Tem muito usadinho legal por aí… Mas e a coragem para comprar?
Você achou um carro bacana, bem-equipado e que cabe no seu bolso. Mas e depois? Vai dar conta de bancar a 'brincadeira'?
Você achou um carro bacana, bem-equipado e que cabe no seu bolso. Mas e depois? Vai dar conta de bancar a 'brincadeira'?
Não é novidade para os três leitores que prestigiaram minhas colunas anteriores que eu curto um carro dos anos 1990 e começo dos anos 2000. Fico zapeando pelos sites de compra e venda de carro usado, mas, hoje, as “ofertas” são esfregadas na sua cara se você seguir alguns perfis no Instagram.
O Barato Se Incomodar é uma tentação – graças a Deus não tenho dinheiro sobrando na conta. Todos os dias, os “incômodos” são expostos lá com textos muito convincentes sobre a necessidade de ter um carro que, certamente, te dará aquela dorzinha de cabeça. E quando aparece um combalido carro francês meu coração bate mais forte.
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Também gosto de acompanhar o Armazém do Vovô: aparecem carros usados bastante íntegros – alguns parecem até mesmo que saíram da concessionária. Mas não vou ficar aqui me alongando sobre os perfis que eu sigo.
O que eu queria dividir com você é que para comprar um carro usado desses com mais de 20 anos, é preciso, sobretudo, coragem para sair do lugar comum. Em alguns casos, peças para motor e transmissão são fáceis de conseguir, principalmente de carros nacionais que foram longos períodos em produção. Mas alguns componentes mais específicos começam a ficar mais raros.
Peças de carroceria e, principalmente, de acabamento só na mão de particulares, que cobram cada vez mais caro por elas. Já deu uma busca em sites de compra e venda online? Sim, os antigoportunistas atacam aqui também. É assustador o quanto cobram por um jogo de calotinhas de qualquer carro já classificado como “neocolecionável”.
“Ah, mas o meu farol é Cibié e tem 12 ranhuras e a lente de vidro feito por sherpas do himalaia e eles só foram colocados nas unidades pré-série do seu carro. Por isso eu cobro R$ 77 mil pelo par”. Ok, então…
E não adianta querer evocar qualquer lei ou o Código de Defesa do Consumidor: nada estabele um período mínimo para que peças de um carro que saiu de linha continuem sendo produzidas.
Isso porque ainda estamos falando de carros usados nacionais. Tem que ser muito valente para encarar um importado. Imagina comprar um Citroën Xantia a essa altura do campeonato? Eu tenho muitas saudades do meu Xsara, um carro bem mais simples, mas nunca me arriscaria nem em um desses.
BMW, Mercedes e Audi, a trinca alemã, têm uma oferta maior… Mas nada mais caro que um carro importado barato, não é mesmo?
Além de tudo, ainda tem um problema, e já falei sobre esse assunto: o preço estratosférico dos carros usados em bom estado que estão nas mãos dos antigoportunistas.
O que fazer? Continuar peneirando… Pelo menos eu me divirto com os anúncios.
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Também gosto de carros com mais de 15 anos, sobretudo a partir de 1998 com injeção. Mas difícil achar um impecável por preço justo.
Sempre sonho com um Mercedes usadinho e mais antigo, mas quando penso nessa questão da dor de cabeça , decido ficar só no sonho mesmo. Penso, ligo desisto !