Gafanhotos podem ‘ajudar’ a reduzir os acidentes de carro; entenda!
Apesar de voarem em enxames, taxa de colisão entre os insetos é baixa; especialistas estudam comportamento para reproduzir logística em ruas e estradas
Apesar de voarem em enxames, taxa de colisão entre os insetos é baixa; especialistas estudam comportamento para reproduzir logística em ruas e estradas
A “nuvem de gafanhotos” que poderia chegar ao Brasil é um reflexo do processo migratório dos insetos, que voam em enxames contendo milhares de indivíduos. E o que os gafanhotos tem a ver com carros? Bem, desde 2013, pesquisadores estudam os baixos índices de colisão entre os insetos para aplicar a lógica natural ao trânsito, seja em estradas ou em grandes centros urbanos.
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O gafanhoto é capaz de se concentrar apenas nos movimentos dos objetos que interferem em sua trajetória de voo. E os cientistas já entenderam como ele fazem isso.
Os insetos da espécie convertem os movimentos de cada objeto a sua volta em uma voltagem elétrica diferente. Um indivíduo vindo diretamente em direção à cabeça deles, por exemplo, gera uma voltagem mais alta do que um objeto que se move paralelamente a eles.
Esse mecanismo dos gafanhotos, descrito por Allie Miller, elimina essencialmente o “ruído branco” visual, permitindo que os insetos se movam de forma ordenada para não se chocarem com os demais indivíduos do enxame.
Os pesquisadores começaram a aprender como a percepção dos insetos funciona para então transferi-la para os veículos. A intenção dos estudos realizados desde então é que o mecanismo de interpretação de movimentos seja utilizado como tecnologia para auxiliar na diminuição dos acidentes de trânsito.
Cientistas da Universidade Lincoln e da Universidade de Newcastle começaram a replicar, há anos, os sistemas visuais e neurais dos gafanhotos em robôs com o intuito de desenvolver soluções de visão computacional em ambientes dinâmicos. Se a lógica for implantada em veículos, os carros passariam entender o que acontece nas vias – por meio de imagens-, detectar possíveis colisões e, a partir de então, “tomar decisões sozinhos”.
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Tem alguém estudando a possibilidade de introduzir correntes elétricas para desorientar os gafanhotos, de modo a dificultar o deslocamento da nuvem? Talvez resultasse num meio de combater essa praga.
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