Por que os freios traseiros são menores do que os dianteiros? Entenda!
Já notou que os freios dianteiros de seu carro são maiores que os traseiros? Não é a montadora querendo economizar, existe uma razão técnica
Já notou que os freios dianteiros de seu carro são maiores que os traseiros? Não é a montadora querendo economizar, existe uma razão técnica
Hoje se fala muito em assistentes eletrônicos e resultados de crash-tests, mas um item antigo ainda é o mais importante para a segurança de um veículo: os freios. Mas se é tão importante, por que os traseiros são menores que os dianteiros? É o que vamos responder nessa matéria.
Hoje o esquema mais comum nos carros compactos é trazer discos ventilados na dianteira e tambores na traseira. Existem exceções, como o pequeno Peugeot 206 e o Honda Fit de segunda geração, que traziam discos nas quatro rodas, quando equipados com ABS.
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Os freios traseiros menores do que os dianteiros não tem relação com cortes de custos ou algo do gênero. A resposta é bastante simples: mais de 80% da força de frenagem é feita pelas rodas dianteiras. Por isso, os freios dianteiros são maiores que os traseiros.
A dimensão dos discos de freios tem relação direta com o tamanho da área de contato entre ele e a pastilha. Com os tambores essa relação é com a lona de freio. Quanto maior essa área de contato, maior o poder de frenagem.
Esse tamanho é determinada pela engenharia do fabricante para atender a parâmetros de frenagem e também de durabilidade em uso contínuo. Um hatch compacto usa discos menores que um SUV grande por possuir uma massa menor para desacelerar.
É por isso também que a maioriad os carros compactos trazem o tambor no freio traseiro: a importância maior do freio dianteiro para segurar o veículo junto da massa menor, mesmo quando carregado, faz que esse sistema seja adequado.
Antes do sistema antitravamento (ABS) ser obrigatório nos carros novos, a engenharia utilizava alguns recursos ao projetar o sistema de freio para evitar que o traseiro travasse antes do dianteiro. Alguns carros e caminhonetes traziam uma válvula equalizadora que ajudava a modular a pressão que ia para as rodas traseiras baseada na carga.
Um caso curioso de nossa indústria foi com o Ford Maverick nacional. Ele tinha tendência a travar as rodas traseiras com facilidade. A solução da Ford foi adotar tambores menores no eixo posterior, resolvendo o problema.
No uso contínuo em autódromo ou longas descidas de serra, os freios podem se superaquecer caso o motorista o use com frequência. Esse fenômeno é chamado de fading. Quando ele ocorre, é sempre o freio dianteiro que perde o efeito, já que ele é o mais exigido.
Para o freio traseiro perder o efeito, mesmo sendo tambor, o motorista já vai estar em apuros há muito tempo. A forma de evitar o superaquecimento é sempre descer com uma marca engrenada, para que o motor auxilie no controle da velocidade. Em carros automático é possível selecionar uma marcha mais baixa e nos CVT existe a posição L.
O uso desse freio motor nas descidas não aumenta o consumo ou o desgaste do carro como muitos acham. Como o motorista não vai estar acelerando, não terá combustível sendo injetado.
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