Os carros esportivos da Audi no Brasil nos anos 1990
Marca alemã, que comemora 30 anos de operação no Brasil, tem história rica e se destaca com seus modelos que combinam luxo e desempenho afiado
Marca alemã, que comemora 30 anos de operação no Brasil, tem história rica e se destaca com seus modelos que combinam luxo e desempenho afiado
Prestes a completar seu aniversário de 30 anos no mercado brasileiro, a Audi (leia a história da sua estreia nacional aqui) segue carregando o título de uma das marcas premium que mais vende por aqui. E, além dos modelos mais tradicionais, com bastante luxo, requinte e tecnologia de ponta, os carros esportivos da Audi sempre mereceram um capítulo a parte na história da marca, principalmente quando se fala em modelos rápidos e modernos, sem perder a essência luxuosa.
Desde os pequenos TT, até os grandalhões como o S8, há muito o que falar dos esportivos da fabricante alemã, e, por isso, década a década, vamos falar um pouco de cada um deles, começando pelos anos 90:
O Audi S2 foi oficialmente o primeiro Audi esportivo a desembarcar no Brasil, lá pelos idos de 1990. O S2 era, na realidade, uma poderosa versão esportiva do sedan 80. Apesar do visual mais retilíneo e tradicional, sob o capô ele esbanjava um poderoso motor 2.2 de cinco cilindros em linha, com modernidades como o duplo comando de válvulas e superalimentação por turbocompressor, que contava até com um modo “overboost”, elevando sua potência máxima a quase 260 cv.
Impressionava os 246 km/h de velocidade máxima, e o vigor nas acelerações: o 0 a 100 km/h oficial ficava na casa dos 6 segundos! Sem contar a primazia do seu sistema de tração integral quattro e as seis marchas da transmissão manual.
O Audi S4 estava para o Audi 100 assim como o S2 estava para o 80, e, nesse caso, a carroceria maior do S4 permitia um nível ainda maior de espaço interno e conforto a bordo, também marca registradas de um sedan de luxo.
Sua mecânica era a mesma do S2, incluindo a ímpar tração quattro e as seis velocidades no câmbio, ainda com ótimos níveis de aceleração e desempenho para os idos de 1994. Estava nele um aprimorado conjunto de suspensões independentes nas quatro rodas, quatro freios a disco ventilado e, caso o proprietário preferisse, a versão esportiva estava disponível também para a station do S4, chamada de S4 Avant.
No final de 1994, já como linha 1995, começavam a chegar os primeiros Audi S6 ao mercado nacional. Era a época da mudança de transição da linha 100 para os A6, e, por isso, o S6 era basicamente um S4, porém com importantes melhorias, inclusive na mecânica e motorização (o 2.2 5-l, no S6, já entregava saudáveis 35,7 mkgf de torque nas menores rotações, graças ao turbocompressor).
Sua lista de tecnologias e equipamentos crescia, com novos recursos, e, para a linha 1996, o memorável V8 de 4.2 litros debutava na versão Plus do sedan esportivo, com seus poderosos 290 cv de potência e até opção de transmissão automática (o padrão era manual de seis marchas, oferecida em todas as unidades vendidas no Brasil). Meses depois viria sua variante “perua”, a S6 Avant, também com a opção mais apimentada Plus e seu V8 sob o capô.
Station atemporal desenvolvida em parceria da Porsche com a Audi, a RS2 veio em quantidade limitadíssima para o Brasil no início de 1995, até porque, mundo afora, não muito mais do que 3 mil unidades foram produzidas. Especialíssima, a perua era parente próxima da S2 Avant, porém com virtudes próprias, como suspensões, freios e direção com acerto puramente esportivo e preciso.
Apesar de ter o mesmo motor 2.2 de cinco cilindros em linha, boa parte dele foi modificada: turbo (maior e mais poderoso), comandos de válvulas, bicos injetores, controles eletrônicos, injeção, ignição e por aí vai, o que subiu sua potência para impressionantes 315 cv.
Graças também a um novo escalonamento das seis marchas da transmissão manual, a RS2 conseguiu o título de station mais rápida do mundo em meados dos anos 90: eram só 4,8 segundos no 0 a 100 km/h, com máxima além dos 260 km/h.
Apresentado oficialmente no Salão do Automóvel de 1996, o S8 vinha para ser o produto mais caro da Audi por aqui. Um belo sedan esportivo de linhas fluídas, carroceria longa e uso abundante de alumínio em suas estampas, que era movido também pelo poderoso V8 4.2, nele recalibrado para 340 cv de potência, permitindo a assustadora aceleração de 0 a 100 km/h em 5,5 segundos, segundo a marca.
Lembrando que falamos de um sedan luxuoso e executivo que, na época, custava ao redor dos US$ 180 mil Dólares, e podia proporcionar muita diversão ao volante também graças a tração nas quatro rodas e transmissão manual de seis marchas. A opção automática, Tiptronic e de trocas sequenciais, chegaria cerca de dois anos depois.
No segundo semestre de 1997 era hora do nome S4 voltar ao mercado nacional, só que agora batizando um outro e inédito modelo: o A4 esportivo, projeto que havia chegado à Europa meses antes, com a tradicional e confiável receita dos S4 anteriores (parentes do Audi 100): tração integral, transmissão manual de seis marchas, só que com um inédito motor V6 de 2.7 litros, duplo comando de válvulas, variador de fase na admissão e nada menos que dois turbocompressores.
Além dos 265 cv de potência, o V6 despejava mais de 40 mkgf de torque para as quatro rodas motrizes do S4, fazendo com que o sedan pudesse acelerar de 0 a 100 km/h em pouco mais de 5,5 segundos com muita segurança. Mais próximo do ano 2000 chegava sua perua, S4 Avant.
O Audi TT, esportivo compacto de duas portas e carroceria baixa, já chegou causando rebuliço em seu lançamento em outubro de 1998 (vendas a partir de março de 99), no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo: o pequeno Audi chegou ao evento voando, sustentado por um helicóptero! Usando a base do A3, o TT compartilhava com o hatch sua motorização, composta inclusive por um refinado motor 1.8 turbo com cinco cilindros em linha e 20 válvulas, de 225 cv.
Como bom Audi esportivo que sempre foi, os TT mais caros traziam de série a tração integral quattro e seis marchas na transmissão manual, o que permitiam um desfrute completo do seu desempenho apurado. Com rodas aro 17 e luxos como sistema de som assinado pela Bose, era um carro extremamente ágil (6,4s no 0 a 100 km/h oficial), mas que tinha seu preço: cerca de US$ 90 mil. No início dos anos 2000, o TT ganhou companhia ainda do TT Roadster, seu irmão conversível.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |