Os novos carros elétricos de entrada irão afetar os modelos a combustão?
Lançamentos recentes e reduções de preços fizeram dos elétricos mais factíveis por uma parcela maior dos consumidores
Lançamentos recentes e reduções de preços fizeram dos elétricos mais factíveis por uma parcela maior dos consumidores
A chegada do BYD Dolphin provocou mudanças no mercado de carros elétricos no Brasil. Ele veio com porte e autonomia maiores que os subcompactos Renault Kwid E-Tech, Caoa Chery iCar e Jac E-JS1, obrigando-os a reduzirem os preços.
Hoje, graças a esse novo concorrente, o elétrico mais barato do Brasil passou a ser o iCar. Seu preço era de R$ 149.990 até o lançamento do BYD Dolphin, hoje está sendo anunciado por R$ 119.990. Já o Jac E-JS1 baixou para R$ 135.900.
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Esses preços colocam os carros elétricos de entrada com valores próximos a SUV compactos e versões de topo dos hatches. A diferença menor, em tese, pode atrair consumidores interessados nos carros elétricos, mas que não tinham cacife para isso.
Para saber se essa redução nos preços irá afetar as vendas dos carros tradicionais, consultamos consultor automotivo e CEO da Mobiauto, Sant Clair de Castro Jr. Confira o parecer do especialista:
“Em curto prazo, não diria que chegará a afetar, por dois motivos básicos:
1) Carros elétricos de entrada são um fenômeno mais midiáticos, por enquanto, do que de representatividade de mercado. Somados, eles não somam mais do que 500 ou 600 unidades emplacadas mensalmente. Por este motivo, parece precoce afirmar que essa redução nos preços possa ocasionar impacto em um mercado em que dezenas de milhares de modelos são comercializados mensalmente
2) A redução reflete muito mais uma adequação dos preços dos carros elétricos à realidade do resto do mercado do que o contrário. Veja o Renault Kwid E-Tech: ele ainda custa bem mais que R$ 100.000, enquanto as versões a combustão ficam entre R$ 65.000 e R$ 80.000. Assim, os preços de carros a combustão só devem ser afetados de fato quando os elétricos se tornarem verdadeiramente mais competitivos que eles em preço de aquisição, o que vai acontecer um dia, mas ainda não acontece.”
Os dados de venda parecem corroborar isso. As mais de 3 mil vendas do BYD Dolphin durante seu lançamento ainda representa uma fração do que os compactos tradicionais emplacam mensalmente.
Além disso, campanhas de lançamento costumam gerar grandes quantidades de pedidos. Mais tarde as vendas deverão estabilizar em um patamar que mostrará a real vontade do mercado.
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Ainda que estes preços atraiam novos compradores, os elétricos ainda estão longe de tornarem-se unanimidade.
Ainda falta muito para que esta tecnologia esteja consolidada e seja mais confiável. Além das questões referentes à manutenção e à durabilidade dos veículos, a própria infraestrutura de recarga ainda é muito limitada. E ainda persiste a pergunta que não quer calar: De onde sairá a eletricidade pra abastecer uma eventual frota de milhões e milhões de veículos à bateria???
Torcendo para que os elétricos de entrada se equiparem aos tradicionais de entrada.
Acredito que o modelo de matriz energética segura para o Brasil deve ser Etanol Hibrido. 100% Elétrico tenho minhas duvidas, fora os problemas de logística para recarga. Pelo que sei a rede de distribuição de energia esta no seu limite de dimensionamento de consumo. Com um crescimento muito rápido na utilização de veículos 100% elétrico teríamos problemas de geração dessa energia extra e fora os problemas causados em época de seca. Não acredito que nossa capacidade de produção de energia atual consiga abastecer 10% de nossa frota total se considerada 100% elétrica. O Governo terá que investir pesado em novas centrais de geração de energia limpa.
Hoje quem tem dinheiro e iria comprar um compacto topo de linha como HB20 e polo por exemplo, com pouca diferença já compra um dolphin, com certeza vai afetar o mercado….
Pelo menos uma coisa eu sei, os compactos não tem mais margem pra aumento…
Sou fortemente a favor dos carros elétricos. Menos poluição, menos barulho.
Vai é contribuir com aumento do combustível em breve.
Pessoal vai querer continuar com o mesmo faturamento mensal.
Outro problema para a popularização dos elétricos é a estrutura de recarga, muitas pessoas moram em apartamentos que não tem estrutura física para terem carregadores nas suas garagens. Acredito que o maior problema do carro elétrico é estrutura