Como destruir o seu câmbio automático

Essas dicas são para motoristas que migraram agora para esse tipo de câmbio e não quer deixar o carro sempre na oficina

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Não é só colocar em D e esquecer o resto (Foto: Toyota | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 03/10/2025 às 21h00

O câmbio automático já é mais popular que o manual nas vendas de carros novos. Apesar de ser simples de usar, ele também exige alguns cuidados para ter maior durabilidade e não quebrar.

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O reparo de um câmbio automático quebrado é mais caro que o de uma caixa manual e os danos podem vir de hábitos do motorista. Veja a seguis quais são os que podem destruir seu carro.

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Não trocar o óleo

O câmbio, assim como o motor, trabalha com suas engrenagens banhadas a óleo para reduzir o atrito. É preciso trocar esse lubrificante de forma periódica, o prazo é indicado no manual do carro.

Isso vale para todos os tipos de câmbios automáticos, incluindo os de dupla embreagem e os CVT. Há alguns carros onde o fabricante diz que o óleo é para toda a vida útil do veículo, mas não indicam qual é esse período.

Também é preciso ficar atento a recomendação de só trocar se for feito uso severo. Diferente do que muitos pensam, rodar na cidade por períodos curtos é classificado como uso severo.

O período dessa trocar pode ser a cada 40 mil km, como nas caixas CVT da Honda, a até 250 mil km, como na Ford Transit automática. E se o fabricante diz para fazer apenas a troca parcial, pode seguir esse procedimento. Uma troca total exige abrir a peça, o que é desnecessário em uma manutenção preventiva.

Segurar o carro na subida com o acelerador

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Se for parar o carro, use sempre o freio (Foto: Citroën | Divulgação)

Uma das tarefas exigidas no exame para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é o controle de embreagem. Essa manobra consiste em segurar o carro parado na subida equilibrando os pedais do acelerador e do câmbio.

Fazer isso causa um grande desgaste na embreagem e só é recomendado em situações bem específicas. No dia a dia é mais prudente usar o auxílio do freio de estacionamento para arrancar em subidas caso seu carro não possua o assistente de partida em rampa.

Mas por que estamos falando sobre isso numa matéria cujo assunto é o câmbio automático? É possível fazer algo parecido com o controle de embreagem mesmo tendo apenas dois pedais, basta aplicar uma leve pressão no acelerador para manter o carro parado na subida sem ter que usar o freio.

Fazer isso causa superaquecimento do câmbio e pode danificar também o conversor de torque. Além de ser algo completamente desnecessário, já que ter apenas dois pedais permite soltar o freio com o pé esquerdo enquanto acelera com o direito. Ou só usar o freio de estacionamento mesmo.

Mudar de marcha com o carro em movimento

Na pressa para manobrar ao entrar ou sair de uma vaga você deve ter saído da posição Drive para a ré sem esperar o carro parar totalmente. Essa mudança repentina de direção danifica o câmbio a longo prazo.

O mais prudente para garantir a longevidade do câmbio automático é parar o carro totalmente antes de alternar entre essas posições.

Arrancadas fortes

Pisar fundo em toda saída de semáforo é uma boa forma de superaquecer o fluído da transmissão. Subir o giro com o câmbio em neutro e depois jogar para drive também acelera o desgaste. Guarde isso para situações de emergência.

Excesso de carga no veículo ou no reboque

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Respeite sempre as capacidades de carga (Foto: Ford | Divulgação)

Todo carro possui um limite carga, que inclui passageiros mais bagagens. Exceder isso irá forçar todo o conjunto mecânica: motor, câmbio, suspensão e freio. O mesmo vale para a capacidade de reboque.

O câmbio automático irá superaquecer nessas condições. Se o seu carro não é homologado para reboque, nem tente colocar uma carretinha. Mas se for, respeite o limite indicado no manual.

Estacionar com o câmbio apenas em P

Em filmes é normal ver os personagens pararem o carro, colocar o câmbio em P e sair. Nos EUA esse é um hábito comum, que é muito prejudicial ao câmbio.

A posição P, de parking (estacionamento em inglês), aciona uma trava física no câmbio. Ela ajuda a manter o carro parado, mas não é tão eficiente quanto o freio de estacionamento e só recomendável de usar no plano.

Nos filmes é possível ver o carro se movendo quando o personagem sai do carro com ele apenas em P. Para garantir que essa trava não quebre, use sempre o freio de estacionamento ao estacionar.

Nos carros modernos com freio de estacionamento eletrônico há o acionamento automático dele ao colocar em P ou ao abrir a porta.

Sempre puxe o freio de estacionamento

Uma dica básica para o motorista de carro automático de primeira viagem é de puxar o freio de estacionamento com o câmbio na posição neutra, soltar o pedal do freio para apoiar o carro e só então engatar a posição P. Isso evita estragar a trava mecânica do câmbio que citamos anteriormente.

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