Em baixa, carros de entrada podem ter mais interessados no futuro
"Modelos de entrada devem ganhar espaço adiante, apesar de fabricantes alegarem interesse baixo dos compradores"
"Modelos de entrada devem ganhar espaço adiante, apesar de fabricantes alegarem interesse baixo dos compradores"
Apesar de o quadro econômico-financeiro do País indicar preocupações, a procura por veículos não parece se abalar. Segundo dados da Anfavea, a produção em agosto deste ano (164.000 unidades) foi a menor em 18 anos. Mas produção acumulada nos oito primeiros meses de 2021 (1,476 milhão de unidades) superou em 33% o volume de igual período de 2020. Em ambos os casos, porém, a base comparativa é muito baixa.
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No entanto, quem deseja comprar um carro agora já sabe que não poderá recebê-lo antes de três ou quatro meses. Os estoques são de apenas 13 dias, somando-se pátios das fábricas e concessionárias, um terço do volume considerado normal para pronta-entrega. Trata-se do menor nível histórico desde 1999, quando esse indicador se tornou conhecido.
Outro problema é que a indústria tem que continuar a exportar para não perder clientes no exterior. Isso explica o aumento de 43% nas vendas externas nos oito primeiros meses deste ano frente a igual período de 2020. Os problemas tendem a se agravar até o final do ano. As previsões apontam uma queda de produção entre 240.000 e 280.000 unidades, cerca do dobro do que já foi perdido no primeiro semestre.
Alternativa é procurar o mercado de usados. Como muitos fizeram essa escolha, as vendas subiram nada menos de 47% em relação a janeiro-agosto do ano passado. O resultado foi uma valorização rápida nos preços, em especial dos seminovos (até três anos de uso).
Outra tendência, que já antecipei, pode estar em curso. Modelos de entrada devem ganhar espaço adiante, apesar de fabricantes alegarem interesse baixo dos compradores. Estes estariam exigindo só modelos completos e recheados de eletrônica de bordo. O mercado, de fato, valoriza esses itens. Mas também há aqueles que ainda querem um modelo novo, mesmo menos equipado, como alternativa ao seminovo.
Ricardo Bacellar, da consultoria KPMG, em entrevista recente à Autodata, comentou que eliminar do portfólio o carro novo de entrada pode não ser a melhor estratégia. “O consumidor quer comprar, mas está com dificuldades. Poucas empresas oferecem modelos menos equipados. Sem opções, ele acaba optando por migrar para o segmento de seminovos”, observou.
A solução híbrida deveria ter avançado muito mais, nesses tempos em que a tração elétrica ainda precisa evoluir bastante em preço e suporte de infraestrutura. A Honda, no entanto, conseguiu dar um bom passo à frente com a tecnologia que batizou como e-HEV, só agora disponível no Brasil.
O Accord Híbrido, por exemplo, vem em versão única dos EUA por R$ 299.900. Motor 2-litros entrega 145 cv e o elétrico, 184 cv. Potência combinada (não divulgada aqui) é de 215 cv, um pouco baixa para os 1.530 kg.
Alcance no modo puramente elétrico (tratando o pedal do acelerador com suavidade) não chega a dois quilômetros, mas em outros híbridos convencionais nem isso. Economia de combustível em cidade é sua grande vantagem. Na avaliação, o computador de bordo chegou a apontar quase 17 km/l de gasolina. Em autoestrada, apesar de trechos congestionados e, quando possível a 120 km/h, o consumo de gasolina se aproximou de 19 km/l.
No modo Engine Drive o motor a combustão acopla-se de modo direto às rodas dianteiras. Nos modos híbrido e elétrico o 2-litros turbo atua apenas como gerador para recarregar a pequena bateria de tração. É possível também usar as borboletas atrás do volante para ampliar o efeito regenerativo nas desacelerações.
REDUZIR a carga tributária para carros elétricos e híbridos é o mínimo que o Brasil pode fazer para aliviar um pouco a alta diferença de custos. Em nível federal há isenção de imposto de importação e pequeno estímulo no IPI.
O que de fato surpreende é o imposto estadual ser maior em São Paulo, que “esqueceu” até da substituição tributária do ICMS nesse caso. Accord Híbrido, por exemplo, custa no Estado mais rico da federação R$ 310.990 (R$ 11.000 a mais). Sensibilidade zero e fúria arrecadatória de mãos dadas.
NOVA RANGER tem aparecido disfarçada em publicações no exterior, mas sua produção só começará na Argentina em 2023. Para sustentar o interesse no modelo atual, a Ford lança edições especiais como a recente Black Edition focada no público urbano. Apenas com tração 4×2, é 200 kg mais leve que a Ranger Storm (4×4).
Esta entrega potência 40 cv maior, desempenho melhor e preço superior. Porém, em uso predominantemente urbano, a Black Edition não decepciona e custa R$ 32.000 a menos.
CHILE lançou a pedra fundamental de uma usina de produção de combustíveis sintéticos limpos (e-fuel, em inglês) para motores a combustão interna. Utiliza energia eólica, água do mar e apenas o ar atmosférico para produzir combustível líquido de pegada de carbono 90% menor.
Iniciativa da Porsche com apoio da Siemens e dos governos alemão e chileno. Já em 2022, serão 130 mil litros e 550 milhões, em 2026. Como o 911 não terá versão elétrica (apenas híbrida), poderá ser abastecido com este e-fuel.
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Fernando, sobre os carros populares: se os chineses forem espertos e conseguirem oferecer produtos de boa qualidade no segmento de entrada, vão conseguir ocupar essa lacuna que os fabricantes tradicionais estão deixando e, num futuro não muito distante, dominar o mercado.
Eu preferi comprar o meu Onix 1.4-L ano 2019 0-km ao invés de um seminovo pelos seguintes motivos:
1. se deve amaciar o motor de acordo com a recomendação do manual do proprietário, sendo que a maioria não lê manual; Logo prejudica a vida útil do motor, consumo de óleo e de combustível;
2. o carro tem garantia de no mínimo 1 ano a até 3 anos no meu caso; Parei de fazer a revisão em Concessionária aos 6 meses de uso porque me deram chá de cadeira na garantia. Troquei apenas o óleo e o filtro de óleo aos 6 meses de uso;
3. quase ninguém troca óleo de acordo com o intervalo de trocas de óleo, pois o seu uso é classificado como “severo” no manual e troca como se fosse “uso normal”;
4. o dono anterior pode ter usado combustível batizado, pois muito só abastecem no posto mais barato, então pode ter estragado o óleo, feito borras de óleo, e estragado sensores da injeção eletrônica.
5. o dono anterior pode ter sido um rachador.
O manual do meu carro no campo “Amaciamento, veículo novo” diz em outras palavras que nos primeiros 100 (cem) quilômetros não se deve andar alta velocidade. Sendo que a crendice popular prega o contrário…
Eu troco o óleo em um posto de troca de óleo da minha confiança a cada 6 meses ou 5000 km, o que ocorrer 1º e o filtro de combustível a cada 10.000 km ou 1 ano, o que ocorrer 1º. E fiz a troca do fluido de freio na oficina da minha confiança aos 12 meses de uso. E uns dos chás de cadeira e que mais me deu raiva foi o porta luvas vir riscado e na hora da troca em garantia foi um chá de cadeira de 2 horas para efetuar o serviço, com a desculpa que tinha que chegar a funcionária da papelada da garantia, mas porque não fez a papelada no dia anterior?
No Youtube apreendi a trocar o filtro de cabine, sendo que se deve tirar o porta-luvas… eu mesmo troquei o filtro do meu e foi coisa de 10 minutos ou menos… fiquei com mais raiva ainda da Concessionária.
A troca do fluido de freio no manual do meu carro diz 2 anos (Fiesta 2013). A troca de óleo faço no meio termo, ou seja, a cada 9 meses ou 7.500 km (o que primeiro ocorrer) sempre trocando junto o filtro de óleo e de ar.