Faixa azul: não basta demarcar, é preciso civilidade diante do guidão

A faixa azul para motociclistas é um avanço para atenuar os efeitos do crescente número da frota e também de acidentes nas vias brasileiras

FAIXA AZUL PARA MOTOS ROVENA ROSA ABR
Implementação da faixa azul foi um avanço, mas é preciso conscientizar boa parte dos motociclistas (Foto: Rovena Rosa | Agência Brasil)
Por Chico Lelis
Publicado em 31/08/2025 às 17h00

Faz algum tempo, desde 2022, que os motociclistas paulistanos comemoram o impressionante número, cerca de 50%, de acidentes fatais nos quais que eram envolvidos desde que passaram a se utilizar o “corredor” (espaço entre as faixas de trânsito), pelas ruas e avenidas da Capital Paulista, uma prática que se espalhou por todo o país. Naquele ano foi implantada a primeira faixa azul para uso preferencial dos usuários do veículo de duas rodas,  na avenida 23 de Maio (para quem não conhece São Paulo, pela avenida que muda de nome, até o aeroporto de Congonhas).

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Apesar da existência dessas faixas que já somam mais de 240 quilômetros por toda São Paulo, motociclistas, motoqueiros​ e motoboys (são as três nomenclaturas usadas popularmente para se referir aos que que usam motocicletas no seu dia-a-dia), que que insistem  em usar o aquele irritante “bibibibibibibi”, porque muitos deles ainda se sentem seguros abusando da buzina de sua moto.

Assustador

O volume de motos que circula por São Paulo (1,3 milhão, e contando) é realmente assustador, já que a grande maioria delas, especialmente as utilizadas para transporte de comida e pequenos volumes, não tem muito respeito pelas regras de trânsito. Não é incomum vermos motocicletas sendo conduzidas por pessoas que andam na contramão (recentemente, em uma movimentada avenida paulistana, no bairro do Morumbi, aconteceu uma colisão entre duas motos, porque um dos motoboys trafegava na contra mão), subindo em calçadas e, principalmente, não respeitando o vermelho dos semáforos.

Em razão desses abusos, até mesmo os motociclistas que obedecem regras se sentem ameaçados por outros, que trafegam em velocidades muito acima das permitidas nas ruas e avenidas.​ Uma jovem médica, que passou a usar moto há pouco mais de quatro meses, anda muito na faixa azul, mas teme pela sua segurança quando muitas motos estão em “disparada” pela faixa seletiva. “Saio imediatamente da frente deles”, conta ela.

Além de usar o irritante “biibibibi” mesmo na faixa azul, alguns usuários de motos não dão nenhuma “folga” para o motorista que precisa mudar de faixa, passando pela preferencial deles. Eles não seguem  a orientação das placas alertando-os para que eles facilitem a mudança de faixa pelos veículos de quatro rodas. Estes, muitas vezes, são obrigados a permanecerem na sua faixa, por vários metros, porque uma enorme fila de motos está passando pela faixa azul.

E não adianta dar “seta” com consciência, porque eles ignoram este “aviso” acelerando suas duas rodas​, achando que a faixa azul é exclusiva deles, quando na verdade, é preferencial.

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