Ferrari 849 Testarossa resgata nome clássico de Maranello e mostra que a marca consegue conviver com a eletrificação sem abrir mão de suas tradições
Pela quarta vez, sem seus 82 anos de história, a Ferrari batiza um carro com o nome Testarossa. O primeiro foi em 1956, com a 500 TR, depois veio a 250 Testa Rossa, o inconfundível modelo de 1984, que se tornou ícone da cultura pop fazendo pontas em seriados e videogames. E agora a 849 Testarossa, que substitui a SF90 Stradale.
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O nome Testarossa tem grande apelo emocional na Ferrari. Trata-se da união de Testa e Rossa. Numa tradução literal significa “cabeçote vermelho”. E se levarmos em conta que toda Ferrari tem seu cabeçote pintado em tom rubro, é quase uma metalinguagem.
Mas também é fato que ao longo da história, suas xarás sempre primaram por experimentações. O primeiro carro era para pistas, assim como o segundo. Cada um buscava aplicar novos conceitos de dirigibilidade e aerodinâmica.
Já o esportivo dos anos 1980 trazia o máximo da extravagância daquela época, com um design marcante. Isso sem falar de seu exótico V12 de 180°, que pode ser confundido facilmente com um motor boxer, mas há justificativas técnicas que os diferem. E dessa vez, ela experimenta mais uma vez.
A Ferrari Testarossa 2026 adota um conjunto híbrido plug-in. O motor principal é um V8 biturbo 4.0 litros, atualizado para entregar 830 cv. Ele se combina a três motores elétricos, dois no eixo dianteiro e um no traseiro, que acrescentam cerca de 220 cv extras. A potência combinada chega a 1.050 cv, fazendo do modelo a Ferrari de produção mais potente já fabricada.
Com esse conjunto, a nova Ferrari acelera de 0 a 100 km/h em menos de 2,3 segundos e atinge velocidade máxima superior a 330 km/h. A relação peso/potência é de aproximadamente 1,5 kg/cv, resultado alcançado com a manutenção de peso próximo a 1.570 kg a seco.
O desenvolvimento aerodinâmico da Ferrari 849 Testarossa inclui fundo do carro redesenhado, difusores maiores e entradas de ar otimizadas. O modelo gera 415 kg de downforce a 250 km/h, superando a SF90 Stradale em eficiência. Esses ajustes reforçam o controle em alta velocidade e mantêm a estabilidade em pista.
O design da Ferrari Testarossa 2026 é uma releitura moderna de traços marcantes do passado. As linhas geométricas remetem aos protótipos da marca nos anos 1970, enquanto o interior adota uma configuração envolvente, com o cockpit desenhado em formato de cápsula. A central multimídia traz um sistema HMI atualizado e comandos digitais de última geração.
Entre os opcionais, está o pacote Assetto Fiorano, que acrescenta componentes de fibra de carbono, escapamento em titânio, bancos mais leves e ajustes aerodinâmicos exclusivos para uso em pista.
A Ferrari 849 Testarossa 2026 será oferecida em duas versões: coupé e Spider com teto rígido retrátil. O preço inicial na Europa é estimado em 460 mil euros para a berlinetta e 500 mil euros para o Spider (conversível). As entregas começam no segundo semestre de 2026 no mercado europeu, chegando aos Estados Unidos no final do mesmo ano.
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