5 coisas que odiamos em carros modernos: você concorda?
O progresso facilitou nossa vida e a tornou mais cômoda, porém ganhamos alguns problemas que nãos existiam antigamente
O progresso facilitou nossa vida e a tornou mais cômoda, porém ganhamos alguns problemas que nãos existiam antigamente
A evolução da tecnologia tornou a nossa vida mais cômoda e isso vale também para as melhorias nos carros modernos. Porém, esse progresso todo acabou trazendo alguns incômodos que não havia antes. Quem nunca foi interrompido em uma conversa com o comando de voz do telefone achando que foi chamado?
Nós do AutoPapo, por estarmos sempre testando carros novos, acabam discutindo sobre alguns problemas causados pelas novas tecnologias. Saímos de algum carro, elogiamos o motor, mas logo em seguida vem a crítica sobre algo que era simples de usar ficando complicado. Vamos listar a segui as cinco maiores irritações.
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Os principais comandos do carro precisam estar sempre a mão. Saindo dos mais triviais, como faróis, limpadores de para-brisa e seta, existem itens que têm uma importância menor, porém precisam ser acessíveis, como os controles do ar-condicionado.
Chegou no carro e ele está parecendo um forno? Ligar o ar no máximo costumava ser fácil, só acionar os comandos no painel. Mas no Peugeot 208 e no Citroën C4 Cactus isso precisa ser feito na central multimídia. Tem que selecionar o menu da climatização e fazer a regulagem por lá.
A Fiat colocou esse sistema na multimídia do Pule e do Fastback, mas existem botões redundantes para as principais funções. Alguns fabricantes notaram as criticas a isso e colocaram atalhos ou botões para facilitar o uso em seus carros mais modernos.
O caso mais grave fica com o Volkswagen Polo Track. Ele não traz a central e sim um rádio mais simples, mas o controle de tração, intensidade da iluminação do painel e algumas outras configurações são acionadas apenas por lá. Nas versões mais caras isso é feito pela central multimídia.
E passamos por um perrengue por causa disso no evento de lançamento desse sucessor do Gol. Na hora de arrancar em uma subida com cascalho, o computador do carro entendia isso como falta de tração e cortava a aceleração. A solução era desligar o controle para patinar até encontrar piso firme, mas levou um tempo para encontrar no menu. Seria mais rápido se tivesse um botão no painel, igual aos concorrentes…
Muitos sentem saudades dos aceleradores com cabo, por causa da resposta imediata. Porém o acelerador eletrônico é uma realidade que veio para ficar. Além de comandar a abertura da borboleta de admissão, ele também controla outros parâmetros e pode até compensar alguns excessos do motorista.
Durante 2022 foram lançados carros com mecânica atualizada para atender às novas normas de emissões. Notamos que parte dessas mudanças envolve uma nova programação do acelerador para focar na economia. E isso muitas vezes atrapalha na usabilidade de carros modernos menos potentes.
O novo Polo Track serve de exemplo mais uma vez. Em arrancadas tranquilas no plano, onde é precisa apenas ir soltando a embreagem para depois acelerar, o giro vai caindo e ele parece que vai morrer. Isso exige que o terceiro pedal seja mais abusado.
Já com o câmbio automático, a situação é parecida. Alguns modelos ficaram relutantes em reduzir as marchas em uma retomada moderada, exigindo que o acelerador seja pressionado mais a fundo para a caixa “entender” ou que a redução seja feita pelo modo sequencial.
Um exemplo disso foi com o Peugeot 208 1.6 automático. Chegou um ponto que o modo Sport pareceu o mais adequado ao uso cotidiano e sem pressa. Seu irmão Citroën C3 tem apenas o modo normal e o econômico, aí o jeito é pisar fundo e penalizar o consumo. Ou ter paciência.
Os sistemas de segurança ativa semiautônomos são a bola da vez. Começaram como itens de luxo e agora os carros compactos modernos estão recebendo pacotes ADAS com cruise control adaptativo, assistente de permanência em faixa e frenagem autônoma de emergência.
Quando esses sistemas são bem calibrados, como é o caso do Honda Sensing, nem percebemos que estão ativados. Exceto em um caso de distração. Porém alguns deles parecem uma pessoa paranoica que vê perigo em tudo.
No Hyundai HB20 o assistente de permanência em faixa aplica muito torque no volante e parece ser hiperativo. Situações onde é preciso “comer” um pouco de faixa para desviar de algo parece uma briga contra a direção.
Já nos carros da Fiat e Jeep, o aviso de colisão é bastante eloquente. Isso é agravado por ele ser acionado bem cedo, como quando o veículo a frente freia para um quebra-molas e você está chegando perto. Os assistentes são bem-vindos, mas eles precisam confiar mais nos motorista.
Quer saber a idade do projeto de algum carro compacto? Repare no painel de porta. Quanto menos tecido tiver lá, mais moderno é o veículo.
Um exemplo em evidente é quando comparamos o Fiat Pulse com o Argo. O hatch, com mais tempo de mercado, tem uma porção de tecido nas portas, enquanto o suvinho usa apenas plástico no acabamento. Continuando dentro dar marca italiana, lembram que o Palio e o Mille traziam tecido em quase toda a porta?
Alguns defendem esse abuso do plástico pela facilidade de limpeza. O que faz sentido em carros usados para o trabalho, como caminhonetes, ou veículos fora de estrada, como SUVs tradicionais e jipes. Mas em um carro urbano, o conforto de apoiar o braço em um local de melhor tato ajuda.
E não pense que essa critica no acabamento vai apenas aos carros compactos. Alguns médios modernos e modelos de maior valor agregado pecam no acabamento dos bancos. Até os anos 2000 os sedã ofereciam bancos em veludo ou couro.
Hoje tudo isso foi trocado por um material sintético simulando o de origem animal, bem próximo do vinil que era usado em carros simples do passado. Esse material aquece mais quando exposto ao sol, o que é bem comum no Brasil. Quando foi que o Veludo deixou de ser chique?
Já notou a falta de sentido ao falar hoje que o Toyota Corolla “Brad Pitt”, lançado em 2003, é um carro médio enquanto o Volkswagen Virtus é compacto? O moderno sedã da marca alemã é maior que o antigo japonês em todas as medidas, mas mercadologicamente é de um segmento inferior.
É comum os carros crescerem a cada geração, mas nos últimos 15 anos essa inflação foi acima da média. O que pode ter sido um catalisador para isso foi o lançamento do Renault Logan, que chegou com porte de carro médio e preços de compactos.
Isso provocou uma chegada de hatches e sedãs cada vez maiores, o que obrigou os médios crescerem mais. 2,60 m era entre-eixos de Corolla, hoje é a medida do Chevrolet Onix. Um problema nisso é que as vagas não cresceram, em prédios mais antigos está cada vez mais apertado para manobrar.
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Esses assistentes deixas alguns motoristas de fim de semana mais idiotas ainda. De minha parte eu dispenso, comprei meu Pulse na versão Drive justamente por não ter painel digital e esses assistentes bobos que em menos de 2 anos vão começar a dar dor de cabeça para você. Acredita que o Pulse versão drive não tem luz de indicação de nível de óleo baixo????? Abominável!!!!! Só que o que eu mais abomino nos carros hoje em dia além do preço é o consumo, não consigo entender como que com tanta tecnologia embarcada esses carros modernos gastam tanto!!!!
Recentemente guiei um Fiat Pulse, alugado, e tive vontade de quebrar o painel com uma boa martelada! Tanto o sistema de permanência em faixa quanto o aviso de colisão podem ser úteis pra quem dirige sem atenção, respondendo mensagens no famigerado smartfone por exemplo. O de colisão parece que tem um carro de bombeiros dentro do painel e o de faixa enche a paciência e até se a gente faz uma curva de modo mais adequado ele insiste na trajetória “errada” e joga o carro pra fora da curva. Horripilante! Esses “assistentes” podem até serem coerentes também nas estradas no deserto americano que tem 200, 300Km de retas e o motorista pode “cochilar” e sair da faixa, mas subindo a serra pra Valença no RJ é absolutamente irritante.
Ainda por cima como nesse caso o carro era alugado, penei por um bom tempo até descobrir como desativar e pra piorar eles se reativam sempre que se liga o carro.
Brasileiro compra tudo por tamanho. Para a maioria, quanto maior, melhor.
Oh desgraça.