Jornalistas se despedem de Luiz Carlos Secco

Pioneiro do jornalismo automotivo, Luiz Carlos Secco fez escola nas redações e também como um dos mais respeitados assessores de imprensa do país

luiz carlos secco acervo pessoal
Luiz Carlos Secco foi uma das grandes referências de como fazer jornalismo e também assessoria de imprensa (Foto: Arquivo Pessoal | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 31/01/2025 às 09h00

Faleceu nesta quinta-feira (30) o jornalista, Luiz Carlos Secco, aos 90 anos, em função de danos cerebrais em decorrência de uma queda, na quarta-feira (29). Seccão, como era conhecido, foi pioneiro na cobertura do setor automotivo.

VEJA TAMBÉM:

Com mais de 60 anos de carreira, o jornalista atuou como repórter de esportes no jornal O Estado de S. Paulo, foi editor do Jornal do Carro e passou por assessorias de marcas como Ford e Autolatina. Boris Feldman recorda com carinho de Secco como pessoal, repórter e assessor de imprensa.

O “Seccão” foi brilhante nos “dois lados do muro”: sucesso do “lado de cá”, como jornalista especializado e também “do lado de lá” como assessor de imprensa, ao revolucionar o estilo de lidar com os jornalistas”, relembra, Feldman.

No Estadão e na indústria, Secco foi professor de outros grandes nomes do jornalismo e da comunicação corporativa, como Emilio Camanzi e Eduardo Pincigher. Emocionado, Camanzi recorda com gratidão de alguém que foi muito mais que um colega de trabalho.

Eu sempre considerei o Secco meu segundo pai. Ele foi a pessoa que me ensinou tudo, me levou para o Jornal da Tarde e para o Jornal do Carro. Ele me deu todo apoio quando fui convidado, em 1970, para Quatro Rodas. E me ensinou novamente quando me tornei diretor de comunicação da Fiat, ele que foi um grande assessor de imprensa também. Sempre acompanhou tudo que fiz de perto. Me ligava para falar de como o canal no YouTube estava se desenvolvendo e como a Camila (Camanzi) estava evoluindo no vídeo. Secco nunca me negou nada. Realmente, eu estou perdendo um pai”, relembra emocionado, Camanzi.

Eduardo Pincigher, que passou por assessorias de grandes marcas, também recorda com carinho do professor Secco.

Eu comecei minha carreira como estagiário da Autolatina, em 1989, onde ele era o gerente executivo. Atribuo a ele tudo o que aprendi em Comunicação Corporativa. Acho que o Seccão foi o grande representante de todo esse segmento em que atuamos, visto que, antes de se tornar assessor, ele foi um repórter de mão cheia no Jornal do Carro. Sem qualquer exagero, o Seccão foi o verdadeiro Pelé das Relações Públicas no Brasil. Estou muito triste. Falei com ele uma semana atrás, quando ele ligou espontaneamente para me cumprimentar pela coluna, que acabara de ler. Mais do que o exímio profissional que foi no setor automotivo, a partida do Seccão deixa um enorme vazio do amigo, do mestre, do professor de todos nós”, lamenta.

O jornalista e apresentador do Top Car TV, Paulo Brandão, é outro colega de longa data de Luiz Carlos Secco, com mais de meio século de carreira e que também lamentou a partida do jornalista.

Foi uma das notícias que eu não gostaria de ter recebido, nunca. Seccão era meu irmão mais velho. Ele e Marco Antônio Lelis, que também já nos deixou, foram os meus mestres profissionais. Foram 50 anos de aprendizado, de amizade fraternal e de grande respeito. Ele não só era um RP nato, um gentleman, como sempre foi o melhor jornalista do setor, disparado”, recorda o amigo soteropolitano.

Douglas Mendonça, outro grande jornalista do setor de automóveis, também teve relacionamento estreito com Luiz Carlos Secco.

Perdi um grande amigo, quando comecei no meio jornalístico, em 1974, o Seccão já era um assessor de imprensa de respeito. Eu guiei minha carreira tendo o Secco como exemplo. Ele já era assessor da Ford e também grande jornalista e tratava todos nós como jornalistas e sempre buscava a informação correta para quem pudéssemos repassar para nossos leitores. Um cara admirável, que sempre fui fã e sempre o coloquei como o melhor assessor de imprensa do Brasil, seguramente. É um grande amigo que parte, que mesmo hoje aos 90 anos, sempre que nos encontrávamos, ele fazia questão de vir me abraçar. Uma pessoa educadíssima que cumpriu sua missão, infelizmente”, relembra Mendonça que viveu muitas histórias com Seccão.

Chico Lelis, que também foi colega próximo de Secco, define o amigo.

“O Seccão era esse cara, capaz de ser amado por todos, respeitado em todos os lugares por onde passou e por todos aqueles que o conheceram”.

Newsletter
Receba semanalmente notícias, dicas e conteúdos exclusivos que foram destaque no AutoPapo.

👍  Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.

TikTok TikTok YouTube YouTube Facebook Facebook X X Instagram Instagram

Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:

Podcast - Ouviu na Rádio Podcast - Ouviu na Rádio AutoPapo Podcast AutoPapo Podcast
0 Comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Comentários com palavrões e ofensas não serão publicados. Se identificar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Avatar
Deixe um comentário