Chevrolet Montana tem proposta brilhante; resposta da Fiat será robusta
Se a marca norte-americana preparou uma ofensiva com a sua nova picape, os italianos responderam rapidamente com um novo produto
Se a marca norte-americana preparou uma ofensiva com a sua nova picape, os italianos responderam rapidamente com um novo produto
Pegou fogo no parquinho das picapes! No mesmo dia, a Chevrolet apresentou a Nova Montana e recebeu uma resposta imediata da Fiat: – “Cuidem da S10 porque vamos partir para o ataque”.
A briga no segmento de picapes vai ser forte, porque envolve as duas maiores marcas de carros do país: Fiat (da Stellantis) e Chevrolet (da General Motors). É bem verdade que a Nova Montana chega ao mercado com sete anos de atraso e que a Chevrolet disse algumas coisas que não são bem assim.
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Segundo a Chevrolet, a Nova Montana “inaugura um novo conceito de picape médio-compacta, ao unir o conforto e a dirigibilidade de um SUV com a versatilidade e a robustez de uma verdadeira picape”. Bem, a Renault e a Fiat fazem isso com as picapes Oroch e Toro desde 2015.
E mais: a Fiat revolucionou o segmento ao dotar a Nova Strada de cabine dupla com quatro portas. De qualquer forma, a GM aproveitou bem o atraso de sete anos para atacar exatamente os pontos fracos da Fiat e da Renault.
Assim, a Nova Montana mata três coelhos com uma cajadada só. Quando chegar ao mercado, em fevereiro, o Chevrolet Montana 2023 terá o mesmo porte do Renault Oroch (4,72 m) e maior tradição no segmento, mais espaço e versatilidade do que o Fiat Strada e melhor consumo do que o Fiat Toro.
Na verdade, Strada e Oroch são atacadas por tabela, porque o foco da Nova Montana é mesmo ser uma anti-Toro. A semelhança no visual pode até ser uma coincidência, porque a Chevrolet estreia em sua picape o novo design frontal global da marca.
Mas a caçamba que entra água e poeira é um dos pontos fracos da picape Toro. E isso a Nova Montana parece resolver de forma brilhante, com uma caçamba cheia de compartilhamentos e, segundo a GM, realmente vedada. Por ter um porte menor (4,72 m contra 4,94 m), o Chevrolet Montana será mais fácil de manobrar do que o Fiat Toro.
E na questão de consumo vai ser um banho. Enquanto o Chevrolet Montana 1.2 turbo consome 7,5 litros de gasolina a cada 100 km, o Fiat Toro 1.3 turbo consome 8,9 litros/100 km. Claro que, em troca, a picape Toro oferece 48 cv a mais quando abastecida com gasolina e 52 cv a mais com etanol.
Apesar do forte ataque da Nova Montana, a resposta da Fiat à Chevrolet será robusta. Com versões 4×4 a diesel, o Fiat Toro seguirá liderando o segmento C-Pick-up (compactas). Mas, para o segmento B-Pick-up, oferecerá versões 1.0 turbo de 130 cv na Nova Strada, que finalmente terá uma rival à altura (e maior, pois ela mede 4,48 m contra 4,72 m).
Outra resposta da Fiat virá no segmento D-Pick-up (médias). Num movimento brilhante do CEO da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, o que seria um Peugeot Landtrek será, na verdade, um Fiat Landtrek.
Vai abalar a liderança do Toyota Hilux? Não. Nada abala a liderança da Toyota em seus segmentos, devido à imagem de confiabilidade da marca japonesa. Mas pode abalar as vendas do Chevrolet S10.
Mais do que uma anti-Hilux, a picape Landtrek dentro da rede Fiat vai ser uma anti-S10. Um caminho natural, portanto, para quem tomou gosto pelo Fiat Toro, já tem um Fiat Strada para trabalhos menores e precisa (ou quer) uma picape maior, tradicional, com carroceria sobre chassi, muito mais robusta.
Quem vai vencer a briga das picapes entre a Chevrolet e a Fiat? Não sabemos. Mas uma coisa é certa: a Fiat agora está sob ataque e vai devolver o bombardeio com a mesma intensidade que recebeu da Chevrolet.
O Boris Feldman comentou o lançamento da nova Montana:
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