Carros elétricos chineses crescem no Brasil diante de taxas nos EUA e UE
Com tarifas excessivas dos Estados Unidos e países europeus, marcas chinesas investiram em mercados como Brasil, Rússia, Emirados Árabes Unidos e Israel
Com tarifas excessivas dos Estados Unidos e países europeus, marcas chinesas investiram em mercados como Brasil, Rússia, Emirados Árabes Unidos e Israel
As marcas chinesas foram pioneiras no desenvolvimento de carros elétricos, e se tornaram uma febre em todo o mundo. Porém, em alguns locais esse crescimento foi duramente freado por tarifas excessivas, é o caso dos Estados Unidos e da União Europeia. Dessa forma, as montadoras procuraram outros mercados, como o Brasil, para ampliar sua rede e influência.
As fabricantes chinesas foram as primeiras, junto com a Tesla, a investirem em automóveis movidos a bateria, isso garantiu um know-how que as coloca à frente da maioria das outras marcas. Isso somado ao preço competitivo intimidou muitos países.
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No mês de maio, por exemplo, o presidente dos EUA, Joe Biden, impôs uma tarifa astronômica sobre os veículos elétricos (EVs) importados da China. Antes, a taxa no país para esse tipo de veículo era de 25%,mas com a intenção de dificultar a entradas desses produtos em seu mercado, o líder estadunidense passou a tarifa para 100%. Na prática, isso significa que os carros elétricos chineses custam o dobro.
Logo em seguida, seguindo o exemplo dos americanos, a UE definiu também definiu taxas bem altas para os veículos importados da China, que podem chegar a 38,1%, variando de acordo com a montadora.
Dessa forma, essa rejeição obrigou as marcas chinesas de elétricos a recorrerem a outros mercados em 2024.
Nos primeiros cinco meses deste ano, cerca de 154 mil veículos elétricos e PHEVs chineses foram vendidos na Rússia. Isso representa o dobro do número de vendas realizadas no mesmo período de 2023. De uma perspectiva geral, as marcas chinesas agora controlam quase metade de todo o mercado automotivo russo e, de janeiro a maio, tiveram um aumento de 92,8% nas vendas totais ano a ano.
Os EVs chineses também estão sendo vendidos em números recordes no Sudeste Asiático. Em 2021, eles representavam 47% do mercado local, mas isso aumentou para 74% desde então, relata o South China Morning Post.
Já em Israel, cerca de 34.601 veículos a gasolina e EVs fabricados na China foram importados e vendidos no país durante os primeiros cinco meses de 2024. Destes, 26.803 eram puramente elétricos ou híbridos plug-in, respondendo por uma participação de 68% no mercado local. O número de vendas de cinco meses neste está bem próximo da contagem de 29.402 veículos elétricos em todo o ano de 2023.
O número de carros chineses vendidos nos Emirados Árabes Unidos também saltou para 114.530 unidades nos primeiros cinco meses, quase o dobro do mesmo período em 2023.
As exportações de carros chineses, elétricos, híbridos e a combustão, para o Brasil de janeiro a maio aumentaram mais de seis vezes, para 159.612 unidades. Isso corresponde a um aumento massivo de 138.093 unidades em relação ao ano anterior.
Esse números refletem o sucesso de marcas como BYD e GWM, que chegaram em terras tupiniquins há dois anos. Essas montadoras dominam o ranking de vendas de carros elétricos e eletrificados no Brasil e planejam inclusive a produção nacional em breve. Outras empresas vindas da China, como Zeekr, Omoda, Jaecoo e Neta estão chegando ao Brasil.
De acordo com a Associação Chinesa de Carros de Passageiros (CPCA), as exportações de veículos eletrificados para o Brasil atingiram 40.163 unidades em abril, sendo o segundo mês consecutivo em que o país é o maior destino de carros chineses. Isso representa um aumento de 13 vezes em comparação ao ano anterior.
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