Carros usados valorizaram mais de 13% no primeiro semestre de 2021
Escassez de modelos de entrada zero-quilômetro e redução do poder de compra empurraram o consumidor para o mercado de usados
Escassez de modelos de entrada zero-quilômetro e redução do poder de compra empurraram o consumidor para o mercado de usados
Com o preço médio dos veículos zero-quilômetro chegando a níveis muito acima da inflação, o mercado de carros usados segue aquecidíssimo. Segundo levantamento da Kelley Blue Book Brasil, empresa especializada na pesquisa de preços de veículos, modelos de segunda mão, com quatro a 10 anos de uso, valorizaram, em média, 13,04% durante o primeiro semestre de 2021.
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O levantamento aponta que, dentro do grupo dos usados, foram os carros “mais velhos”, com 10 anos de idade, que puxaram as altas de preços ao longo do período, acumulando variação de 15,01%, bem acima da média do segmento. De qualquer modo, todos os anos modelos analisados, de 2011 a 2017, tiveram aumentos acima dos 10% no período.
É justamente a alta demanda que fez os preços dos carros usados subirem. Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), entre janeiro e junho deste ano, já foram comercializados mais de 5,4 milhões de automóveis e comerciais leves de segunda mão no Brasil.
A média diária de vendas do setor (incluindo motos e pesados) do período totalizou 59.037 transações, o que representa um aumento de 7,8% em relação às 54.768 do primeiro semestre de 2019, quando não havia crise sanitária no País.
No primeiro semestre de 2020 as vendas acumuladas chegaram a 4,5 milhões de veículos e, no mesmo período de 2021, o total já ultrapassa 5,4 milhões.
O mercado de seminovos e usados, inclusive, é motivo de disputa entre gigantes do setor automotivo que agora investem no segmento no Brasil. As startups Creditas e Volanty devem juntar forças contra a mexicana Kavak nessa briga.
A Creditas agora aposta no nicho de compra, venda e troca de veículos usados multimarcas. A empresa divulgou que entra nesse mercado com um aporte inicial de R$ 50 milhões, contando com 500 veículos para venda e mais de 800 em estoque, conforme anunciou em maio. A Volanty também ampliou a presença de suas lojas físicas em 2021, através de uma “fábrica de seminovos”.
Unidas, as startups poderiam ver acelerada a operação de revenda de carros usados. Enquanto isso, a Kavak segue investindo pesado no Brasil – captou US$ 485 milhões e foi avaliada em US$ 4 bilhões em abril, recursos que devem ser revertidos para incrementar a operação brasileira. A startup mexicana vem fazendo crescer seu estoque de carros no Brasil, até agora mais ou menos de 1.000 unidades.
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Não creio que irão cair os preços dos veículos zero km mesmo depois que a produção voltar ao normal. Mas fica a questão: os usados continuarão com os preços nas alturas depois que a produção de carros voltar ao normal? Haverá uma queda de preços dos usados, a exemplo do que aconteceu em 2015?
Mantenho meu seminovo com manutenção rigorosamente em dia. Quando fizer 15 anos de vida e já tiver elétricos nas ruas, pensarei numa possível troca.
Deixei de comprar um Corolla Cross XRE no lançamento por 152.000 em março…escutei um conselho do boris que era melhor o fim do ano para comprar o carro 0km….4 meses depois o carro agora custa 167.000…a vontade que eu tenho é de mandar uma carta para ele agradecendo pela recomendação….
O Bóris tem falado bobagens demais. Ele está insuportável.
Tá muito ruim isso. QUERIA comprar uma picape 2015, mas estas subiram bem mais que a média.