Como é o híbrido eTSI que a Volkswagen vai fazer no Brasil?
O carro chefe da eletrificação na linha nacional da marca alemã será o sistema híbrido leve de 48 volts, chamado de eTSI
O carro chefe da eletrificação na linha nacional da marca alemã será o sistema híbrido leve de 48 volts, chamado de eTSI
A Volkswagen anunciou que começará a produção de um novo motor para carros híbridos na planta de São Carlos (SP) em 2025. A montadora alemã também confirmou a plataforma MQB Hybrid para esse ano, sendo feita na unidade de São Bernardo do Campo (SP).
Com isso ela dará início aos seus carros híbridos nacionais, que são parte importante no investimento de R$ 16 bilhões que serão feitos até 2028. Como não sabemos esperar, já vamos adiantar como serão esses híbridos da marca alemã.
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A Volkswagen diz apenas que irá “produzir um novo motor ainda mais inovador e eficiente para veículos híbridos”. Esse motor é o 1.5 TSI Evo, que irá suceder o 1.4 TSI que temos em linha hoje.
Esse motor 1.5 TSI Evo faz parte da mesma família EA211 do 1.4 e do 1.0 de três cilindros. Ele recebeu algumas atualizações grandes, além do aumento no deslocamento, para ficar mais eficiente — mesmo sem o auxílio do sistema híbrido.
Uma dessas evoluções é utilizar um turbocompressor de geometria variável, que hoje é comum no Brasil em motores diesel ou em importados de luxo. Esse tipo de turbina utiliza aletas móveis que fazem o componente encher mais rápido em rotações baixas e depois mudam de posição para ajudar no rendimento em alta.
O motor 1.5 TSI Evo trabalha no ciclo Miller, que deixa as válvulas de admissão abertas durante parte do ciclo de compressão do pistão. Como o motor é turbinado, o compressor está “empurrando” a mistura ar/combustível de volta para o cilindro. Isso resulta em maior eficiência.
Esse motor também possui desativação ativa de cilindros, podendo trabalhar com apenas 2 deles em situações onde é pouco exigido. Essa tecnologia é parecida com a que a Chevrolet utiliza no V8 da Silverado e a Honda usava no V6 do Accord.
Na Europa esse motor 1.5 TSI Evo é homologado para 150 cv e 25,5 kgfm com gasolina. Espere por um ganho nesses números quando virar flex no Brasil.
A Volkswagen já equipa o Golf, o T-Roc, o Tiguan, o Passat e outros modelos na Europa com um sistema híbrido leve de 48 volts. Ele é chamado de eTSI, já que vem acompanhado dos motores 1.0 e 1.5 turbinados. Ele é sempre acompanhado do câmbio DSG de dupla embreagem, o que não é certeza para o Brasil.
O sistema híbrido leve da Volkswagen troca o motor de arranque e o alternador por um dispositivo multifuncional. Além de fazer o papel dessas duas peças, ele também pode ajudar o motor a combustão com uma potência adicional.
O funcionamento é similar ao do híbrido leve que a Fiat lançou no Brasil em 2024, mas com uma diferença: é um sistema de 48 volts. Isso significa que a bateria de lítio é maior e pode cuidar de mais sistemas.
Ele pode, por exemplo, desligar o motor a combustão em velocidade de cruzeiro para reduzir o consumo. A assistência da direção, dos freios, o ar-condicionado e outros itens vitais são tocados pelo sistema elétrico de 48 volts enquanto o propulsor fica desligado.
No híbrido leve de 12 volts da Stellantis isso não é possível, esses sistemas são tocados ainda pelo motor a combustão. Isso permite em ganhos maiores em economia.
O motor elétrico do dispositivo multifuncional não gera potência suficiente para tracionar o carro sozinho, mas ele ajuda a dar um impulso em baixas rotações. Com isso o efeito do turbo lag é reduzido.
Segundo publicações europeias, como a revista britânica AutoCar, o Golf eTSI conseguiu consumo próximo ao de híbridos plenos. Isso é um bom motivo para criar expectativas.
No Brasil esse sistema híbrido será combinado com o 1.0 TSI e com o futuro 1.5 TSI. Poderemos ter o câmbio automático Aisin de 8 marchas junto dessa eletrificação caso a Volkswagen do Brasil não queira oferecer o DSG de sete marchas.
Ainda não é certo sobre qual carro será o primeiro eletrificado nacional. A VW diz que terá um carro híbrido feito em São Bernardo do Campo. Como a produção do Virtus será transferida para São José dos Pinhais (PR), o primeiro eTSI será usado em um modelo inédito.
O SUV Taos, feito na Argentina, está para receber um face-lift em 2025. Ele poderá ser um dos primeiros com o 1.5 TSI Evo. Já fez as suas apostas?
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Vocês não entendem de nada ! Híbrido leve é para ser enquadrado na diminuição de poluentes que muda de tempos em tempos, para vocês respirarem melhor. Deixem de serem fundamentalistas debatendo o conceito de híbrido. Isso é uma transição para o elétrico puro que vai ser finalizada daqui a uns trinta anos no mínimo.
Você é que não entendeu!
Estamos diante de uma potencial nova deturpação de mercado, aonde vende-se produtos por aquilo que eles não são, e por valores bem acima do que realmente valem. E também distorcendo completamente os termos e designações técnicas que definem cada segmento e produto.
Foi assim com os falsos SUVs, e agora surge a ameaça dos falsos hobridos.
Independente do quanto poluam a menos, estes veiculos não são hibridos e nem sequer eletrificados. E portanto não cabe serem assim lançados no mercado.
Santiago, que talento para dramatizar e errar ao mesmo tempo. Híbridos leves são eletrificados, ainda que de forma limitada, o sistema de 48V auxilia o motor a combustão em situações específicas. Só porque não se encaixam no conceito de híbridos completos não significa que sejam ‘falsos híbridos’. Aliás, se o problema é o uso correto dos termos, é bom lembrar que ‘híbrido leve’ é uma designação técnica amplamente aceita no mundo inteiro. Sobre os ‘valores bem acima do que realmente valem’, quem decide isso é o mercado, não sua indignação mal embasada. Antes de apontar ‘deturpações’, talvez valha a pena estudar o que realmente define um segmento, porque o que não cabe aqui é esse show de desinformação
Luan Santos,
Se você acredita nas coisas que diz, tudo bem!
Aqui é mesmo um espaço para se expressar opiniões e ideias, e sempre com o devido respeito aos outros!
Portanto fique a vontade para expor também as tuas opiniões. Apenas faça-nos a gentileza de não chegar “passando o sabão” e dando aula aos demais. Não precisamos disso, todos aqui já somos bem adultos.
Obrigado!
Você acertou ao dizer que híbridos leves são uma transição, mas errou na arrogância ao desprezar as críticas, questionar nunca é fundamentalismo, meu caro
Esses híbridos leves parecem até furada. O motor elétrico não ajuda a tracionar o carro, dando mais impressão de ser um gerador de energia mais eficiente.
Acho que você parece não ter entendido o básico: o motor elétrico dos híbridos leves às vezes ajuda, sim, nas partidas e retomadas, aliviando o motor a combustão e reduzindo o consumo. Não é tração elétrica total, e nem pretende ser
Era o que eu temia.
Essa m…de “hibrido leve” pode virar mais uma moda vigarista de produto-fake vendido por aquilo que ele não é.
Já deturparam o nosso mercado com a palhaçada dos falsos suvs. Agora querem também denegrir o bom nome dos Hibridos, nos empurrando carros a combustão rotulados de “hibrido leve”.
Chega de tanta vigarice!
Precisamos ajustar a legislação urgentemente, e fechar a brecha que permite mais esse estelionato.
Que show de desinformação! Não, híbridos leves não são ‘produto-fake’ ou ‘estelionato’. São exatamente o que dizem ser, uma tecnologia intermediária focada em eficiência, não em revolução. Talvez o estelionato real seja falar sem entender do que se trata