Os 200 melhores atletas do mundo se apresentaram na rodada dupla da WHOOP UCI Mountain Bike World Series 2025, representando um total de 28 países.
O Brasil foi palco de momentos memoráveis para o mountain bike mundial e especialmente para os fãs brasileiros da modalidade. Pela primeira vez na história, o país sediou duas etapas consecutivas da WHOOP UCI Mountain Bike World Series 2025, e a cidade mineira de Araxá se transformou no centro do universo do MTB. Foram dois fins de semana seguidos, nos dias 5 e 6 de abril e 12 e 13 de abril, repletos de emoção, superação e conquistas para o esporte.
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A etapa de abertura da Copa do Mundo em Araxá começou com tudo. Sob o calor do interior de Minas Gerais, o público lotou as dependências do Grande Hotel Termas de Araxá para assistir aos melhores atletas do mundo competirem na tradicional pista brasileira. E o resultado foi digno de um evento de classe mundial.
Na Elite masculina, o francês Victor Koretzky (Specialized Factory Racing) foi o grande vencedor do XCO (cross-country olímpico), após uma prova estratégica em parceria com seu companheiro de equipe, o norte-americano Christopher Blevins.
Já na Elite feminina, quem brilhou foi a neozelandesa Samara Maxwell (Decathlon Ford Racing Team), que conquistou sua primeira vitória em etapas de XCO da Copa do Mundo com uma performance consistente.
Mas o grande destaque da etapa, que emocionou o público, foi a atuação histórica dos brasileiros Gustavo Xavier, Alex Malacarne e Ulan Galinski, que terminaram a prova nas 10ª, 11ª e 12ª posições, respectivamente. Nunca antes três brasileiros haviam terminado tão bem colocados numa etapa de Copa do Mundo de XCO. Foi um verdadeiro marco para o mountain bike nacional.
Além do trio que terminou no Top-12, outros nomes do MTB nacional também marcaram presença na prova. José Gabriel Marques terminou em 31º, seguido por Luiz Cocuzzi (57º), Sherman Trezza (58º), Mario Couto (61º) e Nicolas Machado (62º).
No feminino, a melhor brasileira foi Raiza Goulão, em 26º. Karen Olímpio veio logo atrás, em 30º, seguida por Isabella Lacerda, em 35º.
No final de semana seguinte, a cidade de Araxá voltou a receber os melhores do mundo para a segunda etapa da temporada. Se o primeiro evento já havia sido emocionante, o segundo foi ainda mais disputado, com uma pista diferente e novos nomes se destacando.
Com uma mudança no traçado, agora com subidas longas de cerca de 4 minutos, substituindo as subidas curtas da semana anterior, os atletas enfrentaram novos desafios. E quem soube se adaptar melhor brilhou.
Na prova feminina, Jenny Rissveds, campeã olímpica em 2016 e um dos nomes mais carismáticos do MTB, mostrou porque é considerada uma das grandes da modalidade. Após um início equilibrado, a sueca lançou um ataque forte na metade da corrida e abriu vantagem sobre as rivais, mantendo o ritmo até o fim para conquistar uma vitória tranquila.
Maxwell ficou com o segundo lugar, repetindo o bom desempenho da semana anterior, enquanto a britânica Evie Richards garantiu o terceiro lugar no sprint contra a canadense Jennifer Jackson.
A prova masculina foi um verdadeiro espetáculo. Dez atletas chegaram à última volta juntos, com chances reais de vencer. A tensão aumentou a cada metro da subida final, até que Christopher Blevins mostrou explosão no momento certo e venceu no sprint.
A dobradinha da Specialized Factory Racing se repetiu, com o chileno Martin Vidaurre em segundo e o francês Adrien Boichis em terceiro. O francês Victor Koretzky, vencedor da primeira etapa, também estava no grupo e terminou logo atrás.
O melhor brasileiro da Elite masculina foi novamente Ulan Galinski, que terminou em 12º, repetindo o excelente desempenho da semana anterior. Alex Malacarne foi o 30°, Gustavo Xavier foi o 43°, José Gabriel o 49°, Nicolas Machado o 50°, Mario Couto o 55°, Sherman Trezza o 58° e Luiz Cocuzzi o 60°.
Entre as brasileiras, Karen Olímpio foi a mais bem colocada, finalizando a prova na 28ª colocação. Raiza Goulão terminou na 30ª posição, Hercília Najara foi a 39ª, Sabrina Oliveira a 41ª, Liege Walter a 42ª e Luiza Souza a 43ª.
Na categoria Sub-23 feminina, Giuliana Morgen brilhou com a 7ª colocação, mostrando que o Brasil também tem talentos em formação prontos para alçar voos ainda maiores.
Com duas etapas consecutivas em Araxá, o Brasil mostrou mais uma vez que está pronto para sediar eventos do mais alto nível do ciclismo mundial. A estrutura, o público apaixonado e o desempenho dos atletas brasileiros consolidaram o país como uma potência em ascensão no cenário do MTB.
Além disso, os resultados históricos alcançados por Gustavo Xavier, Alex Malacarne, Ulan Galinski e Giuliana Morgen mostram que os investimentos feitos no esporte estão começando a dar frutos.
Ver brasileiros no Top 15 de uma etapa de Copa do Mundo não é mais um sonho distante é uma realidade. E isso inspira toda uma nova geração de ciclistas a pedalar ainda mais longe.
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