E agora, José? Comprar, compartilhar, alugar, aplicativo ou patinete?
O mundo inteiro dá tratos à bola, mas ainda não surgiu solução mais eficiente que a tradicional locadora de carros
O mundo inteiro dá tratos à bola, mas ainda não surgiu solução mais eficiente que a tradicional locadora de carros
Quem tem carro na garagem e faz as contas, fica em dúvida se vale a pena assumir tanta despesa para rodar apenas duas ou três horas por dia. Ou menos. Pesa no bolso a desvalorização, impostos, taxas, multas, despachantes, seguros, manutenção, lavagem, combustível, pneus, estacionamento. Fora o rendimento do capital aplicado. E o tempo perdido para procurar vaga, levar à oficina, ao lava-jato, ao Detran…
Primeira alternativa é recorrer à locadora de carro. Aluga-se quando necessário e de forma ajustada às necessidades.
Uma boa solução é alugar um carro compacto para rodar sozinho de segunda a sexta e um grande sedã (SUV?) para sair com a família no final de semana. Ou só recorrer às locadoras nos finais de semana e aos aplicativos nos outros dias.
Aliás, aplicativo pode efetivamente substituir o carro próprio e só não resolve necessidades específicas: passeio no fim de semana ou viajar com a família, casal com filhos menores, pessoas com dificuldade de locomoção, etc.
Surgiram recentemente novas alternativas para a mobilidade urbana, ainda não consolidadas:
No caso da necessidade específica de circular entre determinados pontos da cidade, ou para viagens curtas de poucas horas, busca-se e devolve-se o carro (elétrico, em geral) nos estacionamentos próprios da empresa, desde que o motorista esteja inscrito no sistema.
O compartilhamento de carros é uma solução já implantada em algumas cidades, mas com certas dificuldades: nem sempre se encontra um carro onde se precisa nem um estacionamento para devolvê-lo mais tarde. A manutenção nem sempre é a ideal e pode deixar o usuário na mão.
Sob o aspecto empresarial, o baixo volume de utilização e custos de manutenção podem inviabilizar a operação.
Estão sendo implantadas em todo o mundo, com resultados duvidosos. Em alguns países (…), um dos principais problemas é o vandalismo.
Exatamente como no sistema AirBnB (de imóveis), é a locação de automóveis particulares. A maior empresa do mundo que opera o sistema é a Turo, que o oferece em cidades nos EUA, Londres e Berlim. Ela não tem nenhum carro, apenas administra a locação entre duas pessoas físicas, o dono que não vai precisar dele por um período de tempo e outro interessado em utilizá-lo.
O sistema não vem apresentando bons resultados, primeiro porque a Turo é comissionada sobre valores muito baixos, já que devem ser competitivos com as locadoras. Além disso, dificuldades para o pagamento de multas, de pequenos acidentes e a possibilidade de panes mecânicas por mau uso. Ou controle de pneus e outros componentes passíveis de serem “substituídos”.
Os fabricantes de automóveis sempre tentaram o mercado de aluguel de carros. No passado, a Ford tinha a Hertz, a GM controlava a Avis, a Volkswagen era dona da Europcar. Nenhuma deu certo e se desfizeram do negócio ao perceber suas inúmeras peculiaridades e exigindo muito talento em sua gestão.
Com a chegada dos aplicativos, elas voltaram à carga. Nos EUA, por exemplo, a GM criou a Mevin mas já está restringindo o projeto à locação para motoristas de aplicativos. No Brasil, ela o testa para seus funcionários com carros da frota, sempre saindo e voltando à fábrica.
A Toyota está implantando sistema semelhante tendo suas concessionárias como “sócias” no empreendimento. Funciona principalmente para os clientes que deixam o carro na oficina para revisão ou reparo. De forma limitada, pois não atua em pontos estratégicos como aeroportos ou estações ferroviárias.
A Volkswagen implanta experimentalmente o mesmo sistema numa concessionária de São Paulo, com aluguel por hora. A BMW do Brasil planeja locar seus carros através da rede de revendas. E o Grupo Caoa anunciou estar no mesmo caminho.
O aluguel de carros está sob “ataque” de diversas outras empresas, mas estão apenas atentas ás novidades, que ainda não afetaram seu negócio. Sentiram-se levemente ameaçadas com aplicativos do tipo Uber ou 99. O que fizeram? Do limão, uma limonada: aumentaram seu faturamento alugando carros aos motoristas com preços convidativos…
Foto Toyota | Divulgação
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