Carros clássicos que a gente só guia nos videogames
A simulação nos aproxima da realidade e muitas vezes é o único caminho para guiar um lenda de colecionador ou um herói das pistas
A simulação nos aproxima da realidade e muitas vezes é o único caminho para guiar um lenda de colecionador ou um herói das pistas
Na coluna passada comentei sobre como os simuladores podem ensinar o motorista a ser mais prudente no trânsito. Mas essas experiências virtuais também podem trazer mais diversão e nos levar a degustações quase platônicas. Se o amigo não é um bilionário, jogador de futebol ou astro do rock, dificilmente terá acesso a carros clássicos. Nesse caso bora jogar videogame.
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Muito se ouve dizer sobre carros lendários como a Ferrari 330 P4 ou o Ford GT40, que rasgaram as curvas de Le Mans nos anos 1960, assim como os Porsches 917 ou 935 “Moby Dick”. Certamente a forma mais fácil de tentar sentir uma máquina dessas é num game. Em games “Gran Turismo Sport” ou “Gran Turismo 7” e “Project CARS 2” é possível conferir o comportamentos dos bólidos.
É interessante perceber o comportamento dinâmico de um carro desses na curva. A maneira que o motor enche. Claro que não se tem a sensação de força G, que só existe com o carro em movimento. No entanto, alguns kits permitem chegar perto disso.
Alguns projetos de simuladores contam com assentos com braços articulados. Eles são capaz de reproduzir a oscilação do carro. Não tem força G, mas dá para chacoalhar direitinho.
Um exemplo é o vídeo abaixo. Nele o “piloto” conduz um Audi Quattro Rally A2. Outro carro que dificilmente a maioria de nós teríamos acesso às chaves. Mas no videogame o feliz jogador teve a possibilidade de levar o carro ao limite. E, caso, perdesse a traseira do Quattro e estourasse numa árvore, bastava reiniciar a partida.
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Certa vez, conversando com o Boris sobre o Porsche 911 – naqueles fim de expediente em que a preguiça de encarar o trânsito é maior que vontade de chegar em casa – divagávamos sobre o comportamento do Nive Eleven. Ele se queixou de como o motor pendurado na traseira é traiçoeiro e que acha mais legal o 718 Cayman.
Confesso que deu vontade de me fazer de São Tomé e dizer que só acreditaria vendo. Mas resolvi tirar a prova diante da TV. “Gran Turismo”, “Project CARS”, “Forza Motorsport” ou “Assetto Corsa” podem ajudar a comprovar a tese do senhor Feldman. Se o amigo quiser algo mais próximo da realidade pode fazer o teste em “iRacing” ou “RFactor”.
Às vezes acontece de um carro de jogo se tornar uma breve realidade. Foi assim com carros como BMW M6, M4, Audi RS6 Avant, R8 V10, Mercedes C63 AMG, AMG GTS e até mesmo o Ford Mustang Mach 1. Com o sexteto alemão foi possível aproximar do que se pode fazer no game. Afinal, foram experiências em circuito fechado.
Foi interessante ver como o M6 espalha mais que o M4 e como a entrega de torque do RS6 é bem mais rápida que do R8, pelo fato de ter dois caracóis sobrando ar dentro das bancadas do V8. Com as “Merças” chamou atenção como o sedã é pesadão, mesmo com tanta força disponível e como o AMG GTS ataca bem as curvas.
Só com o Mustang que tivemos que nos ater ao ronco do Coyote 302. Em vias públicas não convém abusar da sorte. Afinal não tem botão Start para voltar a partida depois que o muscle car perder a traseira e parar sobre o paralelepípedo.
Onde mais além do videogame poderíamos acelerar carros clássicos como um Alfa Romeo 155 DTM? Ou um Suzuki Escudo Pikes Peak? Ou mesmo um Volvo 850 Race Car, do BTCC de 1994 a terrível Mercedes-Benz 190E Evolution?
É só no videogame mesmo. E não pense que é besteira, afinal simulamos experiência reais desde os 12 e convivemos com isso numa boa.
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Deveria ser proibido jogar esses games sem um óculos VR. Recomendo, é uma experiência, realmente, arrepiante.
Num tentei por ter medo de gostar e querer comprar um. Hahahahahahaha