Conheçam cinco caminhonetes que poderiam vir para o Brasil
Com tantos modelos estreando no Brasil, chega a ser curioso como alguns ainda ficam de fora; mesmo que seja para competir de forma nichada
Com tantos modelos estreando no Brasil, chega a ser curioso como alguns ainda ficam de fora; mesmo que seja para competir de forma nichada
O ano de 2023 está sendo marcado por grandes lançamentos de caminhonetes no Brasil. Ford F-150, nova geração da Ranger, Chevrolet Montana Ram Rampage e Fiat Strada Turbo já estrearam, Chevrolet Silverado, Fiat Titano e Ranger Raptor estão confirmadas para chegar até dezembro.
Existem alguns modelos que teriam espaço em nosso país, mas seus fabricantes parecem não considerá-los para cá. Essas caminhonetes já possuem boa imagem no exterior e competem com modelos que já temos no Brasil. Você teria alguma delas?
VEJA TAMBÉM:
Hoje a Toyota Hilux reina no segmento de picapes médias. Fica até difícil de imaginar alguma concorrente tirando sua liderança, a briga maior acaba sendo pelo segundo lugar.
Toda essa imagem consolidada da Toyota pode facilitar na vinda de sua caminhonete grande para cá, a Tundra. Essa modelo é competidor direto do trio estadunidense Ford F-150, Chevrolet Silverado 1500 e Ram 1500.
A geração atual da Tundra estreou em 2022, substituindo um modelo longevo que estava em produção desde 2007. Ela é marcada pelo fim do motor V8, que foi substituído por um V6 3.4 biturbo de 394 cv e 66,2 kgfm.
Opcionalmente existe uma opção híbrida, que usa um motor elétrico de 49 cv junto da caixa automática de 10 marchas. Ele eleva a potência total do conjunto para 443 cv e o torque vai para 80,5 kgfm.
Outro destaque da caminhonete é utilizar molas helicoidais no eixo traseiro, assim como a Ram 1500. Isso resulta em mais estabilidade e conforto. A capacidade de carga não é prioridade nos EUA, ficando entre 880 e 673 kg. O tanque de 121,9 litros na versão híbrida garante a autonomia.
Enquanto o Brasil inventava o segmento de caminhonetes intermediárias derivadas de SUV, com a Renault Oroch e a Fiat Toro, os EUA apenas observava de longe. O primeiro modelo desse segmento feito por lá foi a Hyundai Santa Cruz, lançada meses antes da bem-sucedida Ford Maverick.
Hoje ela não consegue o mesmo sucesso da rival por focar em ser mais próxima de um SUV, enquanto a Maverick traz soluções que a torna mais prática no trabalho. Porém o brasileiro parece ter um gosto diferente do norte-americano nesse assunto.
O interior mais bem acabado, o visual moderno e as tecnologias da Hyundai Santa Cruz podem agradar por aqui diante da nova Ram Rampage. O potente motor 2.5 turbo de 285 cv seria o mais forte do segmento.
O que complicaria a vida dessa caminhonete coreana no Brasil é o local onde é produzida. Por ser feita na fábrica da Hyundai no Alabama, nos EUA, ela coletaria mais impostos que a Ford Maverick e os modelos nacionais.
A S10 brasileira atual é do tempo onde a nossa Chevrolet era responsável por desenvolver as caminhonetes médias da General Motors. Ela foi lançada em 2012, nos EUA chegou em 2015 com algumas alterações e o nome Colorado.
Agora em 2023 a S10 brasileira receberá um face-lift e câmbio de oito marchas, mas mantendo a plataforma antiga. Enquanto nos EUA recebeu uma geração toda nova.
A Chevrolet Colorado norte-americana ficou mais larga, alta e comprida. Ela abandonou a opção de motor turbodiesel, que era o mesmo usado aqui, a única opção é o 2.7 turbo a gasolina em duas calibrações: 240 ou 314 cv.
Em versões focadas no off-road, como a ZR2, a caminhonete norte-americana poderia conviver com a irmã brasileira. Fora o desempenho e as capacidades extra, a Colorado possui interior mais moderno.
O caso da Tacoma é similar ao da Colorado. A Toyota desenvolveu uma média específica para os EUA, com medidas maiores que a Hilux que temos por aqui.
A nova geração estreou agora em 2023, trazendo aprendizados da nova Tundra. O único motor é um quatro cilindros 2.4 turbo a gasolina, de 282 cv. A opção híbrida sobe esse potência para 331 cv.
Os modelos que pode agradar no Brasil são os Trailhunter e TRD Pro. São focados no fora de estrada, com o primeiro para trilhas pesadas e o segundo para trajetos de alta velocidade — assim como a Ranger Raptor.
Como a Toyota está investindo em uma imagem esportivo, com a expansão da grife GR, essas caminhonetes seriam boas companhias para a Hilux GR-Sport.
Você sabia que a Fiat importou uma Honda Ridgeline durante a fase de projeto da Toro? Essa caminhonete japonesa foi a percursora das intermediárias atuais, trazendo plataforma monobloco de SUV.
A diferença fica no porte: a Honda Ridgeline é uma média com medidas similares às da Ford Ranger. Sua base é a do Pilot, um SUV de sete lugares maior que o CR-V.
O motor V6 3.5 aspirado poderia ser considerado uma má opção no Brasil, porém a alta do diesel o torna mais interessante. Ele conta com desligamento de cilindros, que ajuda na economia.
Um destaque da Honda Ridgeline é a praticidade. Ela conta com um porta-malas dentro da caçamba, para proteger volumes menores, e vários nichos na lateral da área de carga.
A estrutura do tipo monobloco proporciona maior conforto no asfalto. A tração integral possui vetorização de torque e atende no fora de estrada moderado.
Mesmo tendo a Classic por preço de Hilux, a caminhonete mais vendida da Ram até a chegada da Rampage era a grandalhona 3500. Existe um público no Brasil interessado por esses leviatãs que exigem habilitação de caminhão.
Enquanto a Chevrolet e a Ford não trazem concorrentes para as Ram 2500 e 3500, as importadoras independentes o faz. Clientes pagam valores perto de R$ 1 milhão para ter uma Silverado 2500 ou uma Ford F-250.
A versão de uso pesado da Silverado, por exemplo, utiliza um V8 turbodiesel 6.6 de 477 cv e 135 kgfm. Já o V8 turbodiesel da Ford F-250 e F-350 é um 6.7 com 507 cv e 165,9 kgfm.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |