Diesel, flex ou híbrido, qual motor vale mais a pena para o seu bolso?

Desde 2021, o Brasil vive um período com oscilações frequentes no preço de combustíveis como o diesel e a gasolina que, consequentemente, acabam alavancando o valor da etanol.

Medidas como o congelamento do ICMS nos estados foram tomadas para tentar frear essa alta, mas os preços continuam a subir – embora em uma menor proporção.

Nesse mesmo período veículos eletrificados, como os híbridos por exemplo, têm se feito cada vez mais presentes no mercado nacional, com  anúncios de consumo tentadores, alguns chegam a rodar mais de 20 km com apenas um litro de combustível. Mas, para isso, é necessário desembolsar um valor consideravelmente maior, para ter um veículo com essa tecnologia.

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Por isso, o AutoPapo decidiu fazer as contas para descobrir qual motor é mais vantajoso: flex, diesel ou híbrido?

Carro flex, diesel, ou híbrido, qual compensa mais?

Para fazer o comparativo, a reportagem toma como base o balanço de preço médio do combustível no Brasil, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre os dias 23/04/2023 e 29/04/2023.

Além disso, a referência de veículo utilizado é a versão mais barata de cada motorização do Jeep Compass (que está disponível nas opções flex, diesel e híbrido).

Confira o preço de cada um

Custo por km rodado

Conhecidos o preço de cada versão, é preciso saber a média de valores do diesel S10 (cujo uso é obrigatório em veículos novos), da gasolina e do etanol. Lembrando que os valores foram divulgados no último relatório da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Isso posto, é necessário saber o consumo médio de cada versão para, depois, descobrir quanto cada uma gasta para rodar 1 km.

Consumo Compass flex, diesel e híbrido

No caso do motorista que roda em perímetro urbano e opte pelo Compass a diesel em relação ao flex, ele vai precisar rodar cerca de 2.870.000 km para equalizar o investimento. Esse número pode diminuir um pouco caso ele circule apenas em rodovias: 1.913.333 km. Isso sem considerar a manutenção, que no caso do veículo a diesel é consideravelmente mais cara e complexa.

Nesse cenário, considerando que o brasileiro roda uma média de 12 mil km ao ano, seria necessário algo entre 159 e 239 anos para abater essa diferença no combustível.

A situação pode ser um pouco melhor no caso da propulsão híbrida. Rodando na cidade, o motorista precisaria dirigir 495 mil km – o que levaria cerca de 41 anos para abater a diferença. No uso urbano, o prazo é ainda maior: 710 mil km, ou 59 anos.

Opções viáveis de um SUV médio híbrido

Por vir para mercado nacional importado da Itália – que não tem incentivos fiscais – o preço o Jeep Compass híbrido acaba não sendo uma opção viável para o consumidor brasileiro. No entanto, existem alguns outros SUVs médios, como o Toyota Corolla Cross e o GWM Haval H6, podem caber no seu bolso.

Veja o preço de cada um deles:

Tanto o Corolla Cross quanto o Haval H6 são abastecidos com gasolina. Veja qual o consumo de cada um e quanto custa para rodar 1 km com eles:

Considerando que ambos são mais baratos que a versão diesel do Compass, e o consumo também é mais acessível, não tem muito segredo. Basta tirar o veículo da concessionária que você já está lucrando.

Mas e como ficaria essa diferença em relação às versões híbridas e flex do Corolla Cross? Vale lembrar que a diferença entre as versões é de R$ 41.800 Confira:es

Neste cenário, para o motorista que roda com mais intensidade na cidade, seria necessário percorrer 245 mil km para valer o investimento no Corolla Cross híbrido. Já na rodovia, esse número aumenta para 836 mil km.

Quando realmente compensa o veículo a diesel

Do ponto de vista puramente financeiro, o veículo a diesel não é mais vantajoso no Brasil. Porém, ele pode ser uma boa escolha em alguns pontos técnicos em que ele leva vantagem em relação ao motor flex.

O Compass sempre oferece tração 4×4 quando movidos a diesel e, nessa configuração, tem um motor mais potente, o 2.0 turbo de 170 cv e 37,5 kgfm de torque, acoplado ao câmbio automático de 9 velocidades. O flex, por sua vez, entrega um pouco menos de potência (165 cv), mas o torque é consideravelmente menor (27,5 kgfm).

Devido a esse torque maior, alguns modelos a diesel tem mais capacidade de carga ou reboque. Isso, junto ao maior desempenho, fazem valer a escolha dessa propulsão. Do contrário, esqueça, vai ser dinheiro jogado no lixo.

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