Verdade que carro elétrico não dá choque? Recall do Chevrolet Bolt prova que é mito
Sucessão de fracassos sinaliza a dificuldade da General Motors no desenvolvimento tecnológico dos seus modelos 100% a bateria
Sucessão de fracassos sinaliza a dificuldade da General Motors no desenvolvimento tecnológico dos seus modelos 100% a bateria
Mais um recall na recheada história de aborrecimentos da GM (e seus usuários) com os carros elétricos. Desta vez, é o terceiro que envolve o Bolt desde seu lançamento em 2016. O primeiro foi provocado em 2019 pelas baterias fornecidas pela LG da Coreia do Sul. Foram então substituídas pelas produzidas pela LG em Michigan (EUA).
Estas baterias também problemáticas e o recall acabou estendido para todas as 141 mil unidades fabricadas de 2016 até 2022. Era tão grave o problema que a GM recomendou a seus donos que não os deixassem estacionados em garagens dentro de casa. Estacionamentos públicos nos EUA não aceitavam o Bolt pelo risco de incêndio.
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A fabricação do modelo foi interrompida durante dez meses e a GM insistiu em manter as baterias LG quando voltou a produzi-lo em abril de 2022.
Mas o risco de incêndio continuou tirando o sono dos diretores da empresa. Desta vez não provocado pela bateria, mas pelo sistema pirotécnico de pre-tensionamento do cinto de segurança do Bolt. Que é acionado no caso de um impacto e atinge o revestimento do pilar B (colunas centrais, ao lado dos bancos dianteiros) que é inflamável. Foram mais 111 mil veículos – produzidos de 2016 até outubro de 2022 – chamados para recall. Que não envolveu o SUV (Bolt EUV), mas apenas o hatch (Bolt EV).
E agora, o provável último recall do Bolt, pois ele está deixando a linha de montagem para dar lugar a um novo modelo sobre nova plataforma (Ultium) numa outra fábrica. E não é problema da bateria.
Desta vez, o recall está sendo provocado por uma incompatibilidade de tecnologias e, ao contrário do último, só envolve os SUVs e não atinge os hatches. O problema está no cabo de recarga do Bolt EUV produzido pela Webasto, a mesma que ficou conhecida no Brasil pela produção de tetos solares.
O software do sistema elétrico do Bolt não “conversa” com o cabo da Webasto e não percebe que ele foi desconectado da tomada. E continua mantendo nele a corrente elétrica que provoca um choque em quem o manuseia. O problema só ocorre no cabo fornecido pela fábrica como equipamento original do Bolt EUV e não há o risco de choque se a recarga estiver sendo feita num posto público.
Este recall atinge quase 11 mil unidades produzidas em 2022 e 2023, a maioria delas nos EUA. A GM esclarece que se trata de um choque extremamente rápido, de apenas 1/40 segundo, mas suficiente para assustar o motorista.
Entre um recall e outro, várias brigas de consumidores irritados com a empresa, que decidiu inclusive recomprar alguns destes elétricos cheios de problemas.
Ele foi anunciado para nosso mercado no final de 2019 com entregas no início de 2020. Mas as vendas foram interrompidas meses depois, diante do anuncio de sua reestilização em 2021. Entretanto, com a interrupção de sua fabricação por 10 meses, o “novo” Bolt só chegou no final de 2022, apenas na versão hatch.
No início deste ano, a GM Brasil anunciou a vinda de 200 unidades da versão SUV (Bolt EUV) lançada nos EUA no ano passado. Segundo a filial brasileira, este terceiro recall não envolve nenhuma unidade vendida no Brasil.
Entretanto, enquanto se anunciava aqui a novidade, a matriz informava que as duas versões do Bolt seriam descontinuadas ainda este ano, uma verdadeira trapalhada pois contemplou nosso mercado com um modelo em fim de linha. Seu sucessor será produzido a partir de 2024 numa nova fábrica, pois a atual será ajustada para a produção de picapes elétricas.
Outro anúncio da matriz complicado para o Brasil é a decisão de passar da combustão para o elétrico sem transitar pelo híbrido. Pode funcionar nos países desenvolvidos, mas aqui…
A GM pagou caro pelo seu pioneirismo na eletrificação de sua linha. Lançou o EV1 em 1993, ainda com as velhas baterias de chumbo, pelo sistema de leasing. Três anos, 1.117 unidades e alguns incêndios depois, o carro foi pedido de volta aos clientes, descontinuado e sucateado.
A segunda tentativa, em 2011, seria um elétrico puro. Mudou o projeto no meio do caminho e converteu-o num híbrido, com alcance de apenas 60 km, motor a combustão para tracioná-lo e carregar as baterias. Era o Volt nos EUA, Ampera na Europa. Muito caro para os padrões da época e a produção abortada em 2019. Logo depois de dar à luz o Bolt, que durou sete complicados anos, de 2016 a 2023
De fracasso em fracasso, a GM deixou de se tornar a pioneira da eletrificação e entregou o título – na bandeja – para a Tesla.
A tecnologia do elétrico é mesmo incipiente e outras marcas também enfrentam problemas. Mas a GM deveria exigir mais de seus engenheiros pois seus modelos causam mais problemas que os concorrentes. Ou então é mau olhado. Neste caso, algum ‘milagreiro’ poderia trazer melhores resultados.
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O CHEVROLET VOLT ou OPEL AMPERA na Europa tiveram a companhia de outra versão o CADILLAC ELR mas este vendeu tão pouco (custava o dobro de um Chevrolet VOLT) que quase ninguém sabe de sua existência. Era um VOLT mas com apenas 2 portas e o símbolo da Cadillac na grade dianteira e saía da mesma linha de montagem do VOLT nos Estados Unidos.
Carro elétrico , a pior invenção do mundo.
Toda a cadeia envolvida é tão ou mais poluidora que o de carros a combustão, impactos no consumo de energia e, com falta de manutenção, todos serão bombas.
O Bolt só tem problemas. Me admira alguém comprar essa naba.