Para estar seguro no trânsito, não basta ter uma conduta adequada e praticar a direção defensiva, é preciso também estar com a manutenção em dia
O Maio Amarelo é o mês da conscientização para redução de sinistros de trânsito cujo tema é: “desacelere, seu bem maior é a vida”. E em pleno mês da campanha criada pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), muito se fala sobre as atitudes na direção, mas as pessoas esquecem que a manutenção do carro também tem papel fundamental para manter a sua segurança, especialmente de partes como os pneus.
Infelizmente, o Brasil registra mais de 100 mortes diariamente no trânsito e muitas vezes essas fatalidades são causadas por veículos que estão com os pneus irregulares. Pode não parecer, mas esses itens cumprem funções importantes quanto à frenagem, aderência e dirigibilidade no trânsito.
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Os pneus do carro são responsáveis pelo contato e pela aderência do veículo com o solo. Esses objetos devem ser resistentes, flexíveis na medida certa e duráveis, pois cumprem a função da tração, dirigibilidade e capacidade de frenagem do veículo.
Além disso, é a parte do veículo que sofre e absorve os impactos de obstáculos primeiro, por isso sua conservação é tão importante. Logo, andar com pneus mal cuidados, em mau estado ou de má qualidade representa grande risco para motoristas, passageiros e para o trânsito em geral.
A durabilidade de um pneu depende de vários fatores, entre eles o peso do veículo, a velocidade, as condições do piso, a pressão, a geometria da direção, o estilo do motorista e outros. Por isso o fabricante não estabelece um prazo de validade.
Entretanto, com o tempo o composto de borracha sofre um processo de oxidação e tem prazo de validade, já que ele se resseca até mesmo mantido no estoque da loja ou no porta-malas. O consenso entre técnicos e engenheiros é de que, até cinco ou seis anos de fabricação, ele mantém suas características originais e aderência no asfalto.
Daí até dez anos, é possível utilizá-lo sem riscos. Passado esse prazo, LIXO!
Para conservar esses itens é preciso fazer a calibragem frequentemente, inclusive do estepe. Essa ação na maioria dos casos é negligenciada e interferem na aderência ao asfalto, o que pode ser o fator decisivo para evitar um acidente.
Os pneus suportam a carga do veículo e, caso não estejam dentro da calibragem ideal, perdem a firmeza no asfalto, aumentam o tempo de frenagem e o consumo de combustível. A calibragem deve ser feita logo pela manhã ou com ele ainda frios de acordo com o número previsto pela fábrica, nem mais nem menos (só é indicado colocar algumas libras a mais em viagem com o carro cheio e pesado).
Além disso, todo motorista deve conferir a pressão dos pneus em intervalos regulares, que não devem ser superiores a 15 dias. Mesmo como os bicos e válvulas em perfeito estado de conservação, com o uso cotidiano e longos períodos com o carro estacionado, eles perdem pressão.
Um exemplo de pneu mal cuidado é o pneu careca, aquele cujos sulcos já não apresentam a espessura ideal, diminuindo a aderência com o asfalto. Dessa forma, ele torna-se “escorregadio”, principalmente em pista molhada e o carro perde bastante a estabilidade.
Uma das consequências diretas disto pode ser a perda de controle do veículo.
O alinhamento da geometria das rodas é fundamental para garantir a boa dirigibilidade e controle do automóvel. Como uso rotineiro, há o risco das rodas perderem o alinhamento ao passar sobre buraco e pedras e demais irregularidades do piso.
Com a roda desalinhada, o pneu irá “esfregar” a banda no piso, provocando um desgaste irregular que reduz sua vida útil. Assim, a recomendação é alinhar as rodas a cada 10 mil quilômetros, ou se o motorista notar que a direção está puxando para um dos lados.
É preciso ter muita cautela para comprar um pneu remoldado, pois no Brasil não é obrigatório manter na banda lateral suas características originais de fabricação. Por isso, você corre o risco de colocar no carro dois pneus remoldados com mesma medida e aparência externa, mas com carcaças produzidas originalmente para veículos diferentes.
Imagine colocar os pneus de um jipe e um esportivo no seu carro de passeio, por exemplo. Numa freada de emergência ou curva apertada, é um “salve-se quem puder”.
Já no caso do recauchutado, aquele que teve sua banda de rodagem e ombros substituídos por uma nova manta de borracha aplicada sobre a carcaça, sua aplicação é bem questionável. É muito comum essa nova banda se desprender da antiga carcaça, por isso, se puder, evite.
Escolha o pneu de acordo com a especificação no manual do proprietário do seu carro. Preocupe-se com as medidas de largura da banda de rodagem e da lateral. Essas medidas devem ser as mesmas nas quatro rodas.
Utilizar medidas diferentes daquelas determinadas para o modelo do automóvel pode trazer alguns problemas. A começar pelas rodas. Pneus mais largos demandam rodas com a tala mais larga para acomodar o composto.
Utilizar conjuntos mais largos podem comprometer o funcionamento e provocar danos, como danificar as caixas de rodas e até mesmo fazer com que o pneu encoste em demais componentes da suspensão e da carroceria.
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