De táxi pelo Mundo!!!

Chico Lelis relembra os mais variados táxis em que foi passageiro mundo afora, alguns bastante inusitados em com motoristas pitorescos

Auxílio Taxista repescagem
O táxi é um meio de transporte secular que ganhou peculiaridades em cada cidade do mundo (Fotos: Shutterstock)
Por Chico Lelis
Publicado em 06/10/2024 às 17h00

Ao receber a foto de amigos que visitaram Capri (no Golfo de Nápoles, no mar Tirreno, com 30 mil habitantes, em uma área de 10,4 km) mostrando um táxi local, fiquei inspirado para falar de outros táxis, igualmente curiosos, ou não, espalhados por esse nosso planeta Terra.

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Em Capri eles são montados sobre os mais variados modelos e marcas, desde o menor dos carros, como um Fiat 600, até algumas “banheiras” que a indústria automobilística produziu. Todos com sua parte superior cortada, substituída por toldos que têm suas cores e formato determinados pelo gosto, ou mau gosto, do seu proprietário. Mas são todos “divertidos”.

– “E muito caros”, acrescenta minha amiga, informando que a corrida mais barata, que dura 11 minutos, custa entre 10 e 13 euros (cerca de R$ 50).

No contraponto dessa irreverência de Capri, a “seriedade” do táxi londrino, todos com o mesmo design e em sua maioria na cor preta, daí serem chamados de “black cabs”. Seu uso é muito caro também: uma corrida de 20 minutos, chega a custar 15 libras esterlinas (cerca de R$ 110).

Nada muito diferente do preço cobrado por aqui, pelos aplicativos, em dias de chuva, ou na hora do rush. Certo? Diz a lenda que eles têm o teto elevado para que os lordes ingleses pudessem entrar sem ter que tirar suas elegantes cartolas.

O táxi em Roma não tem lá seus atrativos, mas a cidade não poderia ficar fora de um roteiro. Certo? O preço de uma corrida do aeroporto internacional de Fiumicino até o centro custa 48 euros, cerca de R$ 250. Nas demais corridas pela cidade, vale o que mostra o taxímetro. E não se assuste com o trânsito terrível da cidade e com o motorista, que à todo momento, larga do volante para falar com as mãos, além do mais, olhar para você, sentado no banco traseiro.

O Yellow Cab

A cor amarela no Yellow Cab, em Nova York, talvez o táxi mais conhecido em todo o mundo, vem desde 1915, quando John Hertz inspirou-se em um estudo da universidade de Chicago, mostrando que a cor amarela combinada com o vermelho era mais visível de longe. Uma corrida padrão por lá custa US$ 10 (cerca de R$ 50). Informação extra: o primeiro táxi com motor a combustão circulou pela chamada “capital do mundo” em 1907.

Anonymous engarrafamento taxi
Foto: shutterstock

No Rio de Janeiro, o mesmo argumento foi usado para determinar a cor do táxi carioca, onde o km rodado custa em torno de R$ 4. E pode custar bem mais se você pegar um tiroteio na Linha Vermelha, e ficar parado por um longo tempo. (Uma observação; na minha infância morei no amado Rio de Janeiro, onde a malandragem, hoje substituída pela bandidagem, andava por lá, dando golpes e pungando carteiras, na Praça XV, no Largo da Carioca, ou na Cantareira, a barca que fazia a travessia Rio-Niterói e que tem até música).

Em Pequim, capital chinesa, aparece o amarelo, como no Rio e Nova Iorque. Uma larga faixa nessa cor aparece em todos os modelos que circulam pela cidade e também por Xangai. E, pelas informações na Internet, os preços são bem convidativos.

Nos primeiros, custando entre US$ 2,80 e US$ 4,20 em corridas pelo Centro da cidade. Em Pequim com 21,8 milhões de habitantes, é o amarelo dominando a paisagem com os “carros de aluguel”, como eram chamados os táxi antigamente. Lá, os primeiros 3 km custam o equivalente a US$ 10,48, com custo adicional, por quilômetros rodado, de US$ 1,80. E justificativa para uso do amarelo: melhor visualização.

Paris também foi incluída na lista, por ser a “Cidade Luz” e abrigar os mais famosos museus do mundo. Lá, a bandeirada custa US$ 2,60, e o quilômetro rodado, de dia, US$ 0,96 e US$ 1,17 à noite. E Buenos Aires, na lista por que é a capital dos “Hermanos” e onde Carlos Gardel cantou belos tangos compostos pelo brasileiro Alfredo Le Pera, nascido no bairro do Bexiga, (localizado no Centro de São Paulo e tornado famoso por Adoniran Barbosa). Lá a bandeirada custa $ 1.28 pesos ( US$ 1 Blue está a $ 1.200 pesos) e $ 128 pesos a cada 200 metros, com 20% de acréscimo no período noturno.

Lisboa, só incluí por uma questão sanguínea, em homenagem à minha amada vó Eva, mas não há o que falar, a não ser que para saber preços das corridas, devemos recorrer a simulação da Coptaxis.

Nova Deli foi incluída por oferecer o mais curioso tipo de táxi, o “Tuk Tuk”, que foi inventado no Japão, mas predomina na capital da Índia, com seus quase 33 milhões de habitantes. Ele tem apenas três rodas, já que é montado sobre motocicleta, mas pode levar até sete pessoas, de acordo com sua configuração.

Finalmente, Tóquio, que abriga, além do táxi tradicional, um dos mais antigos tipos de transporte de passageiros, o Riquixá, com duas rodas e, como diz seu nome em japonês, “jinrikisha” (veículo de tração humana). Ele surgiu no Japão em 1868 e hoje tem a versão ciclo-riquixá, montado sobre uma bicicleta.

Agora, em Berlim está o “táxi” mais divertido para quem gosta de uma boa cerveja alemã: o “Beer Bike”, onde um determinado número de “passageiros” (varia entre 6 e 12 pessoas) pedala uma bicicleta em forma de mesa ou de um balcão de bar, que tem um “ciclista” que não bebe e cuida que o “bar” não erre a mão, ao circular pelos pontos turísticos, do lado Ocidental de Berlim.

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