SUV elétrico chinês, Geely EX5, chega ao Brasil por R$ 195.800, mas sem apelo emocional para cativar o consumidor
O carro elétrico é um produto que ainda inspira desconfiança no consumidor. Afinal, é caro, tem baixa autonomia, desvalorização acentuada e um fantasma que ronda o risco de defeito da bateria.
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Assim, para cativar o consumidor é preciso ir além de conteúdos genéricos como quadro de instrumentos digital, multimídia grandão e demais equipamentos que já deixaram de ser algo de outro mundo. Muitas marcas apostam em estilos arrojados, visual esportivo, assim como nomes que remetem a modelos emblemáticos.
Foi o que fez a Ford com o Mustang Mach-E, a General Motors com o GMC Hummer EV, assim como a Porsche fez com o Taycan e a Audi com o RS e-tron GT. Ou seja, oferecer uma dose de libido ao carro elétrico para convencer o consumidor a optar por ele a um automóvel a combustão já consolidado.
No entanto, não foi isso que a Geely fez. A marca chinesa tenta sua segunda incursão no mercado brasileiro. Esteve por aqui na década passada, em uma operação pífia e logo foi embora.
Agora, ela está de volta com o suporte da Renault e promessa de fabricar carros eletrificados na planta de São José dos Pinhais (PR). E para mostrar suas intenções, a marca acaba de abrir a pré-venda do EX5, a partir de R$ 195.800, mas irá escalar a até R$ 225.800 depois do período de pré-venda.
Versão | Preço Pré-venda | Preço padrão |
---|---|---|
EX5 Pro | R$ 195.800 | R$ 205.800 |
EX5 Max | R$ 215.800 | R$ 225.800 |
O EX5 é uma espécie de clone sem cacife do Volvo EX30. Vale lembrar que a Geely é dona da marca sueca, que já vende elétricos por aqui há um bom tempo.
O chinês é um SUV de design genérico, sem grande apelo visual. O modelo é equipado com motor de 218 cv e 32,6 kgfm de torque, abastecido por bateria de 60,2 kWh, com promessa de autonomia até 413 km, segundo o Inmetro.
Visualmente, o EX5 é mais um SUV eletrificado oriental, com estilo convencional e sem identidade definida. Conta a favor suas medidas de 4,61 m de comprimento e a distância entre-eixos e 2,75 m. Para se ter uma ideia, o Jeep Compass, que é referência entre SUVs médios tem 4,40 m de comprimento e 2,63 m de distância entre-eixos indica que as medidas do chinês são generosas.
Por dentro, segue o que se espera de qualquer modelo eletrificado mandarim. Ele conta com multimídia de 15,4 polegadas, comandos por voz, câmera 360 graus, conexão com smartphones, bancos dianteiros com ajustes elétricos, teto solar panorâmico e assistentes de condução.
SUVs médios elétricos têm aos montes no mercado brasileiro. Os R$ 195.800 iniciais (válidos durante a campanha de pré-venda) pode parecer tentador num mercado em que SUVs compactos a combustão são oferecidos na mesma faixa de preço.
Versões topo de linha de Creta, T-Cross, Renegade, Tracker já orbitam nessa faixa de valor. Tem até modelo que supera os R$ 195 mil, como a nova geração do Nissan Kicks, assim como o Honda HR-V.
Mas quando se coloca o EX5 ao lado de SUVs elétricos chineses, como os GAC Aion Y e Aion V, assim como o BYD Yuan Pro, os preços do EX5 não parecem tentadores. Principalmente quando a pré-venda acabar.
Além disso, para o consumidor que busca uma experiência com elétrico, é mais barato apostar em modelos de acesso como BYD Dolphin ou novato Chevrolet Spark, que pode ser uma aposta não tão polpuda.
Pois uma coisa é certa, carro elétrico nenhum ainda pode ser o único modelo da garagem, pois quando é preciso pegar estrada o medo da “pane seca” é a única certeza.
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