Carros feios que ficaram bonitos: envelheceram como vinho
Os consumidores levam muitos atributos em conta na hora da compra, mas carros feios podem não dar certo mesmo compensando em outras áreas
Os consumidores levam muitos atributos em conta na hora da compra, mas carros feios podem não dar certo mesmo compensando em outras áreas
O ditado popular diz que “beleza não põe mesa”, mas no mundo automotivo isso nem sempre é verdade. Não importa se o carro tem bons atributos racionais, carros feios podem afugentar os consumidores. Os fabricantes percebem isso e se esforçam para deixar o carro mais bonito na geração seguinte ou com um face-lift.
Após essas atualizações, é comum ver esses carros feios conseguindo um sucesso maior ou até mesmo subindo de categoria. Abaixo vamos listar cinco casos de carros que eram feios e melhoraram de vida.
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A Porsche é uma marca com um belo histórico de design. Os puristas até torcem o nariz para seus carros de motor dianteiro, como o 924, mas esses carros nunca puderam ser chamados de feios. O primeiro carro realmente feio da marca foi também o primeiro SUV: o Cayenne.
É bem perceptível como a marca tentou adotar a linguagem visual do 911 contemporâneo, a geração 996. Mas os ombros largos, tomadas de ar grandes e faróis em posição elevada estão longe de ter a graça do cupê esportivo.
Ao chegar na traseira, o Cayenne adota um estilo bastante conservador, com as lanterna quadradas. Pelo menos nessa parte ele peca apenas por ser sem graça.
A segunda geração do SUV, lançada em 2010, melhorou bastante o design. Conseguiu manter uma identidade visual de Porsche sem parecer desengonçado. Visualmente ele até parece ser menor que a primeira geração, apesar de manter o porte. Esse design foi tão feliz que a terceira geração segue a mesma fórmula.
Pena que não podemos dizer o mesmo do liftback de quatro portas da marca, o Panamera. Tanto a primeira quanto a segunda geração trazem uma traseira desengonçada devido a “corcunda” feita para os passageiros terem espaço para a cabeça. A situação melhora na perua Sport Turismo.
A primeira geração do Renault Logan tinha um objetivo claro: ser o carro mais barato da Europa. Para reduzir os custos de produção e, assim, reduzir o preço de compra, ele trazia soluções que afetavam o design. Os vidros eram os mais planos possíveis pois vidros curvos são mais caros de produzir, por exemplo.
A segunda geração do Logan conseguiu manter o preço do carro baixo sem precisar ser feio. As linhas mais arredondadas e o desenho mais bem trabalhado deixou o sedã até mais bonito e com percepção maior de valor.
Um dos motivos para o grande sucesso do Hyundai HB20 foi o seu design. Ele era mais trabalhado que os dos rivais e conquistou muita gente pelos olhos. Quando a segunda geração veio, o estilo deu uma guinada de 180°. O apelido de “boca de bagre” fazia referência ao desenho da grade.
O fabricante coreano foi rápido ao resolver isso, com apenas dois anos no mercado chegou um face-lift. A dianteira ganhou linhas mais retas e segue a atual identidade visual da marca. Já a traseira, que não era um problema, ganhou lanternas maiores que ficam boas nos SUV da Hyundai mas aparentam ser desproporcionais para o hatch.
O sedã HB20S foi o que ficou mais bem resolvido com esse face-lift. A traseira com lanternas horizontais lembra sedãs maiores da Hyundai. Por enquanto o HB20 está de fora das listas de carros feios.
A primeira geração do Fiat Palio estreou já com um design bem resolvido, assinado pelo estúdio I.DE.A. A perua Palio Weekend e a picape Strada também agradam no visual, mas não podemos dizer o mesmo do sedã Siena.
O porta-malas trazia um bom volume, mas seu desenho arredondado destoava e parecia um enxerto. A cada reestilização a situação do três volumes melhorava e o carro ficava um carro menos feio. O último modelo feito na plataforma original foi o mais bem resolvido e trazia muitas mudanças na estamparia.
A segunda geração, batizada como Grand Siena, resolveu de vez os problemas de proporções sedã. Ele trazia uma dianteira diferente do hatch, com capô menos inclinado, isso ajuda a deixar as proporções do modelo mais equilibradas.
O famigerado Chevrolet Agile trouxe para o Brasil a nova identidade visual da Chevrolet. A filial sul-americana da marca abandonou os modelos da Opel e passou adotar a grava dourada sem o circulo em volta. Os faróis grandes e grade dividida por uma barra na cor da carroceria passou a ser obrigação.
A minivan Spin e o sedã Cobalt foram projetos feitos aqui pensados nessa identidade visual. Ambos ficaram mais equilibrados que o Agile, mas ainda assim eram chamados de carros feios pelo público e até ganharam o apelido de “capivara”.
O face-lift ajudou bastante, a grade ficava menor e os faróis passaram a ser horizontais. A Spin até ganhou um painel de instrumentos novo com velocímetro analógico, pois o antigo digital era criticado. Hoje a minivan continua em produção, já o sedã foi sucedido pelo Onix Plus.
O primeiro Nissan Versa vendido no Brasil fez escola com o Renault Logan: era um carro simples e feio, mas agradou por ser espaçoso e robusto. Nem mesmo o face-lift ajudou a melhorar a situação, apenas aplicou a nova identidade visual da marca ao modelo.
Já a atual geração fez o sedã compacto mudar de vida completamente: o desenho ficou bonito e passa até uma imagem de sofisticação. Além disso melhorou no pacote de equipamentos, subindo o nível do modelo a ponto da geração antiga ter continuado por um tempo com outro nome.
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Só não teve jeito para o Etios! Tadinho!…. era tão feio que a Toyota abandonou de vez. Rrsrsrsrs …. Apesar de que o Yaris é sim um novo Etios rebatizado…
É questão de gosto. Eu acho a Geração X do Civic linda. Só o painel é que não ficou legal. O painel em foi-se andares são muito bonitos.
E tem os que eram bonitos e ficaram feios. A nona geração do CIVIC era bonita, já a décima ficou horrível.
Tem carro que mudam para pior. A nona geração do CIVIC, fabricada de 2012 a 2016 era linda. A última geração ficou horrível.
Legal esta matéria, famigerado Agile foi hilário. (risos)
Poderiam também citar a segunda geração do Ford Taurus…
O Taurus ficou mais feio no segundo modelo que veio ao Brasil