Fomos até Balocco, o campo de provas da Fiat na Itália, para conferir o Grande Panda, hatch cubista com jeitão aventureiro que chegará no ano que vem
Fiat Argo encerrará seu ciclo após quase anos de mercado no Brasil em 2026. O hatch compacto serviu de base para Cronos, Pulse, Fastback e até a picape Strada. Com a crescente preferência por SUVs e a necessidade de atualização tecnológica, a Fiat prepara um sucessor global para o Argo, que também será plataforma para outros quatro modelos previstos até 2030.
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A mudança é estratégica: o Argo e seus derivados não compartilham a moderna plataforma modular CMP utilizada em modelos da Stellantis como Citroën C3, C3 Aircross, Basalt e Peugeot 208, essenciais para padronizar motores e componentes, reduzindo custos e aumentando a competitividade.
Produzido na Itália, o Grande Panda tem 3,99 m de comprimento, visual futurista e estilo aventureiro, resgatando a essência do Panda original (1980-2003). No passado, o Panda serviu de base para o Fiat Uno, e agora será a referência para o novo compacto brasileiro produzido em Betim (MG).
O carro tem um jeitão de modelo conceitual, o que mostra que os designers foram ousados em criar um carro com estilo pouco convencional. Mas essa aposta é o que diferencia o modelo de concorrentes generalistas. Os italianos aplicaram o que sabem usar de melhor: estilo.
Mas não é só design, o Grande Panda também é funcional. O Grande Panda oferece porta-malas de 412 litros, bom espaço para quatro ocupantes e posição de dirigir elevada.
O design combina linhas cubistas e referências históricas, como a grade frontal inspirada na antiga fábrica de Lingotto e o painel oval que remete à pista de testes no topo do prédio.
Na Europa, o modelo traz carregamento por indução, freio de estacionamento eletrônico, ar-condicionado digital de duas zonas e pacotes de assistência à condução. No Brasil, o nível de equipamentos dependerá da estratégia de mercado da Fiat e do objetivo de volume de vendas.
Mas a Fiat conta com quase tudo em sua prateleira, resta saber o que pode ser adicionado para fechar a conta. Afinal, boa parte do orçamento será destinado a equipamentos obrigatórios de segurança e emissões, o restante é luxo.
Na Europa, o Grande Panda é oferecido em versões híbrida e elétrica. O híbrido combina motor 1.2 turbo com sistema 48V, entregando 110 cv e 22 kgfm de torque. A versão elétrica oferece 113 cv e autonomia de até 320 km com bateria de 44 kWh.
No Brasil, o modelo será equipado com os motores Firefly 1.0 aspirado (77 cv) e T200 1.0 turbo (130 cv e 20,4 kgfm), produzidos no complexo industrial da Stellantis, em Betim. No entanto, a plataforma é ajustada para receber qualquer tipo de motorização e o modelo pode ter protagonismo na expansão eletrificada da Stellantis para América do Sul.
Fomos até a pista de testes da Stellantis em Balocco, entre Milão e Turim, para conhecer o hatch. Comentar sobre o desempenho seria leviano, afinal, o Grande Panda vendido no Velho Mundo tem powertrain bem diferente de seu derivado brasileiro. Os conteúdos também podem diferenciar do modelo europeu.
Mas tanto o conjunto híbrido quanto o elétrico fazem do Grande Panda bem esperto. E não precisamos ficar chateados, pois nosso motor T200 é bem espertinho, assim como o Firefly, que entrega todo torque na casa dos 3 mil rpm.
Mas o que chama atenção sua excelente ergonomia. O carro elevado, com posição de dirigir verticalizada. É uma arquitetura que privilegia a visubilidade o espaço interno. Assim, com menos de 4 m de comprimento (que também o credencia para ser vendido no mercado indiano com carga tributária mais baixa), ele consegue ser espaçoso.
A Stellantis aposta que o Grande Panda repetirá o sucesso de modelos como Uno, Palio e Argo. Além dele, quatro veículos derivados da mesma base serão lançados no Brasil até 2030. A gama é fundamental para que a Fiat se mantenha na liderança do mercado. Hoje, a VW é líder no segmento de carros de passeio, enquanto a Fiat mantém a dianteira geral em função
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Gostei do carro. E parece ser bom em desempenho e em espaço interno.
Pelo que entendi a versão hibrida será hibrida mesmo, e não aquela farsa de “hibrido leve”.
Uma volta às origens. Precisa ser quadradão assim mesmo. Muito elegante. Pros que acham feio, tomem remédio pra dor de cotovelo. O carro está demais!
Esse carro é medonho de feio (principalmente no painel e na traseira) e deve chegar aqui com a mesma qualidade porca do Citroen C3.
Correção: para-choques.
Muito bonito, mas tenho uma sugestão: no lugar da cor alumínio nos parachoes, pintar de preto ou não cor do veículo.