Flipper Zero: aparelho que destranca e dá partida em carros é proibido em mais um país

Equipamento capaz de clonar sinais por radiofrequência é capaz de copiar codificação da chave do carro e pode ter causado prejuízo bilionário

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Segundo autoridades canadenses, Flipper Zero é responsável pelo aumento de furtos de carros no país (Foto: Shutterstock )
Por AutoPapo
Publicado em 15/02/2024 às 20h03

Uma das vantagens da chave presencial é dispensar a necessidade de girar o miolo para destrancar a porta do carro e também dar a partida. Outra vantagem é que ela dificulta furtos, uma vez que depende de uma validação de um código presente na chave para dar ignição no motor. Mas a bandidagem já aprendeu, há muito, a roubar sinais das chaves com aparelhos capazes de decodificar as ondas emitidas por elas. E um destes dispositivos é o polêmico Flipper Zero.

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O pequeno dispositivo é capaz de captar e clonar sinais de radiofrequência de diferentes protocolos com Bluetooth, NFC e até mesmo os sinais de controles remotos de portões eletrônicos e chaves de carros. No Brasil, o Flipper Zero teve seu comércio e importação proibidos pela Anatel, justamente por ser uma ferramenta que facilita a prática de crimes.

Agora o Canadá também decretou guerra ao apetrecho. O governo canadense atribui ao Flipper Zero a explosão de ocorrência de furtos de automóveis no país, que geram um prejuízo equivalente a R$ 3,5 bilhões ao ano.

Segundo as autoridades canadenses, cerca de 90 mil carros são furtados no país todos os anos. Um número modesto diante da média diária de 1.000 carros no Brasil, mas um dado alarmante para os padrões canadense.

Como surgiu o Flipper Zero?

O Flipper Zero foi desenvolvido por dois programadores em 2019. A dupla abriu um fundo compartilhado na plataforma Kickstarter e amealhou US$ 4,8 milhões para finalizar o aparelho. A ideia era criar uma espécie de Tamagotchi que se alimentava de sinais de radiofrequência, como controles remotos de televisores e demais aparelhos.

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Flipper Zero surgiu como um projeto de financiamento compartilhado e acabou virando ferramenta de bandido (Foto: Creative Commons | Wikipedia)

Ele também poderia ser uma espécie de armazenador de sinais, para funcionar como um controle universal. No entanto, a capacidade de localizar e capturar sinais de diferentes dispositivos chamou a atenção da bandidagem.

O aparelho passou a ser usado para envio de spams via Bluetooth, assim como bloqueio de telefones, abertura de portões e claro furto de automóveis. Ele também é capaz de roubar sinais de cartões bancários com sistema NFC.

Apesar de ser proibido no Brasil, assim como no Canadá, sua venda é permitida nos Estados Unidos, onde ele custa em média US$ 170, equivalente a R$ 845 em conversão direta. Defensores do aparelho alegam que o Flipper Zero chegou para forçar a indústria a desenvolver sistemas mais sofisticados de segurança.

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