Arrasada pelo temporal que se formou em Espera Feliz, fábrica de motores da Toyota levará seis meses para voltar a operar, segundo funcionários
A tempestade que se formou sobre a fábrica de motores da Toyota em Espera Feliz (SP) danificou seriamente a estrutura da fábrica e o maquinário. Em função disso, a Toyota decidiu suspender completamente a produção no país, sem deixar claro quando voltariam às atividades. No entanto, funcionários relatam que as obras só deverão ser concluídas em março de 2026, seguindo uma previsão que o Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região, que representa o trabalhadores, já tinha anunciado.
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O fenômeno natural, chamado de microexplosão atmosférica, como explicam os meteorologistas, é quando o ar dentro de uma nuvem de tempestade se resfria rapidamente. Essa massa de ar desce com muita força em direção ao solo em forma de ventos intensos.
O que aconteceu com a fábrica da Toyota foi que lufada ocorreu justamente sobre os galpões, provocando o destelhamento e comprometendo o maquinário. Ainda segundo funcionários, a ação não impactou nos postos de trabalho, que foram mantidos pela marca japonesa, ratificando o que tinha sido acordado entre a japonesa e o sindicado, logo após a tragédia.
Entramos em contato com a Toyota, que não tem uma data precisa para a volta das operações. “A estimativa inicial é de que a fábrica de Porto Feliz (SP) permaneça parada por alguns meses”, respondeu a assessoria por nota.
Mas o que é fato é que o primeiro impacto da tempestade foi o cancelamento do lançamento do Yaris Cross. O SUV compacto era um dos modelos mais aguardados deste ano e promete ser um forte competidor no segmento dominado pelo Volkswagen T-Cross.
O modelo já começou a ser fabricado na planta de Sorocaba (SP), no entanto depende de motores fabricados em Porto Feliz. A Toyota comunicou a imprensa logo depois da tragédia.
Se não bastasse, o abastecimento de motores para os modelos Corolla Cross e Corolla também foram comprometidos. Tudo isso levou à suspensão da produção em território nacional.
Procuramos concessionárias Toyota para saber se ainda há unidades em estoque do Corolla e Corolla Cross, que são os modelos produzidos no Brasil. Em uma revenda em Belo Horizonte, só restava um exemplar do sedã, mesmo assim a exigência de um carro usado na troca para movimentar o pátio de seminovos. Já o Cross contava com duas unidades híbridas.
Questionada, a consultora de vendas foi enfática. “Temos apenas esses dois exemplares híbridos e não sei dizer quando teremos o 2.0 novamente”, afirma.
Em outra revenda, no interior de São Paulo, ainda restavam dois exemplares do Corolla, um híbrido e outro puramente a combustão (2.0), além de uma unidade do SUV, eletrificado. “O único Corolla 2.0 que eu tenho está com acessórios pois é a unidade do showroom”, explicou a vendedora acentuando a oportunidade.
Vale lembrar que as versões eletrificadas recebem motores importados, o que permitiria girar estoques da rede por mais algumas semanas. Dessa forma, os próximos meses serão desafiadores para a montadora e também para a rede de concessionários que basicamente se dedicaram a modelos importados, como a picape Hilux e o grandalhão SW4. A gama ainda conta com o RAV4 e também com esportivo GR Corolla, os dois com preços acima de R$ 400 mil.
No entanto, a Toyota afirma que está buscando soluções para manter as operações em suas demais plantas, com a importação de motores. “Para minimizar impactos, a Toyota está negociando o fornecimento de motores com unidades no exterior, visando acelerar a retomada da produção de veículos em Sorocaba (SP) e Indaiatuba (SP)”, aponta.
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