Entenda quais são os principais problemas que seu carro pode enfrentar no frio, dicas de manutenção e como dirigir de forma segura no gelo ou na neve
O inverno no Brasil começou oficialmente há pouco mais de duas semanas e as temperaturas já começaram a cair em todo o país, especialmente nas regiões sudeste e sul. E essa mudança de clima também exige que você adapte a forma de dirigir e cuidar do seu carro, especialmente para a sua segurança e também para evitar prejuízo.
Veja a seguir como ter uma direção segura com gelo ou neve na pista, quais cuidados são imprescindíveis para o seu veículo nesta época do ano e dicas para quem tem carro flex, automático ou elétrico.
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Com a queda das temperaturas, um inimigo invisível dá as caras: o gelo no asfalto. Essa formação é bastante comum nas regiões Sul e em pontos serranos de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, mas pode surpreender condutores desavisados especialmente em estradas do interior, em trechos de serras ou pontes que tenham pouca incidência solar.
Essa crosta também é chamada de “gelo negro” por ser uma camada tão fina e transparente que fica praticamente imperceptível, sendo facilmente confundida com a superfície da pista. E esse é o grande perigo, já que você só identifica essa camada quando está em cima dela ou sente o veículo deslizar.
Quando você passa com sua moto, carro, ônibus ou até mesmo caminhão por essa área congelada, a aderência dos pneus com o solo é drasticamente reduzida, aumentando o risco de derrapagens, perda de controle e, consequentemente, acidentes de trânsito.
Dicas para dirigir com gelo na pista de forma segura:
Essas dicas também valem para a direção na neve, que é rara mas acontece em algumas cidades no extremo sul do país.
Além de sempre manter a manutenção do carro em dia, existem alguns cuidados que são específicos para cada tipo de veículo, já que as baixas temperaturas podem afetar de forma diferente seus componentes.
Quem tem carro flex e abastece com etanol pode encontrar dificuldades em fazer o carro pegar no inverno, principalmente pela manhã. O que faz o motor funcionar ao dar partida são os vapores do combustível e não ele em estado líquido.
No frio, o etanol não produz esses vapores em quantidade suficiente, por isso é necessário o sistema de partida a frio, que pode ser com tanquinho ou sem. Mas, hoje, a maioria dos carros novos abandonou o tanquinho.
Carro com tanquinho de partida a frio
Se o carro tiver tanquinho, é preciso ter certeza de que ele está abastecido com gasolina, e que o combustível lá dentro ainda está em boas condições, e não ficou velho. No geral, depois de três meses, a gasolina comum perde sua validade, e já não funciona como deveria. Dessa forma, usar gasolina premium é uma boa saída, pois ela tem durabilidade maior de até seis meses.
Carro sem tanquinho
Já quando o veículo não tiver tanquinho, há menos que o motorista pode fazer para se safar da situação problemática. Esses modelos flex mais recentes já possuem o sistema de aquecimento nos bicos injetores que dispensa esse tanquinho. O tempo para a partida pode ser levemente maior mesmo com essas ajudas.
Uma boa dica é colocar um pouquinho de gasolina no tanque de combustível. Os carros flex foram feitos para andar com gasolina, etanol, ou qualquer mistura entre os dois. Para dar um auxílio ao sistema de partida, o motorista pode colocar de 5% a 30% de gasolina no tanque.
No caso do carro elétrico, o frio afeta especialmente a bateria, que é o ‘coração’ desse tipo de veículo. Quanto mais baixa a temperatura estiver, menor o seu rendimento, ou seja, menor a sua capacidade de fornecer energia elétrica, pois o frio desacelera as reações químicas que a fazem funcionar.
Isso, inclusive, faz com que a autonomia do modelo seja reduzida. No frio intenso, o carro elétrico chega a ter apenas metade de seu alcance em quilômetros. Por isso, sempre trabalhe com uma boa margem de erro e mantenha a bateria frequentemente carregada, não deixe que ela abaixe muito.
No carro com câmbio manual, se a bateria pifar, é só dar uma empurrada, jogar ladeira abaixo e o carro pega no tranco. Mas, com câmbio automático isso não é possível, então um bom conselho para quem tem esse tipo de automóvel é manter no porta-malas ou no porta-luvas aquele auxiliar de arranque, uma pequena bateria que quebra bem o galho.
No geral, o carro tem mais dificuldade para funcionar no frio. O óleo lubrificante do motor se torna mais viscoso e demora a circular pelo sistema. Da mesma forma, o combustível custa a se vaporizar para fazer funcionar o motor, e tudo isso exige mais de uma bateria que já está tendo dificuldades. Ela tem mais chances de arriar, pois o frio dificulta a reação química que coloca em prática o seu funcionamento.
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