5 GPs icônicos narrados por Cléber Machado na Fórmula 1
Heptacampeonato de Hamilton, vitórias marcantes de Senna e momento de tristeza para o Brasil na F1 foram narrados pela voz de Cléber Machado
Heptacampeonato de Hamilton, vitórias marcantes de Senna e momento de tristeza para o Brasil na F1 foram narrados pela voz de Cléber Machado
A Rede Globo confirmou nessa semana que vai encerrar o vínculo fixo com Cléber Machado, um dos maiores narradores que compunham a equipe da emissora carioca.
Ao longo de 35 anos de trabalho, Cleber utilizou a sua voz para passar emoção em inúmeros jogos do futebol brasileiro, Copa do Mundo, Olímpiadas e até a Fórmula 1.
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Na época que a F1 estava na Globo, o narrador ‘titular’ era Galvão Bueno, é verdade. No entanto, Cléber Machado também trabalhou em algumas corridas que ficaram marcadas na história do esporte. Por isso, o AutoPapo relembra 5 GPs lendários narrados por ele.
O GP da Aústria de 2002 ficou marcado, de forma negativa, para todos os brasileiros, e este é um dos momentos mais lembrados da carreira de Cléber Machado.
Isso porque, na ocasião, Rubens Barrichello liderava a corrida, mas recebeu ordens da Ferrari para deixar Michael Schumacher ultrapassar e ganhar a corrida. A equipe italiana sempre deixou claro para seus pilotos que a prioridade era o resultado do time como um todo, e não o individual.
Naquele ano, a Ferrari queria assegurar o título de Schumacher o mais cedo possível e, por isso, pediu para que o brasileiro abrisse passagem. O que, convenhamos, não tinha necessidade, visto que o alemão havia vencido 4 das 5 corridas do ano até então, e a Ferrari tinha um carro infinitamente melhor que o da concorrência.
Uma atitude parecida já tinha acontecido em um GP anterior. Por isso, quando Michael se aproximava de Rubinho na Áustria, estava claro que a Ferrari tinha repetido a dose na ordem de equipe. No entanto, o narrador acreditava que o Rubens ia cruzar a linha de chegada em primeiro lugar.
Por isso, no final da prova gritou “Hoje não, hoje não”. E quando Schumacher concluiu a ultrapassagem falou “hoje sim”, em um tom de decepção.
A corrida de número 500 da Fórmula 1 aconteceu na última corrida da temporada de 1990, na Austrália. No ano em que Ayrton Senna havia acabado de conquistar o seu segundo título na categoria, Nelson Piquet tinha um bom fim de temporada conquistando duas vitórias com a Benetton nas duas últimas corridas do ano.
Piquet resistiu ao ataque de Nigel Mansell, que estava de Ferrari, e após cruzar a linha de chegada em primeiro, confirmou o terceiro posto no campeonato que ficou marcado por mais um capítulo da rivalidade entre Senna e Alain Prost.
Nelson foi apenas o sétimo colocado na classificação no sábado, mas a configuração com menos ângulo de ataque nas asas o permitiu uma maior velocidade de reta, que facilitou nas ultrapassagens dos adversários.
Na volta 62, Piquet era o segundo colocado, atrás apenas de Senna. Mas o campeão daquela temporada teve um problema de câmbio e, por isso, cometeu um erro e acabou fora da corrida. Assim o caminho ficou livre para o piloto do Rio de Janeiro. Tudo isso foi contado pela voz de Cléber Machado.
Em 1992, a Williams estava sobrando no campeonato e Nigel Mansell havia ganhado as cinco primeiras corridas do campeonato. A sexta etapa, no entanto, era em Mônaco, pista que Senna dominava como poucos.
Na corrida, o brasileiro saiu de terceiro e assumiu a segunda colocação que pertencia a Ricardo Patrese. Nigel Mansell manteve a ponta. Sabendo da limitação de seu equipamento, Ayrton tentava uma estratégia diferente do rival inglês e tentava poupar pneus, mas a Williams era “o carro de outro planeta”.
Mas as ruas de Mônaco sorriram para o “rei” do principado, quando Nigel teve uma porca solta de uma de suas rodas. Com isso, ele foi obrigado a reduzir o ritmo e levar o carro aos boxes e perder a ponta para o tricampeão.
No entanto, Senna sofreu ataques de Mansell até o fim da corrida, e Cléber Machado narrou essa disputa que fez o GP de Mônaco de 1992 se tornar um dos mais emocionantes da história.
As últimas voltas foram marcadas pelo brasileiro tendo de mudar o traçados e fazer o possível e o impossível para segurar os ataques do “leão”. Ayrton segurou a pressão e venceu pela quinta vez no principado.
Cléber Machado também emprestou sua voz para a última dobradinha de Senna e Piquet na Fórmula 1, durante o GP do Canadá de 1990. Na corrida que começou molhada, por causa da chuva, e terminou no seco, Ayrton liderou de ponta a ponta, enquanto Nelson escalou de quinto para segundo.
Na época o Brasil estava muito bem servido de pilotos, já que ambos se configuram como um dos melhores da história.
Embora Senna tivesse um bom carro e não tenha enfrentado grandes problemas na prova, Piquet passou por alguns momentos complicados, e precisou fazer uma corrida inteligente para superar Nigel Mansell e Alain Prost.
Esse foi, possivelmente, um dos momentos mais importantes da história recente da Fórmula 1. Durante o GP da Turquia de 2020, Lewis Hamilton alcançou a impensável marca de Michael Schumacher e se tornou heptacampeão mundial de Fórmula 1.
Durante um fim de semana que foi marcado também pela chuva, o acerto do carro da Mercedes não estava dos melhores, e as circunstâncias apontavam os carros da Racing Point e a Red Bull de Max Verstappen como os favoritos à vitória. Tanto que, na classificação, Lance Stroll foi o pole, Versstappen o segundo, e Hamilton apenas o sexto.
No entanto, no domingo, Lewis estava em um de seus dias ‘iluminados’ e teve um de seus melhores desempenhos na carreira na chuva, enquanto seus rivais tropeçaram nas próprias pernas. Com isso, o britânico escalou o pelotão e contou com o mau desempenho do vice-líder do campeonato e companheiro de qeuipe Valtteri Bottas – que foi apenas o 14º – para conseguir o sétimo caneco.
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