Estilista criador da grife que leva seu nome fez parcerias com a luxuosa Mercedes-Benz além de considerar-se um bom e orgulhoso motorista
O estilista italiano Giorgio Armani morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos, conforme anunciou o Grupo Armani em comunicado. Reconhecido mundialmente como sinônimo de elegância e estilo atemporal, Armani construiu um império que fatura cerca de 2,3 bilhões de euros por ano (aproximadamente R$ 14,5 bilhões), mas sua influência não se limitou ao universo da moda. O criador da grife que leva seu nome também deixou sua assinatura em projetos ligados ao setor automotivo.
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A relação de Armani com os carros começou de forma quase simbólica. Nos anos 1970, ainda no início da carreira, ele vendeu seu Fusca usado por 500 libras para financiar tecidos e espaço de escritório para a primeira coleção feminina. Décadas depois, já consolidado como “Re Giorgio”, o estilista teve a chance de imprimir seu olhar refinado sobre um automóvel de luxo: o Mercedes-Benz CLK Giorgio Armani Design Car, criado em parceria com a marca alemã em 2004.
O modelo, que chegou a ser cogitado para produção em massa dentro do programa Mercedes-Benz Designo, trazia a combinação característica de sobriedade e sofisticação do estilista. Porém, limitado a 100 uniades, ele contava com seu exterior em tons de cinza metálico e fosco, rodas e pneus personalizados. O interior com couro “Cuoio by Armani” remetiam ao artesanato dos automóveis clássicos, mas com aplicação de tecidos esportivos de alta tecnologia.
Na época, em entrevista à Forbes, Armani explicou que a escolha das cores e materiais seguia a mesma lógica de suas coleções: destacar a personalidade de quem usasse ou, nesse caso, dirigisse.
Giorgio Armani já teve essa filosofia refletida na própria garagem, com modelos como: Bentley Turbo R, Jaguar S-Type e Alfa Romeo 166, sempre privilegiando qualidade e estilo em vez de tendências passageiras.
Apesar de afirmar que preferia “viajar em vez de acelerar”, Armani se considerava um bom motorista, orgulhando-se de nunca ter sofrido um acidente em mais de cinco décadas ao volante.
A colaboração com a Mercedes consolidou a sua imagem como pioneiro na expansão das marcas de luxo para outros segmentos, unindo alta moda e automobilismo.
Em fevereiro de 2025, Armani também foi homenageado pela Fiat com o 500e Giorgio Armani Collector’s Edition, revelado na Semana da Moda de Milão. O compacto elétrico recebeu acabamentos exclusivos criados pela grife e simbolizou a união entre elegância e mobilidade sustentável.
Giorgio Armani será velado no sábado (6) e a partir de domingo (7) o público poderá visitá-lo no Armani/Teatro, em Milão. O espaço ficará aberto de 9h às 18h. De acordo com os desejos expressos do estilista, o funeral será realizado de forma privada.
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