A novidade está posicionada entre o Dolphin Mini e o Dolphin GS, usando o pacote de equipamentos, autonomia e motorização como argumentos
Carros elétricos sempre foram nicho no Brasil, até a chegada do BYD Dolphin em 2023. Essa propulsão caiu no gosto local em hatches compactos abaixo de R$ 150 mil, por conquistarem um público maior e mais urbano. O novo Geely EX2 chegou em duas versões com esse foco.
A novidade possui porte similar ao do Dolphin GS, porém os preços são menos e próximos ao do Dolphin Mini. A Geely também possui o benefício de contar com o apoio da Renault no Brasil, que está cuidando da logística de distribuição dos carros e das peças.
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Por estar posicionado entre os dois hatches da BYD, vamos comparar o Geely EX2 contra ambos. A versão de entrada Pro como alternativa ao Dolphin Mino GS e a topo de linha Max contra o Dolphin GS.

A Geely lançou o EX2 com preços promocionais, mas não deu prazo para a validade deles. Quem comprar o modelo logo no lançamento poderá levar a versão Pro pelo mesmo valor do BYD Dolphin Mini.
O modelo Max, quando comparado ao Dolphin GS, se destaca independente das condições de compras. No site de ofertas da marca não constam promoções para esse modelo, apenas financiamento com taxa zero em 24 parcelas. Para o Mini só existem ofertas no modelo GL, focado nas vendas diretas e com bateria menor.
Enquanto durar os preços promocionais da Geely terão algumas condições adicionais junto: financiamento com taxa zero e saldo em 24 parcelas para os dois modelos. No Max a oferta inclui também o wallbox ou um ano de recarga grátis.
| Carro | Preço de tabela | Preço promocional |
|---|---|---|
| Geely EX2 Pro | R$ 123.800 | 119.990 |
| Geely EX2 Max | R$ 136.800 | R$ 135.100 |
| BYD Dolphin Mini GS | R$ 119.990 | — |
| BYD Dolphin GS | R$ 149.990 | — |

A Geely vende as duas versões do EX2 com a mesma mecânica. Seu grande diferencial é ter o motor montado no eixo traseiro, o que ajuda em subidas, arrancadas, proporciona um porta-malas dianteiro e libera as rodas dianteiras para esterçar mais.
A dupla de hatches da BYD possuem tração dianteira. Seus motores também são menos potentes, porém o Dolphin GS possui torque maior que o EX2.
Outro ponto técnico onde o Geely EX2 se destaca é na suspensão traseira independente, algo raro nessa faixa de preço até para modelos a combustão. Veja na tabela abaixo como ele se compara aos rivais chineses em desempenho:
| Métrica | Geely EX2 | BYD Dolphin Mini | BYD Dolphin GS |
|---|---|---|---|
| Aceleração de zero a 100 km/h | 10,2 s | 14,9 s | 10,9s |
| Velocidade máxima | 140 km/h | 130 km/h | 160 km/h |
| Potência | 116 cv | 75 cv | 95 cv |
| Torque | 15,3 kgfm | 13,8 kgfm | 18,3 kgfm |
| Peso | 1.300 kg | 1.239 kg | 1.405 kg |
O Geely EX2 consegue as melhores, mesmo com torque inferior ao do Dolphin GS. A tração traseira e o peso menor explicam esse comportamento.
O porém dele está na velocidade máxima, limitada a 140 km/h. Isso exige mais cuidado do motorista quando for pegar estrada, principalmente na hora de calcular ultrapassagens. Mas já supera o Dolphin Mini GS.

Quando falamos em “consumo” de carro elétrico, o dado mais lembrado é a autonomia dele com uma carga completa. Mas, assim como um veículo a combustão, existe o gasto de energia por quilometro rodado.
Alguns carros elétricos são menos eficientes que outros. O peso do veículo, potência do motor e outros fatores afetam esse consumo de energia. E o tamanho da bateria está ligado diretamente ao peso.
O Geely EX2 possui a maior eficiência energética dentre os carros vendidos no Brasil, com consumo de 0,39 Mj/km. Graças a esse fator, ele conseguiu autonomia apenas 2 km menor que a do Dolphin GS, que conta com bateria maior.
Ele também precisa de menos tempo para recarregar. Em um carregador rápido de corrente contínua ele vai de 30 a 80% em 21 minutos, o Dolphin Mini precisa de 22 minutos e o Dolphin GS leva 30 minutos.
| Carro | Tamanho da bateria | Autonomia (PBEV) | Eficiência energética |
|---|---|---|---|
| Geely EX2 | 39,4 kWh | 289 km | 0,39 Mj/km |
| BYD Dolphin Mini | 38 kmWh | 280 km | 0,41 Mj/km |
| BYD Dolphin GS | 44,9 kWh | 291 km | 0,42 Mj/km |

As duas versões do Geely EX2 contam com o mesmo conjunto mecânica, as diferenças entre elas estão no pacote de equipamentos. Como de costume nos modelos chineses, ele oferece muita tecnologia e uma grande tela no painel, mas escorrega por ter poucos botões.
Uma falha grave nele é não contar com os populares espelhamentos para smartphone Android Auto e Apple CarPlay. A Geely garante que essas funções virão futuramente com uma atualização. Enquanto isso não ocorre, é preciso usar o Carbitlink. Veja o que vem em cada versão do EX2:
Soma aos itens da Pro:
O Geely EX2 Pro fica em desvantagem quando comparado ao BYD Dolphin nesse quesito. O rival de porte menor já conta com regulagem elétrica no banco do motorista, carregador de smartphone por indução, serviços conectados, câmeras 360º, rodas de liga leve e espelhamento para smartphone.
Nessa comparação na base da pirâmide dos carros elétricos a novidade se destacou em outros quesitos, como o espaço interno, o desempenho e a autonomia. Para quem quer levar muitos equipamentos pagando pouco, o Dolphin Mini ainda é mais atrativo.
Quando levamos a comparação para o Geely EX2 Max contra o BYD Dolphin GS a situação melhora para o estreante. Os equipamentos são parecidos, mas o pacote ADAS se destaca — ainda mais se levarmos o preço em consideração.
Para ter esses assistentes de segurança na BYD é preciso levar o Dolphin Plus, com motor de 204 cv e preço de R$ 184.800. A marca já possui o pacote ADAS nos modelos menores, mas por enquanto é limitado a China e a Europa.

Sabemos bem que esses hatchbacks elétricos serão muito usados no Brasil por motoristas de aplicativo, devido ao baixo custo por km rodado. Por isso, o espaço interno é um fator importante na compra.
O novo Geely EX2 oferece uma cabine ampla para cinco ocupantes graças ao entre-eixos de 2,65 m. O espaço é similar ao do Dolphin, que possui comprimento parecido e entre-eixos 5 cm maior.
O Dolphin Mini sai perdendo nesse quesito por ser um sub-compacto. Seu interior é amplo diante dos similares a combustão, mas não tem o espaço do irmão maior ou do EX2.
A principal vantagem do Geely está nos porta-malas — sim, no plural. O traseiro conta com 375 litros de volume, enquanto o dianteiro pode levar até 70 litros.
Os carros da BYD não possuem o dianteiro, podem no máximo receber um acessório que cria uma bandeja no cofre. O porta-malas do Dolphin GS tem 250 litros de volume, enquanto o Mini é homologado para 230 litros.

A BYD já conquistou um volume grande de compradores com o Dolphin GS e o Dolphin Mini. Mesmo com um novo concorrente no pedaço, eles ainda atraem por virem bem equipados.
Porém a Geely está virando o jogo trazendo um carro mais potente e eficiente por um preço menor, além de oferecer o pacote ADAS. Ele também possui a segurança da rede de distribuição de peças compartilhada com a Renault.
A nossa sugestão é que vale a pena apostar no Geely EX2 na versão Max.
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