Dodge Dakota foi o último V8 nacional

O nome da nova média que será produzida na Argentina e vendida pela Ram já foi usado em uma picape nacional de apelo esportivo

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A carreira foi curta, mas cheia de mudanças (Fotos: Dodge | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 14/08/2025 às 06h00

Agora fazendo parte da Stellantis, o nome Dakota está confirmado para voltar ao Brasil pela marca Ram. Essa é o nome de batismo de uma caminhonete média derivada da Fiat Titano, que acabou de ser revelada como conceito.

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A nova Ram Dakota será produzida em Córdoba, na Argentina, e virá com motor 2.2 turbodiesel de 200 cv. Ela irá se diferenciar da irmã Titano pelo visual externo e pelo interior mais luxuoso, se posicionando como uma picape média mais premium.

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As semelhanças entre a nova Ram Dakota e a antiga picape da Dodge que foi produzida no Brasil de 1998 a 2001 devem ficar apenas no nome e na segmentação. Vamos relembrar a história dela.

A Dodge Dakota chegou sem tradução

A DaimlerChrysler decidiu expandir sua investida no Brasil com a produção nacional de veículos. Para isso foi construída uma fábrica em Campo Largo, no estado do Paraná, para produzir a Dodge Dakota.

A escolha foi acertada, era um produto moderno e muito elogiado nos EUA. A Dodge possuía boa fama no Brasil por causa da linha Dart nacional e as picapes Ram eram populares nas importadoras independentes.

Em 1998 foi lançada a Dodge Dakota nacional, cheia de potencial. Ela era oferecida com duas opções de motores, um quatro cilindros 2.5 de 121 cv ou um V6 3.9 de 177 cv.

Foram cometidas três gafes no lançamento que mancharam a imagem do modelo: não existia motor diesel, a tração era sempre 4×2 e não havia cabine dupla. Mesmo tendo porte maior que as rivais e sendo elogiada pela imprensa, a Dakota foi apenas uma coadjuvante.

Na linha 1999 foi corrigida uma dessas falhas, a falta do motor diesel. A escolha foi por um 2.5 turbo da VM Motori, produzido no Brasil pela Detroit Diesel. Ele rendia os mesmo 115 cv da Ranger.

Dakota virou picape esportiva, como a Rampage

A dodge Dakota sempre se diferenciou das rivais nos EUA pelo porte maior e por oferecer motor V8. Na linha 2000 o modelo nacional decidiu focar o apelo na esportividade, trazendo a versão R/T equipada com o 5.2 Magnum.

Esse motor V8 era uma evolução do 318 dos antigos Dart nacionais e usado pelo bem sucedido Jeep Grand Cherokee. Ele rendia 232 cv e fez da Dakota a picape mais forte e rápida do Brasil.

A versão R/T contava também com suspensão mais firme, freios recalibrados e decoração sem cromados. Não foi um sucesso de vendas, mas marcou o mercado nacional e possui fãs até hoje.

Apenas na linha 2001 que veio a opção de cabine dupla na Dodge Dakota. Essa opção de carroceria foi oferecida com todos os motores, com o V8 vindo na Sport.

Seria o incentivo para aumentar as vendas, mas a cabine dupla chegou com prazo de validade: seriam feitas 1.000 unidades com essa configuração antes de encerrar as atividades na fábrica.

A planta paranaense veio junto do encerramento de outras oito fábricas da Chrysler pelo mundo. O grupo focou os esforços nos EUA, onde conseguia mais lucro.

Já fora de linha, a Dodge Dakota é sempre relembrada com carinho por ter vindo com motores potentes. Ela foi um ponto fora da curva em nosso mercado.

A nova geração será um produto mais alinhado com o mercado de picapes médias nacionais, trazendo o 2.2 diesel. Ao que tudo indica, não terá um propulsor a gasolina forte como foi com o V8, quem deseja esse desempenho terá que recorrer a Rampage R/T ou a 1500 com o Hurricane Six.

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