas isso é uma solução? Ou finalmente estão notando o potencial das mulheres no comando da boleia?
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As mulheres têm lutado por anos em busca de reconhecimento de seus direitos. Muitos já foram conquistados, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Um exemplo é o direito ao voto, este que só foi concedido, aqui no Brasil, às mulheres em 1932, por meio do Decreto 21.076, que criou a Justiça Eleitoral.
Já na Rússia, até o ano de 2021, mulheres simplesmente não podiam ser caminhoneiras, isso porque existia uma lista com 456 tipos de trabalhos, de 30 setores diferentes, que as mulheres não podiam exercer. Infelizmente, ainda não é possível mensurar se ocorreu aumento dessas profissionais do caminhão, já que a guerra entre Rússia e Ucrânia, tem bloqueado acesso a informações de várias naturezas.
Com o passar do tempo, a sociedade e o mercado de trabalho têm aberto oportunidades no setor logístico. Claro que, nem sempre, em condições dignas e igualitárias. Nos Estados Unidos, um dos maiores mercados de transporte do mundo, mulheres em posições ou cargos de destaque já superam 30% das vagas.
Já como caminhoneiras, de 2019 para 2022, houve um aumento significativo e diversas empresas têm trabalhado em programas de contratações de mulheres. Ao abrir novas oportunidades para essas profissionais, as transportadoras conseguem mitigar a escassez de mão-de-obra, pois há uma demanda por caminhoneiros.
E um ponto de interesse, é que com a maior presença feminina, a segurança da operação também aumenta. Segundo pesquisas realizadas, mulheres, de forma geral, se envolvem menos em acidentes. Em 2015, a Federal Motor Carrier Administration relatou apenas 95 mortes de caminhoneiras, que se envolveram em acidentes. Isso em um total de 3.883 ocorrências fatais com caminhões.
Isso significa que as mulheres representaram apenas 2% das mortes. Em entrevista a NBC, a presidente e executiva-chefe da Women in Trucking Association, Ellen Voie, comentou sobre a valorização da mulher no comando do caminhão.
“O que as operadoras estão me dizendo é que eles querem mais motoristas do sexo feminino por questões de segurança. As mulheres geralmente são melhores com os clientes, com a papelada, com o equipamento e muitas vezes mais fáceis de treinar”, observa a executiva.
Mas de fato, as mulheres querem ser caminhoneiras? Sim. A resposta é simples e isso vem principalmente de um dado do programa “Conductoras”, criado pela Scania Argentina, que já teve quatro edições. O programa irá selecionar 36 participantes. Segundo a fabricante sueca, mais de 5 mil participantes se cadastraram.
Isso mostra, que a Argentina tem um grande potencial para aumentar o número de mulheres caminhoneiras, e que por mais que o programa da Scania seja algo digno de elogios, ele não é suficiente. Não apenas na Argentina, mas outros países que anunciam programas desse tipo também registram uma alta procura.
Então a pergunta é, por que não contratar? Nas Américas, como um todo, o percentual de mulheres caminhoneiras nos principais mercados ainda é baixa. Ironicamente, a menor porcentagem é na Argentina, onde o programa teve grande adesão.
Já na Europa, a Alemanha lidera como país com mais caminhoneiras. Lá há condições de trabalho que incentivam a participação da mulher nesse tipo de operação. Um dos empecilhos das mulheres caminhoneiras é a segurança nas estradas. Principalmente em postos e locais de descanso, onde muitas se sentem inseguras.
Outro fator é a distância da família, mesmo com a “proximidade” oferecida por ferramentas como Whatsapp e Telegram, a saudade de casa é um desafio, seja para homem ou mulher. Porém um dos maiores problemas, independentemente do sexo do condutor, são os baixos salários ofertados no mercado.
Os rendimentos são tão baixos, que em diversos países, as transportadoras têm ofertado aumentos e bonificações para tentar atrair mais motoristas. No entanto, os benefícios nem sempre compensam o desgaste e sacrifícios da profissão.
Por fim, a caminhoneira é uma força de trabalho que deve ser reconhecida. A ela deve ser dada oportunidades. No entanto, manter essa força é outra história. É preciso ofertar melhores condições de trabalho e remuneração. Afinal, um caminhão custa mais de R$ 600 mil, enquanto os salários pagos aos motorista são extremamente baixos, o que desvaloriza uma categoria essencial na sociedade, principalmente no Brasil, em que o modal rodoviário é responsável por a esmagadora maioria do transporte de carga.
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As empresas não dão oportunidade a quem quer trabalhar e tem experiência, muita burocracia por conta das empresas, muitos profissionais com documentação todo ok , eu me incluo por q espero uma oportunidade
Quando o salario e condições de trabalho sao ruins falta profissional e simples assim.As mulheres estão aderindo a essa profissão por falta de opção!
Na verdade não falta motorista o que falta é oportunidade para as pessoas que não tem experiência,já estou a 7 anos tentando ingressar na profissão e as empresas só sabe exigir experiência.
A falta de motorista está relacionada ao baixo salário, profissão perigosa e mau vista.muitas empresas não se quer renova a frota. Não aumenta o salario.eu sou carreteiro e trabalho em uma empresa que me paga 3.000 mensal. trabalho com o caminhão mais desconfortável do mercado (axor3344).e ainda faço 13 horas de serviço por dia.
Aí está alguns motivos porque muitos não quer está profissão.
Já estou nessa área bom tempo e com os impostos caro cem ajuda muito empresas como uma mulher vai ser uma caminhoneira nesse Brasil.mostra tua cara.
Sou caminhão deis de criança andava na boleia da carreta com meu pai e hoje vejo que nossa profissão não tem valor nenhum agente tomar chuva sol passa frio e as vezes até fome e cede pra adiantar a viagem perdemos noite e ficamos longe da família se saber se voltamos pra que agente amar e não somos valorizados ! O salário é uma mixaria deveria agente ganha o que esses deputados ganha e eles ganham o que agente ganha por que aí sim seria justo agente passar por tudo nessa vida e ganhamos uma merreca e os deputados não fazem nada tem todo luxo do mundo e ainda ganha bem que país é esse injusto é uma vergonha nosso Brasil
Antes de tecer elogios ao crescimento da presença feminina nas boleias, é preciso saber PORQUE os homens estão de retirando da profissão, e mais importante ainda, é descobrir porque a nova geração não quer nem saber de estrada.
No documentário Brainwash, disponível no YouTube, o pesquisador descobriu que quanto mais livre é um país, mais as mulheres escolhem profissões típicas do perfil feminino (professoras, enfermeiras etc), tendo sido Suécia e Suíça os países campeões em liberdade feminina.
Já os países com mais repressão, mais impostos, mais taxas, regulações e burocracia acabam empurrando as mulheres para profissões altamente perigosas ou insalubres por pura falta de opção. No caso específico do Brasil temos uma lei trabalhista originada do regime fascista de Mussolini (a CLT é baseada na Carta del Lavoro), onde tudo é regulado pelo Estado, sem liberdade pra empreender. Sendo assim a mulher se vê obrigada a pegar o que aparece pela frente, muitas vezes tendo que se sujeitar a ser assaltada e estuprada no caminho do trabalho, exatamente porque não tem liberdade pra abrir uma creche na própria casa, por exemplo.
Os homens estão abandonando a profissão de caminhoneiro porque não podem carregar uma arma pra se defender, quando chega a caminhonete cheia de bandido pra levar a carga. Estão abandonando porque o Estado rouba através dos impostos, todo o dinheiro conquistado. Estão abandonando porque pagam pedágio e as estradas estão abandonadas, esburacadas e sem duplicação. Estão abandonando porque o sistema de frete tabelado pelo Estado, que rouba a todos, acaba eliminando o motorista autônomo.
Enfim, como filho de caminhoneiro eu lamento esse excesso de presença do Estado na profissão, pois está é a causa principal do abandono da profissão. E só posso desejar boa sorte às mulheres que estão se arriscando a entrar nessa profissão ingrata, pois vão experimentar todo esse sofrimento que não foi feito pra elas…
A falta de motorista se reflete no desrespeito ao plofisional pelas transportadoras e pelas seguradora e pela sociedade
Não acredito nisso,
Sou motorista
Até hoje estou sem trabalhar como motorista
A Fabet tem um treinamento expecifico para formação de mulheres, seria bom fazer uma reportagem sobre essa instituição.