Esses 5 carros foram um sucesso no Brasil mas fracassaram lá fora
O mercado automotivo é sempre uma caixinha de surpresa, alguns carros fazem sucesso em um país enquanto afunda em outro
O mercado automotivo é sempre uma caixinha de surpresa, alguns carros fazem sucesso em um país enquanto afunda em outro
Nos anos 80 os grande fabricantes começaram a investir em carros globais, projetos que poderiam ser vendidos em todo o mundo sem grandes mudanças. Como cada mercado tem suas peculiaridades, alguns carros não dão certo em um país enquanto fazem sucesso em outro.
Os brasileiros trazem um gosto bem peculiar para carros, em parte pelas condições das ruas e cidades do país ou por idiossincrasias das pessoas. A seguir vamos listar alguns dos carros que fizeram sucesso por aqui, mas no resto do mundo foram meros coadjuvantes.
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O segmento dos SUV foi se fortalecendo nos EUA a partir dos anos 90, com o lançamento do Ford Explorer. Na virada do milênio, a variedade de tamanhos e formatos desse tipo de carro era enorme. O Jeep Renegade estreou em 2014 para ser o carro de entrada da Jeep, substituindo o fracassado Patriot.
Esse segmento de SUV compactos nos EUA já era dominado pelo Subaru Crosstrek (XV por aqui) e pelo Honda HR-V. Além disso, as marcas da FCA não trazem fama de serem confiáveis por lá. Ser derivado de plataforma Fiat não ajudou na receptividade.
No Brasil foi diferente: como a Jeep passou por anos sendo vista como marca de luxo, por causa do Grand Cherokee, a possibilidade de ter um carro da marca pelo preço de um Ford EcoSport foi uma receita de sucesso. Hoje o Renegade está entre os carros mais vendidos do Brasil e lidera seu segmento.
O futuro do baby Jeep que é meio turvo. Como ele também não conseguiu sucesso na Europa, os boatos são de que ele não terá uma segunda geração. Seu sucessor indireto será o novo Avenger, que é menor, usa plataforma da PSA e tem versão elétrica. O Renegade deverá continuar no Brasil, com o gás extra dado pelo face-lift e novo motor 1.3 turbo.
A Ford criou no Brasil o segmento de SUVs compactos com o EcoSport e passou anos sem ter um concorrente direto. O desenho do utilitário compacto agradou tanto que a matriz da marca decidiu fazer de sua segunda geração um carro global.
O EcoSport teve sua segunda geração lançada no Brasil e logo em seguida ele começou a ser feito na Índia. De lá era exportado para o resto da Ásia e para a Europa. O carro continuou fazendo sucesso no Brasil, mas lá fora foi ofuscado por outros SUV compactos.
Nos EUA não foi diferente. Ele estreou por lá em 2018, já com um face-lift, e não vendeu bem mesmo dividindo as concessionárias com Explorer, Escape e Expedition. O EcoSport virou até motivo de piada na América do Norte, saindo sem deixar um sucessor.
O Fox foi uma das tentativas da Volkswagen de fazer um sucessor do Gol. Ele não conseguiu cumprir esse objetivo, mas ainda assim conseguiu boas vendas e um público cativo. O projeto desse compacto foi bastante inteligente, pois aproveita bem o espaço interno.
A Volkswagen alemã aproveitou o projeto brasileiro para suceder o subcompacto Lupo na Europa. Mesmo com diversas melhorias, o Fox não conseguiu repetir o sucesso do carro que veio substituir. O Up veio para substituí-lo em 2011 e conseguiu fazer a marca voltar a ter boas vendas nesse segmento.
A Fiat nunca teve sorte com o mercado de carros médios no Brasil, seu sucesso mesmo é com os compactos. Com o Stilo ela até conseguiu boas vendas, o hatch médio trazia interior bastante recheado de equipamentos e o motor 1.8 da Chevrolet com bastante torque em baixa rotação — como so brasileiros gostam.
Ele ficou longe de destronar o Volkswagen Golf e o Chevrolet Astra no mercado de hatches médios, mas foi mais bem sucedido que o antecessor Brava e o sucessor Bravo. O Fiat Stilo até ganhou um face-lift exclusivo para o Brasil e durou uns anos a mais que o Europeu.
Já em sua terra natal, a situação foi oposta. Esse segmento é bastante concorrido por lá, toda marca de volume possui um hatch desse porte. As vendas do Stilo foram baixas a ponto da Fiat ter um prejuízo de €2.730 (cerca de R$ 13,9 mil) a cada unidade vendida.
O Hyundai Tucson nasceu em 2004 para competir com Toyota Rav4, Honda CR-V e outros SUVs do tipo nos EUA. Na época a marca coreana ainda tinha imagem de ser um fabricante de carros baratos, apesar de já estar melhorando o padrão de qualidade.
O modelo esteve longe de ter boas vendas nos EUA e na Europa. A situação do Tucson globalmente só melhorou a partir da segunda geração. No Brasil o utilitário teve um início lento, muitos nem se lembra que as primeiras que vieram unidades tinham os para-lamas pintados em cinza.
Uma politica de preços agressiva da CAOA junto das publicidades apelativas (lembra do “melhor… do mundo!”?) fez o Tucson estourar em vendas. O carro fez um sucesso tão grande que começou a ser feito no Brasil em 2011 e durou até 2017. O Brasil chegou a ter três gerações do Tucson a venda nas concessionárias da CAOA por um tempo.
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“A plataforma Fiat não ajudou na receptividade para os viventes do Estados Unidos”.
Meu pai me dizia para não comprar carros dessa marca, mas como filho desobediente, comprei um.
Não gostei e quando pude, repassei.